Simulação em computador revela como “aceleradores de partículas” nos buracos negros produzem raios cósmicos

Localização de TXS 0506+056 observada em raios gama (energias superiores a 1 GeV) pelo Telescópio Espacial Fermi - Foto: Reprodução/Wikimedia CommonsJatos de gases que emanam de buracos negros podem acelerar partículas a altíssimas energias que viajam a velocidades próximas à da luz, formando raios cósmicos
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Aceleradores de partículas são construídos na Terra para pesquisar fenômenos físicos, concentrando grandes quantidades de energia para movimentar partículas menores que o átomo a velocidades extremamente altas e observar seu comportamento. No espaço, também há aceleradores de partículas, na forma de jatos de gases que emanam dos buracos negros. Eles são capazes de acelerar partículas a altíssimas energias que viajam a velocidades próximas à da luz, denominadas raios cósmicos. No Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, uma pesquisa usou simulações de computador para entender como funcionam os jatos e como estes aceleram partículas, revelando que a energia envolvida na sua formação está entre as mais extremas produzidas no Universo, muito superior à que se produz nos aceleradores de partículas feitos pelo ser humano.
 
Os resultados do trabalho são descritos em dois artigos publicados na revista científica Astrophysical Journal, em fevereiro e em maio de 2021. “As galáxias e os seus núcleos contendo buracos negros e jatos são os ‘tijolos’ que compõem estruturas ainda maiores do Universo, que são os aglomerados de galáxias”, conta a professora Elisabete de Gouveia Dal Pino, do IAG, que coordenou o estudo.
 
“Entender como esses núcleos e jatos se formam e emanam do centro dessas galáxias ajuda-nos a entender não só o seu processo de formação e evolução, mas também o dos aglomerados de galáxias, ajudando ainda a compreender melhor os processos físicos que acontecem ao redor dos buracos negros.” Saiba mais...

Imagem: Localização de TXS 0506+056 observada em raios gama (energias superiores a 1 GeV) pelo Telescópio Espacial Fermi - Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

 

Desenvolvido por IFUSP