Na mira do regime: a Física durante a Ditadura
A Após o golpe de 1964, as universidades brasileiras sofreram intervenção do governo militar. Na Física, grandes nomes como Amélia Império, Ernst Hamburger e Mário Schenberg foram presos, e outros professores foram afastados de suas atividades.
À época, manifestou-se assim a Sociedade Brasileira de Física (SBF): “o recente episódio relativo ao aprisionamento dos ilustres físicos Ernst W. Hamburger e sua esposa Amélia I. Hamburger adiciona mais um termo de inconsistência na política oficial de apoio à Ciência e à Tecnologia. A Sociedade Brasileira de Física tem manifestado em várias ocasiões o consenso da comunidade dos físicos brasileiros, indignados com fatos como este que podem produzir apenas um desperdício irreparável das nossas melhores reservas humanas”.
O impacto do Regime Militar na universidade não se limitou a perseguições pontuais, ou ao tempo que este durou, dado que a reforma universitária (1968) que configurou a universidade nas bases que conhecemos hoje foi realizada nesse período.
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