Lixo espacial é problema crescente com soluções difíceis

Roberto Costa avalia os riscos que esses fragmentos representam para o funcionamento de satélites e as alternativas para reduzir a poluição na órbita da Terra
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Fragmentos de foguetes e satélites, equipamentos inoperantes e até ferramentas perdidas por astronautas. Existem milhões de objetos como esses orbitando o planeta Terra neste exato momento. Esse material sem utilidade é chamado de lixo espacial.
O lixo espacial não existia até o início dos anos 1960, quando os satélites artificiais começaram a ser lançados. Desde então, a quantidade de detritos em órbita aumentou de maneira significativa. Segundo estimativas da Nasa, já são mais de 100 milhões de objetos que viajam ao redor do planeta sem rumo ou função. Esse material é especialmente preocupante, pois pode colidir e prejudicar os satélites em operação.
Risco crescente: De acordo com Roberto Costa, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, a situação ainda não é catastrófica, “mas o risco está aumentando com o tempo”. Apesar de a grande maioria desses objetos serem milimétricos, eles viajam em velocidades que podem passar dos 20 mil km/h. “Se eventualmente um fragmento desses colide com um satélite, ele pode causar danos operacionais”, afirma o professor. 
Esses objetos podem permanecer em órbita por décadas. É o caso do Vanguard 1, que viaja ao redor da Terra desde 1958. Ao longo do tempo e das interações entre os fragmentos e o campo gravitacional, os detritos se aproximam do planeta até entrarem de volta na atmosfera. Saiba mais...

Imagem: Já são mais de 100 milhões de objetos que viajam ao redor do planeta sem rumo ou função – Foto: Flickr/Nasa

 

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