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Construção do radiotelescópio BINGO em destaque

Publicado em: De Olho no Cariri em 26 de Março de 2018

Pesquisa da USP mapeia energia escura do universo

com estrutura na Paraíba

Por Klebson Wanderley

A região de São José da Lagoa Tapada, na Serra do Urubu, no Sertão da Paraíba, vai sediar o núcleo de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) que pretende descobrir a composição de uma parte do universo ainda desconhecida. O grupo de estudo do professor Elcio Abdalla vai usar ondas de rádio para mapear e descobrir os detalhes sobre cerca de 95% do cosmo ainda escuro para as pesquisas brasileiras. “A questão agora é saber qual a substância interna desse setor, que é escura”, explica.

O projeto intitulado de BINGO (sigla para “BAO from Integrated Neutral Gas Observations”), pretende se estabelecer na Paraíba com uma grande estrutura. O professor explica que existe uma recepção por dois espelho que focam as ondas sobre cornetas, que são cones de alumínio, com 1,80m de largura e 4,5m comprimento.

“Os cones de alumínio, em número de 30 a 50 (o número exato dependerá de fundos) envia os sinais à eletrônica, depois os sinais são recodificados para se retirar os ruídos e se tem a informação para o trabalho científico. Neste ponto fazemos a análise e comparamos com modelos existente para consideração”, explica Elcio.

A estrutura vai ser necessária para analisar uma linha específica, característica do hidrogênio molecular, com o objetivo de mapear grandes massas no universo. Isso porque o hidrogênio é o elemento visível mais abundante no espaço, espalhado em forma de gás. É nesse caminho que será possível vincular os modelos de matérias escura e energia escura, talvez até caracterizar as propriedades intrínsecas do setor escuro.

O projeto começou com uma ideia observacional de mapear a linha característica do hidrogênio molecular, e com observações do grupo sobre o lado escuro do universo, alinhando uma possível estrutura paralela, com interações apenas no setor escuro.

A pesquisa está há seis meses em processo de montagem do grupo, que faz parte dos Departamentos de Física e Matemática da USP, e propondo a experiência. O protótipo de receptor e corneta está sendo montado e a sua construção física na Paraíba deve ter início no mês de julho.

Por que a Paraíba?

Segundo conta o professor Elcio Abdalla, alguns outros locais foram cotados inicialmente para colocar a pesquisa em prática. O Uruguai foi o primeiro a ser descartado. No Brasil, o Rio Grande do Sul, Brasília e Bahia também tiveram suas áreas estudadas para concluir um local fixo. Mas foi a Paraíba o estado que deu mais viabilidade para a pesquisa sair do papel. “Vimos um céu claro”, destacou o professor. Uma questão importante, já que o trabalho utiliza ondas de rádio e eletromagnéticas. Portanto, o local, com poucas antenas de celulares e circulação de avião, era propício para execução do projeto.

Com a prática sendo executada na Paraíba, o projeto passou a contar com o apoio da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). “O pró-reitor está conosco e também nos ajudou a encontrar esse local na Paraíba. É um local afastado, porque é mais limpo. Tem que ser uma região afastada, isolada, lá não tem sinal nenhum”, esclareceu.

O assunto é algo que foge, literalmente, do nosso alcance. Portanto, são obstáculos e também contribuições que uma pesquisa como essa desencadeia. “Um degrau é descobrir o resto do universo. É a meta mais científica. Outra meta científica é analisar os sinais de rádio que vem do espaço exterior, sabemos que existe, mas não sabemos o que eles são”, explica Elcio.

Na questão prática e de retorno à população, o grupo precisará desenvolver técnicas de rádio, de metalurgia e eletrônica. “Tem também a contribuição humana. Todos nós somos educadores e isso vai trazer beneficio local pelo nível de divulgação científica que vamos trazer para o local. O escopo do projeto é multidimensional”, detalhou.

Por enquanto , o projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e algumas outras promessas de financiamento chinês, inglês e suíço.

