Estrelas de nêutrons na era da astronomia multimensageira | Colóquio DFMA
Transmissão ao vivo via YouTube e Zoom.
Resumo: A primeira detecção de uma estrela de nêutrons ocorreu em 1967. Sabe-se hoje que essas estrelas são objetos muito compactos com raios da ordem de 10 km e massas que vão de 1,4 a mais de 2 massas solares. Na verdade, são remanescentes estelares de estrelas massivas, uma espécie de zumbis estelares (morrem, mas não completamente). Nas últimas décadas, observações astronômicas geraram vários vínculos para massas das estrelas de nêutrons. Finalmente, em 2017, as primeiras ondas gravitacionais geradas pela fusão de duas estrelas de nêutrons que faziam parte de um sistema binário, foram detectadas pela colaboração LIGO-Virgo, e também por meio de emissão de raios-X, raios-gama, ultravioleta, infravermelho, no rádio e até no visível, dando início a era da astronomia multimensageira. Para entender as estrelas de nêutrons, equações de estado que satisfazem propriedades nucleares bem definidas são necessárias. E agora, elas podem ser calibradas por meio de vínculos observacionais que delimitam também os raios desses pequenos objetos compactos.
Nesse seminário, vou tentar mostrar como o minúsculo mundo da física nuclear e seus modelos pode ser útil no entendimento do cosmos, por meio de remanescentes estelares que geram, ao se fundir, ondas gravitacionais, por fim, detectáveis.