MATÉRIA PRODUZIDA PELO JORNAL DA USP
Sílica torna possível vacina oral contra hepatite B
Material com silício impede destruição da vacina, garantindo absorção pelo organismo e combate à doença
Os estudos com a sílica começaram em 2004, a partir do contato da professora Márcia Fantini, do IF, que pesquisa caracterização de materiais, com o pesquisador Osvaldo Sant’Anna, do Instituto Butantan. “Nas vacinas administradas por via oral, o desafio é fazer o antígeno, substância que gera a resposta imune à doença, chegar ao intestino, onde será absorvido pelo organismo, sem ser destruído pelo suco gástrico ao passar pelo estômago”, diz Márcia. “Como a estrutura da sílica possui poros, ou seja, espaços vazios, surgiu a ideia de pesquisar se estes espaços poderiam servir como veículo protetor (adjuvante) dos antígenos da vacina.”
No Instituto Butantan, descobriu-se que a sílica, além de proteger o antígeno, ativava o sistema imunológico, melhorando a eficácia da vacina. Ao mesmo tempo, no IF, foi desenvolvida uma formulação de sílica para receber o antígeno. “Para fazer o ‘molde’ da sílica, é usado um polímero, imerso em uma solução ácida. O polímero, ao mesmo tempo, atrai e repele a água, o que forma uma estrutura em forma de micelas”, conta a professora. As micelas possuem uma “cabeça” que atrai a água e uma “cauda” que repele a água.
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