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Artigo sobre a estabilização do clima

Prezados Senhores e Senhoras,
 
Segue abaixo nota sobre artigo científico que será publicado hoje, a partir das 14h00, na Revista Nature Climate Change que tem como coautor o Prof. José Roberto Moreira, professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo - IEE/USP.
 
Climate stabilization gambles on the unprecedented removal of carbon from the atmosphere

Greenhouse gas emissions must be reduced aggressively and immediately rather than relying on large-scale deployment of negative emissions technologies in the future, says a new study led by Professor Pete Smith from the University of Aberdeen.

The review article, which is published today in the journal Nature Climate Change, demonstrates the potential environmental, economic and energy impacts of negative emission technologies for addressing climate change.

Nearly all the emission scenarios assessed by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) that keep global average temperatures below 2°C assume the large-scale removal of CO2from the atmosphere.

Negative emission technologies aim to remove carbon dioxide (CO2), the major driver of climate change, from the atmosphere. They include technologically simple options like planting more trees to soak up CO2 as they grow, capturing and storing carbon after the combustion of biomass, or crushing rocks that naturally absorb CO2 and spreading them on soils so that they remove CO2 more rapidly. “Other high-tech options include using chemicals to absorb CO2 from the air, or foster biofuels production, like ethanol in Brazil, while capturing the CO2 that would otherwise be released during they processing, then storing it permanently deep below the ground (called bioenergy carbon capture and storage)” says Jose Moreira, professor at the Institute of Energy and Environment of the University of Sao Paulo and co-author of the article.

The review article considers the impacts of negative emission technologies on land use, greenhouse gas emissions, water use, earth’s reflectivity, and soil nutrient depletion, as well as the energy and cost requirements for each technology.

As the deployment of these technologies will likely be limited due to any combination of the environmental, economic or energy constraints examined in the study, “Plan A” must be to reduce GHG emissions aggressively now. A failure to initiate such aggressive emissions cuts may drive us to “Plan B”, which relays in negative CO2 emissions to stabilise the climate within the internationally accepted target of no more than a 2ᵒC rise above pre-industrial global average temperatures. Nevertheless, “Plan B”, which is gaining further attention in technical evaluations and support from decision makers trying to procrastinate traditional energy sources, is far away of being acceptable since further in-deep study on the few available options to move backwards CO2 concentration in the atmosphere must be carried out..

Professor Smith said: “We decided to examine negative emission technologies since most global integrated assessment models, used to examine pathways to a stable climate, show that negative emissions technologies may be required in combination with aggressive GHG emissions reductions to limit climate warming to safe levels.

 “It is important to publish these findings now, as ways to limit climate change are being discussed at the climate negotiations in Paris now, and we want negotiators to have the best current information.

 “We show that all negative emissions technologies have significant limitations and whilst we need to invest in research and development to try to overcome these limitations, the key message from our study is that we should not rely on these, as yet, unproven technologies to save us in the future. Rather, swift and aggressive cuts in greenhouse gas emissions are needed now. The window of opportunity is closing rapidly, so it is imperative to get a global accord to move forward in Paris this month.”

The work was carried out by a team of 40 collaborators as a contribution to the Global Carbon Project, http://www.globalcarbonproject.org/

A estabilização do clima depende da remoção sem precedentes de grande quantidade de carbono da atmosfera

As emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas de forma agressiva e imediatamente, em vez de depender de implantação em larga escala de tecnologias de emissões negativas no futuro, diz um novo estudo liderado pelo professor Pete Smith, da Universidade de Aberdeen.

O artigo de revisão, que é publicado hoje na revista Nature Climate Change, demonstra os potenciais impactos ambientais, econômicos e de energia de tecnologias de emissões negativas para combater as alterações climáticas.

Quase todos os cenários de emissão avaliados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que mantêm as temperaturas médias globais abaixo de 2 ° C assumem a remoção, em grande escala, de CO2 da atmosfera.

As tecnologias de emissões negativas têm como objetivo eliminar o dióxido de carbono (CO2), o principal motor da mudança climática, da atmosfera. Elas incluem opções tecnologicamente simples como plantar mais árvores para absorver CO2 à medida que crescem, captura e armazenamento de carbono depois da combustão de biomassa, ou trituração de rochas que, naturalmente, absorvem CO2 e espalhando-as sobre os solos para que elas removam o CO2 mais rapidamente. “Outras opções de alta -tecnologia incluem o uso de produtos químicos para absorver o CO2 do ar, ou o aumento da produção de biocombustíveis, como o etanol no Brasil, com a captura do CO2 liberado durante o seu processamento e, em seguida, armazená-lo permanentemente abaixo do solo (chamado de captura e armazenamento de carbono da biomassa)” diz José Moreira, professor do Instituto de Energia e Meio Ambiente da Universidade de São Paulo e co-autor do artigo.

O artigo de revisão considera os impactos das tecnologias de emissões negativas sobre o uso da terra, emissões de gases de efeito de estufa, uso da água, refletividade da Terra e esgotamento de nutrientes do solo, bem como os requisitos de energia e de custos para cada tecnologia.

Como a implantação destas tecnologias será provavelmente limitada devido a qualquer combinação das restrições ambientais, econômicas ou de energia analisadas ​​no estudo, o "Plano A" deve ser o de reduzir as emissões de GEE agressivamente agora. A incapacidade de iniciar tais cortes agressivos de emissões pode conduzir-nos ao "Plano B", que depende de tecnologias de emissões de CO2 negativas para estabilizar o clima dentro da meta internacionalmente aceita de não mais do que um aumento 2ᵒC acima da temperatura média global pré-industrial. No entanto, o "Plano B", que está ganhando mais atenção em avaliações técnicas e tem o apoio dos tomadores de decisão interessados em procrastinar o uso de fontes de energia tradicionais, está longe de ser aceitável, uma vez estudos detalhados sobre as poucas opções disponíveis para se reduzir a concentração de CO2 na atmosfera devem ser realizados.

Professor Smith disse: "Eu decidi examinar tecnologias negativas de emissões pois a maioria dos modelos integrados de avaliação global, com vista a examinar as vias para um clima estável, mostram que as tecnologias de emissões negativas podem ser necessárias, em combinação com reduções agressivas de emissões de GEE para limitar o aquecimento global a níveis seguros.  "É importante publicar estes resultados agora, como forma de limitar as aterações climáticas que estão sendo discutidas em negociações sobre o clima em Paris neste momento, se quisermos que os negociadores tenham disponível a melhor informação atual.

"Nós mostramos que todas as tecnologias de emissões negativas têm limitações significativas e enquanto nós precisamos investir em pesquisa e desenvolvimento para tentar superar essas limitações, a mensagem-chave do nosso estudo é que não devemos contar ainda com estas tecnologias não comprovadas para salvar nosso futuro. Em vez disso, cortes rápidos e agressivos nas emissões de gases de efeito estufa são necessários agora. A janela de oportunidade está se fechando rapidamente, por isso é imperativo obter um acordo global em Paris este mês para avançar nesse sério problema. "

O trabalho foi realizado por uma equipe de 40 colaboradores como uma contribuição para o Projeto Global do Carbonohttp://www.globalcarbonproject.org/

Ines Iwashita

ST Relações Institucionais, Comunicação, Editoração e Publicações
fones 11 3091-2507 e 97205-1827
Término: 
31/12/2015

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