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Pesquisa em destaque na Agência FAPESP

Como se forma a rocha produzida pelo impacto de

meteoros ou explosões nucleares

18 de dezembro de 2017

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – A coesita é um polimorfo da sílica que precisa de altíssimas pressões para ser formado – na média, 10 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica normal. Por isso, a presença de coesita em determinado sítio é um marcador de afloramento de material do manto terrestre (que se estende por profundidades de 30 quilômetros a quase 3 mil quilômetros abaixo da crosta do planeta), do impacto de corpos celestes (cometas, meteoros ou meteoritos) ou da ocorrência de explosão nuclear.

O mecanismo de transformação da sílica (SiO2) em coesita, que era mal compreendido pela comunidade científica, foi agora esclarecido, por meio de simulação atomística computacional, em estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Academia de Ciências da China (Hefei, China) e do The Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics (Trieste, Itália).

O artigo Multiple pathways in pressure-induced phase transition of coesite, assinado pela cooperação internacional, foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), da Academia de Ciências dos Estados Unidos.

“Coesita é dióxido de silício. Sua composição química é a mesma do quartzo. A diferença é que a alta pressão desestrutura a rede cristalina característica do quartzo e compacta os átomos de silício e oxigênio em um sistema amorfo. O resultado é um vidro de alta densidade. Ultrapassada uma pressão-limite, o processo de amorfização torna-se irreversível e o material não consegue mais voltar à configuração cristalina”, disse Caetano Rodrigues Miranda, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e autor principal do artigo, à Agência FAPESP.

Um objetivo no estudo da coesita é obter o que pode ser chamado de “o melhor vidro possível”. Há um horizonte de aplicação tecnológica, devido a propriedades específicas relativas à condutividade térmica e outras, mas, por enquanto, o maior interesse na pesquisa é utilizar os achados do material como marcadores de cenários de altíssima pressão, já mencionados. “A coesita é a ‘assinatura’ característica desses cenários”, resumiu Miranda.

A matéria completa pode ser lida no link abaixo:

http://agencia.fapesp.br/como_se_forma_a_rocha_produzida_pelo_impacto_de...

 

Término: 
31/01/2018

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