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Relatos da participação brasileira no FWL 2016


Dois finalistas brasileiros participam do FWL 2016 em Berlim


Final internacional do concurso Falling Walls Lab em Berlim

Cem participantes de mais de cinquenta países tiveram apenas três minutos para apresentar seus projetos de pesquisa, ideias e iniciativas transformadoras diante de uma plateia internacional no Falling Walls Lab Finale, realizado em Berlim, no dia 8 de novembro. Dentre eles estavam os brasileiros José Augusto Stuchi e Diogo Biagi, vencedores da etapa nacional da competição e selecionados para representar o Brasil na final global na capital alemã.

O engenheiro da computação Stuchi, primeiro colocado na etapa brasileira, levou a Berlim uma invenção pioneira: um retinógrafo portátil, que pode ser acoplado a um smartphone comum e gera imagens de alta resolução da retina. Já o biólogo Diogo Biagi, apresentou o projeto de células-tronco induzidas (IPS), para realização de testes de medicamentos.  

A escolhida pelo júri e vencedora do Falling Walls Lab 2016 foi a vietnamita Dang Huyen Chau, da Technische Universität Dresden. Ela conquistou o júri com sua ideia de reciclagem de resíduos de plantações de café, ricos em óleo que podem ser transformados em biocombustível.

O segundo prêmio foi para Maxim Nikitin, do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou. Ele apresentou o projeto de nanopartículas biocomputacionais que podem analisar dados de forma autônoma e extrair conclusões terapêuticas e diagnósticas, para adaptar individualmente a entrega do fármaco a cada paciente. Em terceiro lugar ficou Nouf Al Jabri da Arábia Saudita, pelo desenvolvimento de um método pelo qual plástico pode ser convertido em um combustível que produz menos gases de efeito estufa. 

José Stuchi acompanhou todas as apresentações e destacou que os vencedores apresentaram soluções simples para problemas difíceis.  “Falei com a vencedora sobre e ela me contou que sua ideia foi inspirada em seu país, Vietnã, que é o segundo produtor mundial de café, atrás do Brasil. A beleza da simplicidade da iniciativa e os excelentes resultados alcançados a levaram a conquistar o prêmio. Além da grande experiência de compartilhar minhas ideias e aprender outras várias, aprendi no evento que motivação e simplicidade fazem a diferença”, contou ele.

Além da participação na competição, os dois brasileiros ainda puderam assistir a Falling Walls Conference, com palestras de renomados pesquisadores de diferentes países sobre os atuais problemas globais. “Poder ver de perto estes grandes nomes e poder conversar e fazer perguntas a eles durante os intervalos foi uma experiência fantástica que levarei para a minha vida”, disse Stuchi.

Os dois brasileiros ainda puderam aproveitar a viagem à Berlim para realizar visitas a centros de pesquisa, empresas e instituições de interesse na Alemanha, o que permitiu estabelecerem  contatos e networking com especialistas e profissionais alemães. “Visitei a Berlin Partner, onde me mostraram diversas ferramentas do governo alemão para startups que queiram se estabelecer lá. Me apresentaram pessoas de uma área relacionada ao que eu faço e trocamos contato”, relatou Biagi, que a partir de sua ideia transformadora criou a startup Pluricell Biotech.  

Para Stuchi, a participação no evento também trouxe contribuições para sua startup, a Phelcom, que produz Smart Retinal Cameras, o produto final de sua ideia inovadora.“A grande lição que ficou foi que existem muitas pessoas querendo transformar o mundo para melhor. Certamente esta energia positiva transmitida foi contagiante para que nós da Phelcom possamos continuar nossos passos, mesmo com tantos desafios e barreiras no caminho. Vamos derrubá-las! Breaking the walls!”, disse.

Mais de 2.400 candidaturas de todo o mundo foram submetidas à participação no Falling Walls Labs deste ano, com novas iniciativas e projetos de pesquisa nas áreas de humanidades, ciências sociais, engenharia, negócios e ciências naturais. Antes da final em Berlim, competições internacionais de qualificação foram realizadas em 44 países este ano. No Brasil, foram 96 inscritos na etapa classificatória, que selecionou 15 participantes para a edição nacional do concurso, realizada em setembro pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH-SP), em parceria com a A.T. Kearney e a Universidade de São Paulo (USP), por intermédio do Instituto de Física.

Para mais informações sobre os projetos dos finalistas brasileiros, clique aqui

Carolina Santa Rosa/DWIH-SP

 

Término: 
31/12/2016

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