Estudo defende que História e Filosofia das Ciências são ferramentas poderosas frente aos desafios da contemporaneidade

Artigo de Pós-Graduando do PIEC faz parte do último número da Revista Brasileira de História da Ciência, que conta com um dossiê especial com o tema “A História da Ciência para uma Educação em Ciências do futuro”.
Com informações de Felipe Pereira.
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O estudo acerca do desenvolvimento histórico dos conceitos e teorias científicas podem ser fontes ricas de reflexões filosóficas e educacionais a respeito da Física. Este é o objetivo geral do artigo "A óptica dos corpos em movimento  de Fresnel sob a visão do realismo estrutural: ensino de natureza da ciência e as demandas educacionais da contemporaneidade", de Felipe Pereira, do Programa Interunidades em Ensino de Ciências (PIEC USP), orientado pelo pesquisador do IFUSP, Ivã Gurgel.
 
O trabalho consiste no estudo do desenvolvimento histórico de um ramo da óptica do século XIX, que teve implicações importantes para o desenvolvimento da famosa Teoria da Relatividade Restrita de Einstein. O episódio em questão serve de ensejo para se pensar questões filosóficas que podem ser levadas em sala de aula, tanto no ensino básico, quanto na formação de professores de Física: como teorias do passado da Física, consideradas obsoletas, podem contribuir para a formulação das teorias da Física de hoje em dia? Quando uma teoria do passado é abandonada, algo dela se mantém da teoria subsequente? As teorias do presente também serão abandonadas? Se sim, podemos confiar nas teorias do presente? Algum aspecto delas será “reaproveitado” na ciência futura?
 
Estas questões guardam relevância especial nos dias de hoje, nos quais testemunhamos um clima social de desconfiança perante a ciência. Os autores consideram que debates acerca da história e da filosofia das ciências podem ser ferramentas poderosas para enfrentarmos desafios típicos da contemporaneidade. 
 

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