Mapeamento mostra em detalhes os núcleos ativos de 170 galáxias

Projeto Diving 3D foi realizado por uma colaboração entre cientistas brasileiros e se destaca pela alta resolução dos dados
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original. 


Um novo levantamento astronômico obteve dados em alta resolução espacial da região central de 170 galáxias visíveis no Hemisfério Sul. O survey Diving 3D (acrônimo para Deep IFS View of Nuclei of Galaxies, ou Visualização Profunda de Núcleos de Galáxias com Espectroscopia de Campo Integral) é resultado de uma colaboração de astrônomos de diversas instituições brasileiras e foi apresentado em artigo publicado no periódico especializado Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS).
“Escolhemos todas as galáxias do Hemisfério Sul mais brilhantes do que um valor de referência, que é a magnitude 12 na banda espectral B (azul), mas evitamos as galáxias que estão visualmente muito próximas ao plano da nossa galáxia, porque a poeira da Via Láctea atrapalha a observação”, conta Roberto Bertoldo Menezes, professor do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e um dos autores do trabalho.
Essas observações são de bastante interesse para a Astronomia, porque ajudam a identificar e classificar Núcleos Ativos de Galáxias (AGN, da sigla em inglês Active Galactic Nuclei), isto é, galáxias que emitem grande quantidade de energia em seu centro. “Queremos estudar a natureza da emissão nuclear, os mecanismos físicos que a geram e quais os efeitos que ela causa no ambiente ao seu redor”, explica a astrofísica Patrícia da Silva, que também é uma das autoras do artigo. Por meio do levantamento, torna-se possível obter dados estatísticos sobre a frequência de galáxias com núcleos ativos. Saiba mais...

Imagem: Fotomontagem feita por Jornal da USP com imagens de CTIO, HST e GMOS/IFU - Diving 3D

 

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