Pesquisas astronômicas emitem cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 por ano


O professor Roberto Costa fala sobre a composição da pegada de carbono da astronomia e destaca a importância da conscientização
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


De acordo com estudo veiculado na revista francesa Nature Astronomy, as pesquisas astronômicas emitem cerca de 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano. A elevada pegada de carbono relacionada à astronomia levanta desafios para o trabalho científico, que deve pensar em soluções sustentáveis para suas pesquisas.
 
Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, analisa a emissão de carbono na ciência astronômica. De acordo com o professor, a pegada de carbono da astronomia tem que ser dividida em várias origens: “Primeiro, a construção civil, construir um observatório no alto de uma montanha implica dispêndio de energia enorme, implica máquinas de construção de estradas, em terraplanagem, tudo isso é um dispêndio de energia, é emissão de carbono, não tem como fazer de outra maneira. Certamente, uma fração importante da pegada de carbono da astronomia está na construção civil dos observatórios”.
 
Outro contribuidor importante na emissão de carbono é a astronomia espacial, que está baseada em telescópios em órbita da Terra. “Telescópios em órbita precisam ser lançados e lançar qualquer dispositivo para a órbita da Terra implica dispêndio enorme de combustível. É preciso um gasto muito grande de combustível para lançar uma carga relativamente pequena em órbita. Então, os observatórios espaciais são muito dispendiosos nesse sentido”, indica Costa. Saiba mais...

Imagem: Telescópios em órbita precisam ser lançados e lançar qualquer dispositivo para a órbita da Terra implica dispêndio enorme de combustível – Foto: Pixabay

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