Acesso Rápido: Docentes | Alunos | Funcionários | Visitantes

Artigo de pesquisador do IFUSP em destaque na PRL

Por José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP
 
Uma ínfima fração de segundo após o Big Bang, o universo material era   constituído por um plasma composto pelas partículas elementares conhecidas como quarks e glúons. É o que propõe o chamado modelo padrão sobre a origem do Universo.

Com a rápida expansão e o consequente resfriamento, aquele meio informe e intensamente dinâmico se fragmentou e cada pequeno conjunto de quarks e glúons deu origem a uma partícula composta, o hádron. Assim foram formados, por exemplo, os prótons, cada qual constituído por dois quarks do tipo up e um quark do tipo down (os dois tipos com as menores massas entre todos os quarks), interagindo por meio de glúons.

Essa situação primordial tem sido reproduzida no LHC, o Grande Colisor de Hádrons instalado no CERN, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, na fronteira entre a França e a Suíça, e também no RHIC, o Colisor Relativístico de Íons Pesados, instalado no Brookhaven National Laboratory, nos Estados Unidos.
 
As primeiras detecções do plasma de quarks e glúons foram feitas a partir da colisão de dois núcleos atômicos de elementos pesados, como chumbo e ouro. Agora, a colaboração ALICE, um dos grupos internacionais de pesquisadores que atua no LHC, obteve  uma das “assinaturas” características do plasma de quarks e glúons por meio da colisão de prótons com núcleos de chumbo.

Esse resultado, conseguido a partir de precursores muito mais leves, foi  alcançado graças ao altíssimo patamar de energia das partículas durante a  colisão, de 5,02 teraelétrons-volt (5,02 TeV ou 5,02 x 1012 elétrons-volt).

O físico brasileiro Henrique Zanoli, que participa da colaboração ALICE, estudou essa colisão em seu trabalho de doutoramento e os resultados foram publicados na Physical Review Letters.

Zanoli, que atualmente faz pós-doutoramento na Universiteit Utrecht, nos  Países Baixos, doutorou-se na Universidade de São Paulo, com orientação do professor Alexandre Suaide, e contou com Bolsa de Doutorado Direto e Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) da FAPESP.

“O experimento apresentou uma anisotropia azimutal na distribuição das partículas geradas pela colisão. Isso quer dizer que as partículas resultantes da colisão não foram produzidas nas mesmas quantidades em todas as direções. O padrão de distribuição dos elétrons que observamos é característico da assinatura do plasma de quarks e glúons”, disse Zanoli à  Agência FAPESP.
 
A matéria completa pode ser lida no link abaixo:
 
Término: 
31/07/2019

Desenvolvido por IFUSP