Após 12 anos, Brasil assina acordo e avança no processo de adesão como membro do Cern

Atualmente, País atua nos experimentos por meio de instituições associadas; ingresso como membro facilitará pesquisa vinculada ao setor produtivo brasileiro, que poderá participar como fornecedor do Cern
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


O Brasil assinou no último dia 2 de março a sua adesão como membro ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), sede do acelerador de partículas LHC. Esta não é a etapa final do ingresso: a proposta ainda precisa ser ratificada no Congresso Nacional e no Senado. Mesmo assim, trata-se de um importante passo – foram 12 anos de tratativas entre países até o acordo ser firmado. Até agora, o Brasil atua nos experimentos por meio de instituições associadas, como universidades, incluindo a USP.

Para os pesquisadores brasileiros, uma vantagem é que membros associados podem participar de estágios e contratações pelo Cern, além de ter representantes do País nos conselhos da instituição. “Do ponto de vista da política científica, a associação como membro também abre uma oportunidade para os pesquisadores colaborarem em conexão com o setor produtivo do País, que será fornecedor do Cern”, explica ao Jornal da USP Marco Leite, pesquisador no Instituto de Física da USP e no Atlas, um dos sete experimentos que compõem o LHC.

Como outros membros, o Brasil deverá fazer uma contribuição anual ao Cern, cuja variação do porcentual é atrelada ao PIB. Para quem se pergunta se temos condições ou se isso é interessante para uma nação como o Brasil, Leite lembra que não são apenas países das maiores economias que são membros. “Croácia, Índia, Lituânia, Paquistão, Turquia e Ucrânia já aderiram e estão no pré-estágio da associação Eslovênia e Chipre”, exemplifica. Saiba mais...


Imagem: Experimento Atlas, do LHC – Foto: Maximilien Brice/Cern

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