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50 anos da chegada do Homem à Lua

Sobre o evento

 

No dia 20 de julho comemora-se 50 anos da chegada do homem na lua e o BINGO Telescope em parceria com o Observatório Municipal Astronômico de Diadema participa dessa celebração. Para isso preparamos uma série de palestras acompanhadas pela observação do céu por meio de telescópio.

 

O evento conta também com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e com o astrofotografo Conrado Serodio. O evento faz parte das comemorações internacionais da União Astronômica Internacional (IAU) pela chegada do Homem a lua é aberto e gratuíto. 

 

Para saber mais sobre outros eventos da União Astroômica Internacional acesso esse link.

 

 

 


 

Programação

 

14:00-15:00 

2019: 50 anos da viagem à Lua, 500 anos de progresso científico e técnico.

João Luis Meloni Assirati - Instituto de Física da USP
A viagem de um homem à Lua, por meios físicos, imaginários ou fantásticos, esteve presente na literatura desde pelo menos uma era tão remota quanto o segundo século d.C., na novela "História verdadeira", de Luciano de Samósata. No entanto, somente no final do século 19, com os trabalhos de K. Tsiolkowski, foi possível demonstrar matematicamente que viagens espaciais seriam possíveis através de foguetes. O problema das viagens espaciais engloba todos os ramos da ciência pura, da física à biologia, da química à matemática, e apresenta desafios imensos à engenharia, integrando todas as suas áreas, incluindo mecânica, química, eletrônica, rádio, radar e computação, exigindo uma precisão imensa sem a qual os feitos da era espacial seriam impossíveis. Nessa apresentação, abordarei a evolução da compreensão das leis da física e da tecnologia que tornaram possível a exploração espacial, e como todo esse conhecimento se reverteu para as mais diversas áreas do conhecimento, com aplicações práticas no nosso dia a dia.
 

15:00 - 15:30 

Sobre a importância das mulheres, matemática e computação na missão Apollo 11

Priscila Gutierres - BINGO Telescope - Instituto de Matemática e Estatística e Instituto de Física da USP
Se a Apollo foi um pequeno passo para um homem, foi um passo gigantesco para as mulheres em computação. Os astronautas usaram um computador chamado Apollo Guidance Computer, tanto no módulo de comando quanto no módulo lunar, para navegar e controlar a nave.
O software foi escrito por uma equipe do MIT, do Laboratório de Instrumentação (atualmente chamado de Laboratório Draper) - e a equipe foi liderada pela programadora Margaret Hamilton.Ela foi fundamental para a missão, uma vez que evitou que o pouso na lua da Apollo 11 fosse abortado. Quando faltavam três minutos para a Apollo 11 pousar na lua, vários alarmes do módulo lunar começaram a tocar. O computador ficou sobrecarregado com atividades do radar de aproximação, desnecessárias para o pouso. No entanto, devido à arquitetura robusta do software, o sistema continuou funcionando de maneira que as atividades prioritárias interrompessem as menos prioritárias. Mas ela sabia, por ter escrito o código do computador, que ele seria capaz de realizar o pouso, pois foi programado para desconsiderar as tarefas desnecessárias no momento da aterrisagem e assim a missão foi um sucesso.
 

15:30 - 16:00

Ondas Gravitacionais: uma nova janela para o universo

Riis R.A. Bachega - Instituto de Física da USP
Ondas gravitacionais proveem uma nova ferramenta para investigar a história, estrutura e constituição do universo. Até a primeira detecção de ondas gravitacionais oriunda da colisão de um par de buracos negros em setembro de 2015 praticamente toda informação que tínhamos sobre o universo provinha de sinais eletromagnéticos. A combinação de sinais gravitacionais e eletromagnéticos originado da colisão entre estrelas de nêutrons (ou entre estrelas de nêutrons e buracos negros) podem ser usados para medir a expansão do universo, sendo assim consideradas sirenes padrão. As futuras detecções de ondas gravitacionais podem ajudar a solucionar questões em aberto na cosmologia, incluindo a natureza da energia escura.
 

16:00 - 17:00 

Explorando o Universo no Séc. XXI: A cosmologia moderna e as informações do Universo

Alessandro Marins - BINGO Telescope e Instituto de Física da USP

Como conseguimos saber que o Universo teve um início? O que são energia escura e matéria escura? Como as galáxias se formam? A ciência tem por base fazer perguntas e, através do método científico, buscar respostas. As perguntas anteriores são feitas pela área da física conhecida como Cosmologia Moderna, que busca compreender o Universo como um todo: sua história, seu formato, o que o compõe e seu futuro. Para que possamos estudar estas questões existem diversas formas de obtermos informações do Universo e portanto, de explorá-lo. Entender estas formas, quais as resposta que temos hoje e quais as perspectivas dos experimentos futuros são o foco desta palestra.
 

