Pesquisa - IPCC faz alerta: 'ritmo das mudanças climáticas precisa reduzir'
Publicado em 24 maio 2019
Por Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP
Produzido por 91 cientistas e revisores de 40 países para guiar líderes globais, o relatório detalha – com base em 6 mil estudos científicos – a diferença que o impacto do aumento de 1,5°C ou 2°C nas temperaturas teria para o planeta. Atualmente, a ação do homem já provocou o aumento médio de 1,1°C na temperatura global. Diplomatas de vários países do mundo se reuniram na semana passada em Incheon, na Coreia do Sul, para negociar o relatório preparado por cientistas do IPCC. De acordo com Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e membro do IPCC, houve uma forte reação dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes em defesa dos combustíveis fósseis, até que finalmente se chegasse a um consenso no sábado (6). “O relatório diz com todas as letras que se quisermos limitar o aumento da temperatura em 2°C, não tem jeito, vai ter que ser emissão zero de carbono até 2050 e emissões negativas, ou seja, além de não emitir carbono, também sequestrar [retirar] carbono da atmosfera ao longo dos últimos 50 anos deste século. Essa seria hoje a única maneira de conseguirmos isso, uma tarefa praticamente impossível”, disse Artaxo à Agência FAPESP. A matéria produzida pela Agência FAPESP foi republicada no link abaixo: