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Artigo sobre tecnologia quântica em destaque

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL DA USP

Tecnologia quântica permite monitoramento não invasivo de atividade cardíaca fetal

Gabriel Landi é prof. junto ao Instituto de Física e coordenador do grupo de Termodinâmica Quântica e Transporte Quântico da USP
Luciana Schmidt é médica ginecologista e faz residência em Obstetrícia de Alta Complexidade na UFSP

Por  - Editorias: Artigos - URL Curta: jornal.usp.br/?p=210871
 
O batimento do coração se dá através de pulsos elétricos que ativam os músculos responsáveis por bombear o sangue pelo corpo. Esses pulsos podem ser medidos posicionando eletrodos no corpo do paciente, técnica conhecida como eletrocardiograma. Devido à sua simplicidade e eficiência, este procedimento tornou-se corriqueiro no diagnóstico de doenças cardíacas. O eletrocardiograma, no entanto, não pode ser aplicado no monitoramento da atividade cardíaca fetal, uma vez que não é possível posicionar eletrodos em contato direto com o feto. Isso representa um grande empecilho no diagnóstico de doenças cardíacas intra-útero, uma vez que a informação obtida através de técnicas como a ultrassonografia são muito menos detalhadas.
 

É possível que isso venha a mudar no futuro próximo, graças às chamadas tecnologias quânticas 2.0. Em artigo publicado recentemente na revista Scientific Reports*, pesquisadores do grupo de Física Quântica e do departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de Copenhagen mostraram que é possível utilizar as propriedades quânticas de um vapor de Césio para medir o sinal cardíaco de um feto de maneira não-invasiva. Diferentemente do eletrocardiograma, a técnica dos pesquisadores baseia-se na medida dos sinais magnéticos, e não elétricos, que também são emitidos pelo coração durante o batimento. O vapor de Césio, quando bombeado por um laser na frequência adequada, torna-se extremamente sensível a pequenas variações de campo magnético, funcionando como um sensor de altíssima precisão. Essa técnica já vem sendo testada para aplicações em diversas outras áreas como, por exemplo, na detecção de ondas gravitacionais. E, neste trabalho, os pesquisadores mostraram, pela primeira vez, sua viabilidade em aplicações clínicas.

O artigo completo pode ser lido no link abaixo:
 
 
 
Término: 
30/11/2018

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