Partícula rara decai e se desintegra sete vezes mais do que sua antipartícula em estudo feito por brasileiros no LHC

Resultado representa maior grau de violação de uma lei da física e pode ser pista para entender por que há mais matéria do que antimatéria no Universo
Por: Revista Pesquisa FAPESP.
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O decaimento de formas raras de uma efêmera partícula subatômica denominada méson B ocorre com uma frequência quase sete vezes maior do que com sua respectiva antipartícula. Essa diferença de comportamento entre matéria e antimatéria representa, até agora, o maior nível de violação registrado de uma lei fundamental da física denominada simetria de carga e paridade (CP).

O resultado, surpreendente, foi obtido em um estudo liderado por um grupo de 13 físicos (12 brasileiros) que fazem parte da colaboração internacional LHCb. Esse é um dos quatro experimentos principais conduzidos no maior acelerador de partículas do mundo, o Grande Colisor de Hádrons (LHC), situado nos arredores de Genebra, na Suíça. O grau de confiabilidade do dado produzido pelo trabalho ultrapassa 5 sigmas, ou seja, há menos de uma chance em 3,5 milhões de a medida final ser decorrente de um erro ou flutuação estatística. Saiba mais...


Imagem: Instalações do experimento LHCb no Grande Colisor de Hádrons. Foto: Maximilien Brice / Cern

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