Doutoranda do IFUSP conta sobre seu estágio na Universidade de Toronto

Imagem cedida por Ana Carolina de MagalhãesPor Renata Matsumoto

Publicado em 08/07/2015

A aluna Ana Carolina de Magalhães, do Instituto de Física da USP, é orientada pela Profa. Elisabeth Matheus Yoshimura e foi contemplada com uma bolsa do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da CAPES, para realizar estágio de doutorado no período de setembro de 2014 a agosto de 2015.

A aluna considera o estágio proveitoso. "Minha experiência aqui em Toronto está sendo muito importante. Eu vim com uma bolsa de doutorado sanduíche da CAPES e como estudante internacional de intercâmbio pela Universidade de Toronto. Não faço disciplinas pela universidade, mas o laboratório em que estou fazendo minha pesquisa faz parte da University Healthy Network (UHN) que é um complexo de hospitais e laboratórios de pesquisa ligados à universidade. Nesse processo eu tenho acesso aos recursos físicos e intelectuais do laboratório em que estou inserida, ou seja, tenho acesso a equipamentos, materiais para os experimentos e pessoal que trabalha aqui (professores/pesquisadores, técnicos e estudantes), que fazem pesquisa em área semelhante à minha e que ajudam no desenvolvimento da minha pesquisa. Para mim, isso é ótimo, pois tenho acesso a recursos os quais eu não teria no Brasil, principalmente por estar em uma área de fronteira entre a física e a biologia. Como fruto dessa experiência, a relação entre os dois laboratórios de pesquisa foi estreitada, abrindo portas para outras parcerias. Por enquanto, meu orientador daqui foi para um congresso no Brasil e aproveitou a viagem para fazer uma palestra no IFUSP e conhecer um pouco melhor o que estamos fazendo na área de óptica e fotônica", conta.
 

Ana Carolina relembra que a experiência é nova tanto no nível acadêmico quanto no pessoal. "Algo que é importante chamar a atenção, pois nem sempre isso fica claro quando nos propomos a participar de um programa desses, é que parte importante da experiência é se adaptar a outra cultura, outro clima e outras dinâmicas de trabalho e relações, e no meio disso tudo, desenvolver o seu projeto, além de administrar e solucionar os problemas que sempre aparecem", afirma.

Ela também explica um pouco da pesquisa dela. "Pra situar um pouco melhor o que eu pesquiso: eu estudo o efeito do laser de baixa intensidade (LBI) em propriedades mecânicas de células. O LBI é uma terapia que vem sendo muito usada para diversas aplicações, devido a seus efeitos antiinflamatórios e cicatrizantes (ajuda no tratamento de feridas agudas ou crônicas, por exemplo), além de ter efeito na redução de dor (aqui um pouco da pesquisa do meu colega de laboratório, também do IFUSP). Os efeitos dessa terapia são comprovados, mas os mecanismos não são bem compreendidos, é aí que eu estou tentando ajudar, procurando ver se o LBI tem efeitos nas propriedades mecânicas das células, como elasticidade e no seu citoesqueleto. O laser utilizado tem a potência baixa, como diz o nome, um pouco mais forte que um laser pointer, é importante não confundir com os lasers cirúrgicos, de alta potência, que fazem cortes e cauterizações, por exemplo", conclui.

O Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da CAPES, tem pré-seleção pela Comissão de Pós-Graduação e propicia mobilidade internacional a doutorandos para realização de estágios no exterior.

Fotos: acervo pessoal
 

 

 

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