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Auxílio para Novas Escolas de Ciência Avançada

FAPESP oferece auxílio para organização de novas

Escolas de Ciência Avançada

30 de maio de 2018

Karina Toledo  |  Agência FAPESP – Pesquisadores interessados em submeter propostas para a 14ª chamada da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) – que financia a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento – estiveram reunidos na sede da FAPESP na manhã do dia 23 de maio.

O objetivo do Diálogo sobre Apoio à Organização de Cursos em Pesquisa Avançada foi apresentar os critérios usados na avaliação e seleção das propostas e esclarecer eventuais dúvidas dos participantes. A chamada foi lançada no dia 24 de abril. As propostas serão recebidas até 17 de agosto.

“É preciso ter em mente que o objetivo do programa é apoiar a organização de uma escola, ou seja, treinar pós-doutorandos e estudantes de pós-graduação e graduação. Não é um workshop, não é um ciclo de palestras, não é um simpósio. Os cursos devem, portanto, partir de noções básicas sobre os temas apresentados e evoluir para o que há de mais novo na área”, explicou Regina Lúcia Batista da Costa de Oliveira, gerente da Diretoria Científica.

Segundo Oliveira, a FAPESP espera que os cursos durem entre 10 e 12 dias aproximadamente e que a programação conte com um número reduzido de palestrantes – em torno de 10 – para que eles tenham tempo de interagir com os estudantes durante aulas teóricas e atividades práticas.

“Estratégias para aumentar a integração dos palestrantes com os estudantes são muito valorizadas na avaliação. Uma das formas é por meio de atividades práticas nos laboratórios”, disse Oliveira.

Roberto Marcondes Cesar Junior, membro da Coordenação Adjunta de Ciências Exatas e Engenharias da FAPESP e um dos primeiros pesquisadores a ter um projeto aceito na modalidade ESPCA, ressaltou que o programa foi criado com dois objetivos principais: treinar estudantes em temas avançados de pesquisa – sobre os quais há poucos entendidos no mundo – e divulgar a infraestrutura de pesquisa do Estado de São Paulo, de modo a atrair para a região jovens talentos de diversas partes do mundo.

“Para atender a esses dois objetivos, a proposta deve cumprir uma série de critérios. Um deles é que metade dos 100 estudantes selecionados e dos palestrantes convidados seja de outros países”, disse Marcondes Cesar.

Os outros 50 estudantes podem ser oriundos de qualquer estado brasileiro. Já a outra metade dos palestrantes deve necessariamente atuar em instituições de ensino e pesquisa sediadas em São Paulo.

Para o rol de professores, espera-se que sejam convidados cientistas de excelência, reconhecidos como lideranças mundiais em sua área. Na avaliação de Marcondes Cesar, a presença desses expoentes de pesquisa ajuda a atrair para o evento os estudantes mais promissores.

“Não nos interessa a origem do passaporte e sim a qualidade do currículo”, afirmou.

Outro quesito fundamental, segundo Marcondes Cesar, é traçar uma boa estratégia de divulgação do evento no exterior, também de modo a atrair jovens talentos.

“Publicar anúncios em revistas como Nature ou Science é boa alternativa. Mas o processo é demorado e requer planejamento”, disse.

Oliveira lembrou que a programação deve necessariamente incluir visitas técnicas a laboratórios, bibliotecas ou outras instalações de pesquisa – para que os estudantes tenham contato com a infraestrutura instalada em São Paulo.

“Vale ressaltar, porém, que não é desejável a realização de atividades paralelas. Todos os estudantes devem ter contato com todos os temas do programa, ainda que divididos em grupos menores, e saírem como uma formação homogênea”, disse a gerente da Diretoria Científica.

De acordo com Marcondes Cesar, a programação deve prever espaço para que os jovens apresentem seus próprios trabalhos e também para uma apresentação da FAPESP, como o objetivo de divulgar as linhas de financiamento oferecidas.

Desde 2009, a Fundação já apoiou a organização de 74 escolas nas diversas áreas do conhecimento. Já foram abordados temas como espectrometria de massas, doenças negligenciadas, proteômica, metodologia em Ciências Humanas, arbovirologia, astrobiologia e muitos outros. Para 2018 foram aprovadas 10 escolas a partir de projetos submetidos na 13ª chamada.

Mais informações sobre a 14ª chamada de propostas da ESPCA – incluindo a relação dos itens financiáveis, critérios de prestação de contas e requisitos do pesquisador responsável – estão disponíveis em http://espca.fapesp.br/detalhe/chamada/14
 

Término: 
17/08/2018

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