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Cancelado o Colóquio MAP (26.10)

Data do Evento: 
26/10/2018 - 14:00 até 15:00

Prezados Senhores,

Informamos que a apresentação do Colóquio (26.10.18) foi CANCELADA.

Diana

Deptº de Matemática Aplicada

 

Colóquio MAP

“Órbitas períodicas no problema gravitacional de 3 corpos em 3D: Qual a informação que nos podem dar sobre o sistema solar primordial?” Profa. Helena Morais, UNESP

Dia: 26 de outubro, sexta-feira, das 14h. às 15h.

Local: Auditório Antonio Gilioli – Sala 247/262 Bloco A, IME-USP,  Café às 15h na sala 265 A (Chefia do MAP).

Resumo da palestra:

O estudo do problema de 3 corpos teve início com tentativas para modelar o movimento da Lua sob o efeito das forças gravitacionais exercidas pela Terra e pelo Sol. As primeiras soluções periódicas foram identificadas no século XVIII por Leonhard Euler e Joseph Louis Lagrange. No entanto, esforços para encontrar uma solução no caso geral foram infrutíferos até que, no século XIX, o trabalho de Henri Poincaré evidenciou a complexidade do problema que além de soluções regulares (previsíveis) exibe caos determinístico (movimento imprevisível devido a dependência sensível nas condições iniciais).

No século XX, nomes como Victor Szebehely, Michel Henon, Roger Broucke, John Hadjidemetriou e Carles Simó contribuíram com a identificação e classificação de várias famílias de soluções periódicas. As recentes descobertas de exoplanetas orbitando um binário de estrelas motivaram estudos sobre órbitas periódicas nestes sistemas. Apesar de existirem diversos estudos dos sistemas do tipo estrela, planeta e asteroide, dado terem aplicação direta no sistema solar, continuam a ser descobertas novas órbitas periódicas. Uma situação particularmente interessante ocorre quando existe uma ressonância (sincronização) entre os movimentos orbitais do asteroide e planeta. Esta sincronização dos movimentos contribui para a estabilidade da órbita do asteroide face à perturbação exercida pela ação gravitacional do planeta.

A modelação clássica de ressonâncias é efetuada para aplicação no sistema solar onde a maior parte dos objetos (planetas e asteroides) se movem em torno do corpo central com movimento prógrado (i.e. orbitam no mesmo sentido) e aproximadamente coplanar. Mostrarei brevemente como devemos efetuar a modelação de ressonâncias no caso de movimento retrógrado (i.e. quando 2 objetos orbitam o corpo central em sentidos opostos) e no caso geral de inclinação relativa arbitrária (movimento não coplanar), e descreverei novas classes de órbitas periódicas associadas a ressonâncias retrógradas e polares. O estudo destas novas configurações nos permitiu identificar os primeiros exemplos destas ressonâncias no sistema solar, nomeadamente: asteroides em ressonâncias retrógradas com Júpiter e Saturno; o primeiro coorbital retrógrado de Júpiter (o asteroide 2015BZ509 - resultado publicado na revista Nature); e o trans-neptuniano Niku numa ressonância polar com Netuno (inclinação entre as órbitas de cerca de 90 graus). Finalmente, explicarei como simulações em larga escala da evolução orbital do asteroide 2015BZ509 nos permitiram concluir sobre a sua origem extra-solar.

Transmissão online: http://www.ime.usp.br/comunicacao/eventos/cat.listevents/ 

Data de Término: 
26/10/2018 - 14:00

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