MATÉRIA DO JORNAL E DA RÁDIO USP
Projeto Sirius terá impacto na ciência e na economia brasileira
Fonte de luz síncrotron de quarta geração, o Sirius pode ser utilizado para resolver problemas em pesquisas de qualquer área
Ele explica que a luz síncrotron é gerada por partículas de raio X aceleradas à velocidade da luz em um circuito com curvas. Como o raio X tem a capacidade de penetrar os materiais, é possível, por meio desse tipo de radiação, “enxergar” os átomos que os compõem e de que forma eles estão organizados. “Praticamente qualquer problema que você imaginar, de qualquer área, pode ser mapeado para questões ligadas à sua estrutura atômica, sua organização na nanoescala”, diz Roque.
O físico cita como exemplos pesquisas ligadas ao setor de óleo e gás importantes para tornar o processo de extração mais efetivo. “Quando você fura um poço, em geral 30% a 40% do óleo sai nessa primeira retirada. Depois, é preciso injetar algum tipo de material para extrair aquele óleo que não saiu. O entendimento de por que esse óleo não saiu ou como tirar essa recuperação mais facilmente depende de entender a interação das moléculas que compõem o petróleo com a superfície dos poros, pois a rocha é um material poroso. O síncrotron permite fazer uma tomografia nas mesmas condições de temperatura e pressão do pré-sal para acompanhar esse processo de retirada do óleo e ver como ele interage com os poros”, explica.
O USP Analisa é uma produção conjunta da Rádio USP Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP.
Ouça a entrevista na íntegra no link abaixo:
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