Seminário - Laboratório de Cristalografia/DFAP
"Nanoestruturas para separar ou encapsular (bio)moléculas a versatilidade das micelas e vesículas poliméricas"
Dr. André M. Lopes Jovem Pesquisador/FAPESP.
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Universidade Estadual de Campinas FCF/UNICAMP
Quinta-feira (dia 05.07), às 11h00 - sala 211-A
Resumo da palestra:
As micelas e vesículas poliméricas têm ganhado grande protagonismo no campo nanobiotecnológico. As micelas, sob determinadas condições, podem formar ambientes bifásicos aquosos (fases rica e pobre em micelas), proporcionando seletividade na partição de (bio)moléculas para uma das fases, segundo sua hidrofobicidade. Neste caso, as micelas podem funcionar como uma interessante plataforma de separação, isto é, purificação da (bio)molécula alvo em relação aos contaminantes do processo. Por outro lado, sua versatilidade permite, também, encapsular em seu interior (bio)moléculas com características hidrofóbicas, por exemplo, potenciais fármacos empregados na terapia do câncer, já que a maioria destas moléculas possui baixa solubilidade em ambiente aquoso. Além disso, sob determinadas condições (e.g. tipo de copolímero) também é possível alterar o tipo de nanoestrutura, obtendo vesículas poliméricas (ou polimerossomos). Nesta nanoestrutura é possível encapsular, além de moléculas hidrofóbicas no interior da bicamada, moléculas hidrofílicas no interior aquoso da nanoestrutura. A partir das considerações destacadas, serão abordados nesta palestra dois interessantes casos de estudo: i. o emprego de micelas para purificar a proteína verde fluorescente (GFP) e remover altas concentrações de contaminantes (lipopolissacarídeos - LPS). E ii. o emprego de vesículas poliméricas para a coencapsulação de moléculas hidrofílicas e hidrofóbicas numa mesma nanoestrutura.