Com G1PB

Fonte da notícia:

 http://deolhonocariri.com.br/geral/pesquisa-da-usp-mapeia-energia-escura-do-universo-com-estrutura-na-paraiba

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Publicado em: Correio da Paraíba online em 22 de Março de 2018
 
Sertão vai ganhar radiotelescópio para estudo da Astronomia e teorias físicas
Obras devem ser iniciadas no prazo de 120 dias e radiotelescópio levará cerca de um ano para ficar pronto. Instalação será na cidade de Aguiar
 
A Paraíba irá ganhar um importante aliado no estudo de fenômenos espaciais e teorias físicas, que há milênios fascinam a população e intriga pesquisadores. Na última terça-feira (20) a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) firmou um protocolo de intenções com a Prefeitura Municipal de Aguiar, no Sertão paraibano, para a construção de um radiotelescópio na região do Vale do Piancó. As obras devem ser iniciadas no prazo de 120 dias.
 
Fruto de uma cooperação internacional que inclui a UFCG, a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e universidades e organismos do Reino Unido, Suíça, Uruguai, França e China, o Radiotelescópio Bingo (sigla em Inglês para Oscilações Acústicas de Baryon em Observações de Gás Neutro) irá permitir avanços em pesquisas astrofísicas, com impacto direto na localidade em diversas áreas.
 
“Apesar de ser uma região que ainda não conta com nenhum campus universitário, vai sediar o equipamento com potencial de impactar significativamente na educação e na economia do local, com efeitos nos municípios vizinhos”, diz o professor Luciano Barosi, da Unidade Acadêmica de Física da UFCG, um dos dez pesquisadores da universidade envolvidos no projeto.
 
O radiotelescópio ocupará uma área de 300 metros quadrados e contará com dois espelhos de aproximadamente 40 metros de diâmetro cada, sustentados por uma estrutura metálica de 80 toneladas. O município de Aguiar, localizado a cerca de 300 km de Campina Grande, foi escolhido por ser uma região geograficamente adequada e livre de poluição eletromagnética, sendo considerada a maior área de silêncio do Brasil. O projeto de instalação e operacionalização deverá ser concluído no prazo de dois anos.
 
“A construção do equipamento deve demorar cerca de um ano. Depois, tem uma etapa de calibração que se chama comissionamento, que deve durar quase um ano. Após isso, o equipamento estará fazendo as medidas que queremos. O primeiro resultado científico sai um ano depois do início do funcionamento”, explica Barosi.
 
O custo global do projeto é estimado em U$ 4,2 milhões (cerca de R$ 13,1 milhões), sendo que a maior parte dos recursos (R$ 10,1 milhões) será bancada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
 
Fonte da notícia:
 
 
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MATÉRIA PUBLICADA NO PORTAL DE NOTÍCIAS G1
 
Pesquisa da USP mapeia energia escura do universo com estrutura na Paraíba
 
Grupo pretende descobrir cerca de 95% do cosmo, ainda desconhecido, formado por uma substância escura.
 
Por Dani Fechine, G1 PB
 
25/03/2018 08h54  Atualizado 25/03/2018 08h54
 
A região de São José da Lagoa Tapada, na Serra do Urubu, no Sertão da Paraíba, vai sediar o núcleo de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) que pretende descobrir a composição de uma parte do universo ainda desconhecida. O grupo de estudo do professor Elcio Abdalla vai usar ondas de rádio para mapear e descobrir os detalhes sobre cerca de 95% do cosmo ainda escuro para as pesquisas brasileiras. “A questão agora é saber qual a substância interna desse setor, que é escura”, explica.
 
O projeto intitulado de BINGO (sigla para “BAO from Integrated Neutral Gas Observations”), pretende se estabelecer na Paraíba com uma grande estrutura. O professor explica que existe uma recepção por dois espelho que focam as ondas sobre cornetas, que são cones de alumínio, com 1,80m de largura e 4,5m comprimento.
 
“Os cones de alumínio, em número de 30 a 50 (o número exato dependerá de fundos) envia os sinais à eletrônica, depois os sinais são recodificados para se retirar os ruídos e se tem a informação para o trabalho científico. Neste ponto fazemos a análise e comparamos com modelos existente para consideração”, explica Elcio.
 
A matéria completa pode ser lida no link abaixo:
 

 

Término: 
03/04/2018

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