17:30 as 19:00

A riqueza da Geologia Lunar – imagens que contam sua história

Conrado Serodio
A Lua é fonte quase inesgotável de feições, formações e características únicas que se revelam a cada noite e muitas vezes de forma dramática, conforme cada condição de observação e de iluminação pela luz solar. E a geologia lunar (ou selenologia) associada às imagens de alta resolução são  igualmente ricas e nos revelam a idade, a composição e como foram formadas as gigantescas crateras de impacto, com centenas de quilômetros de diâmetro e milhares de metros de profundidade. A paisagem do nosso satélite natural é também marcada por cadeias de montanhas com até 5.000 metros de altitude, longos vales, rimas (ou fendas) e muito mais. Mas a topografia lunar não é apenas bela, mas apresenta uma característica que a diferencia da topografia terrestre : mais de 90% das formações são o resultado de grandes e pequenos impactos de objetos contra sua superfície, enquanto na Terra a maior parte das formações ocorreram por movimentos tectônicos ou atividade vulcânica. A Lua preserva até hoje, em grande parte , sua própria história, que começou há 4 bilhões de anos atrás. 
Nesta apresentação, abordarei desde a formação da Lua, passando pelo Grande Bombardeamento Tardio, , a formação das grandes crateras complexas, os vales e montanhas, ilustradas com dezenas de fotos lunares de alta resolução obtidas a partir de um pequeno observatório pessoal em minha casa, com técnicas e equipamentos adequados que mostram detalhes que se equiparam às imagens obtidas por grandes telescópios profissionais e mesmo pelas sondas lunares. Como diz o mestre selenógrafo e astrofotógrafo Chuck Wood : “Devemos olhar a Lua com outros olhos e ela generosamente nos contará histórias apaixonantes”  
 

19:00 as 21:00

Observação do céu por meio de telescópios

 


Sobre os palestrantes

 

 

Alessandro Marins é graduado em Física pela Universidade de São Paulo. Durante o mestrado, Alessandro estudou sobre as oscilações acústicas de bárions a partir do comprimento de onda de 21 cm, relacionadas com o espectro do hidrogênio, um dos elementos mais abundantes do universo. Atualmente ele trabalha na pipeline do projeto do Radiotelescópio BINGO. 

 

 

 

Conrado Serodio é Engenheiro Civil graduado pela Universidade Mackenzie-SP, com extensão em Astronomia e Geodésia e atividade profissional de Engenharia e Tecnologia na área de Petróleo e Gás, tornou-se um estudioso e aficionado pela Astrofotografia Amadora de Alta Resolução, especialmente de planetas do Sistema Solar e de detalhes das formações lunares em grande aproximação, aliando o estudo e pesquisa sobre estes corpos celestes às astrofotos de alta resolução que produz.

Seus trabalhos vêm sendo publicados com destaque, recebendo inúmeros prêmios e sendo tratados como referência na área , em comunidades e fóruns de discussão nacionais e internacionais especializados, assim como na mídia em geral . Tem apresentado palestras sobre o tema nos ENASTs e em associações relacionadas com a Astronomia e em webinars, além da transmissão ao vivo de eventos astronômicos relevantes (eclipse solar parcial, trânsito de Mercúrio sobre o Sol, oposição de planetas, entre outros) 
 

 

 

João Luis Meloni Assirati é físico e tem doutorado em Física pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Os seus principais temas de interesse de pesquisa são Quantização, Relatividade Geral e Teoria de Campos.

 

 

 

Prisicila Gutierres é matemática e atualmente faz mestrado junto ao projeto do BINGO Telescópio. Ela trabalha no desenvolvimento da softwares para a pipeline do projeto. 

 

 

 

 

Riis Bachega tem graduação em Física pela Universidade Federal do Pará, mestrado em Física pela Universidade de São Paulo e atualmente está concluindo um doutorado em Física também pela USP. 

 

 
 
 
 

Local

Observatório Municipal Astronômico de Diadema

Av. Antonio Sylvio Cunha Bueno, 1322 - Jardim Inamar, Diadema - SP, 09970-160
 

 

Ingressos aqui

 


Organização

 

Equipe de Educação e Divulgação Projeto BINGO

Graciele Almeida de Oliveira

Observatório Municipal Astronômico de Diadema

Roger Bonsaver

Victor Rondom

 


Realização

 

BINGO Telescope

 

Observatório Municipal Astronômico de Diadema