Da Assessoria de Comunicação do IFUSP:
ARTIGO DE CAPA DA PRESTIGIOSA REVISTA PHYSICAL REVIEW LETTERS TEM COMO PRINCIPAL AUTOR PESQUISADOR BRASILEIRO QUE REALIZOU PÓS-DOUTORAMENTO NO IFUSP
“Weirdeste martensite: smectic liquid crystal microstructure and Weyl-Poincaré invariance”
Autores: Danilo B. Liarte, Matthew Bierbaum, Ricardo A. Mosna, Randall D. Kamien, e James P. Sethna, respectivamente, do Laboratory of Atomic and Solid State Physics, Cornell University, NY, USA e ex-pós-doc. do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; do Departamento de Matemática Aplicada, da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil; Department of Physics and Astronomy, University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, USA
O artigo de capa da revista científica Physical Review Letters publicado no dia 08 de abril deste mês ajudou a resolver uma questão fundamental da área de física que perdurava por mais de um século.
Quando o pesquisador Danilo Barbosa Liarte, atualmente na Cornell University, propôs estudar em seu pós-doutoramento no Instituto de Física da USP, sob orientação do Prof. Silvio Roberto de Azevedo Salinas e com bolsas da FAPESP e da Capes, problemas na área de vidros de spins e fluídos complexos, ele não imaginava que um desses projetos seria fundamental na elaboração do artigo “Weirdeste martensite: smectic liquid crystal microstructure and Weyl-Poincaré invariance”, juntamente com os pesquisadores Matthew Bierbaum, Ricardo A. Mosna (da Unicamp), Randall D. Kamien e James P. Sethna, e que a explicação da microestrutura dos cristais líquidos esméticos ajudaria a esclarecer um problema teórico formulado há mais de um século.
Para os autores do artigo, uma das questões principais era entender como combinar, de forma compatível, domínios de cônicas focais de um cristal líquido esmético. Esse tipo de cristal líquido, quando observado com um microscópio, produz padrões belíssimos de cônicas singulares, tais como elipses, hipérboles e parábolas: uma consequência fascinante da estrutura geométrica de camadas bidimensionais igualmente espaçadas.
O grupo utilizou dados de simulações computacionais para analisar a microestrutura desses sistemas, fazendo contato com a teoria sofisticada usada para descrever fases martensíticas (fases de materiais como o aço, caracterizada pela coexistência de variantes cristalinas sujeitas a condições de contorno estritas). Esméticos são um tipo especial, “estranho” ou “misterioso” de martensitas. Em martensitas cristalinas, estados de baixa energia são geradas por meio de rotações das variantes. Em esméticos, estados de baixa energia são gerados por rotações, translações, dilatações, e transformações de Lorentz relativísticas de variantes toroidais.
Serviço:
Para os não assinantes da Revista Physical Review Letters, a integra do artigo pode ser acessada em:
