Acesso Rápido: Docentes | Alunos | Funcionários | Visitantes

Pesquisa com participação do IFUSP em destaque na Nature

MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL DA USP

Ficamos um pouco mais longe de detectar a matéria escura

Dados de detector localizado na Coreia do Sul questionam descoberta anterior, de um outro grupo de pesquisa

 
A saga da busca pela matéria escura acaba de ganhar um novo capítulo, mas não nos coloca mais perto de encontrar essa matéria que não emite nem absorve luz. Em um artigo publicado nesta quarta-feira na revista Nature, cientistas envolvidos com a colaboração COSINE-100 mostram que os dados iniciais de seu detector destoam daqueles analisados pelos pesquisadores do experimento DAMA/LIBRA, os únicos que afirmam já ter detectado a matéria escura. Trata-se de um resultado que desafia as análises da outra equipe.

Os pesquisadores do COSINE-100 não encontraram partículas de matéria escura do tipo WIMP (partícula massiva de interação fraca, na sigla em inglês), mas o experimento permitiu recalcular a curva de probabilidade para encontrá-las. No artigo, o novo limite de exclusão proposto está em desacordo com os dados do experimento anterior. Isso equivale a dizer que, se a matéria escura realmente existe, para encontrá-la os físicos terão de recalibrar o olhar. Mais do que isso, os dados dos dois primeiros meses de operação do detector não confirmam as análises da equipe do DAMA/LIBRA.

“O resultado é muito importante, mas é um passo somente. Isso não significa que foi descoberta a matéria escura. Significa que esse detector concorda (com outros grupos) que existe algum problema com o resultado do DAMA/LIBRA”, diz Nelson Carlin Filho, professor do Instituto de Física da USP e um dos cientistas envolvidos na colaboração COSINE-100. Há cerca de 15 anos a equipe do DAMA/LIBRA vem afirmando ter detectado um sinal de partículas do tipo WIMP. Além disso, eles teriam uma modulação anual na ocorrência de eventos envolvendo essas partículas – ou seja, em determinada época do ano, as ocorrências com as WIMPs seriam mais numerosas.
 
A matéria completa pode ser lida no link abaixo:
 
Término: 
17/12/2018

Desenvolvido por IFUSP