Como o ensino de ciências pode superar o determinismo genético
Seminários Gerais de Ensino de Ciências Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências - USP
Neima Alice Menezes Evangelista (UFBA)
22/10, 3ª feira, 16h. IFUSP, Auditório Adma Jafet.
Resumo
O determinismo genético pode ser definido como a “ideia de que todas as características da pessoa estão escritas no genoma” ou como “atribuir aos genes a formação dos traços humanos, em um nível individual, conferindo aos genes um poder causal maior do que o que o consenso científico sugere” e é uma visão que tem grande espaço na forma de falar sobre os genes na nossa sociedade, ignorando a complexidade da interação entre genótipo-fenótipo, bem como da interação dos genes entre si. Estudos anteriores têm mostrado que além dos livros didáticos, a mídia também trata os genes de forma determinista, contribuindo para a perpetuação dessa visão na população. Uma boa educação científica se faz essencial para que possamos comunicar melhor sobre genes de modo a favorecer a colocação das visões deterministas genéticas sob uma lente crítica e formar cidadãos capazes de emitir opiniões e fazer escolhas de forma crítica.