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PEC aprovada no Senado permite a criação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

SBPC garante apoio prioritário à pesquisa científica básica em emenda constitucional

19 de dezembro de 2014

Por Diego Freire

Agência FAPESP – O Senado Federal aprovou na quarta-feira (17/12) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 12/2014, que modifica a redação de dispositivos da Constituição para priorizar políticas de incentivo à pesquisa científica básica e tecnológica e estabelecê-las como competências constitucionais comuns da União, dos estados e dos municípios, entre outras medidas.

A PEC teve origem na Câmara dos Deputados, em 2013. De autoria da deputada Margarida Salomão (PT-MG), o documento que tramitava no Senado excluía a referência à prioridade para a pesquisa básica, presente no texto atual, aprovado em 1988. Após atuação da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) apresentou emenda de redação ao texto da PEC, subscrita por outros líderes partidários, restaurando a redação inicial.

Dessa forma, o termo “pesquisa científica básica” – excluído pela PEC 290/2013, apresentada na Câmara – foi devolvido ao texto da Constituição Federal, no parágrafo 1º do Art. 218, alteração aceita pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e já incorporada ao texto final aprovado pela casa.

“A emenda beneficia a ciência brasileira e a alteração em sua redação é uma conquista muito importante, mas o texto original deixava a pesquisa básica apenas subentendida, sem citá-la. Muitos deputados entendiam que isso não a afetaria, mas desde a tramitação na Câmara trabalhamos para deixar claramente expressa na Constituição a importância de se priorizar a pesquisa básica, sem a qual não há desenvolvimento científico”, disse a presidente da SBPC, Helena Nader, à Agência FAPESP.

Na justificativa da emenda de redação apresentada por Nunes, o senador enfatizou a relevância da pesquisa de base. “A emenda objetiva deixar claro, como já previsto na redação original do texto constitucional, que a modalidade de pesquisa que deverá receber tratamento prioritário é a pesquisa básica, essencial para a criação das condições para o desenvolvimento tecnológico nacional”, afirmou.

“A ciência brasileira está sendo elevada a outro patamar e é necessário contemplar toda a cadeia científica, desde a pesquisa básica à sua potencial aplicação e à inovação. Com a alteração da PEC e sua aprovação, avançamos nesse sentido”, disse Nader.

De acordo com a deputada Margarida Salomão, a inclusão do termo aprimora a proposta. “Inicialmente, entendemos e defendemos que a pesquisa básica estava subentendida na redação da PEC, mas o processo de aprimoramento da proposta, do qual a comunidade científica participou ativamente, resultou no entendimento de que é importante expressá-la com mais clareza”, disse à Agência FAPESP.

A opinião é compartilhada por Sergio Gargioni, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que participou da concepção da proposta.

“Esse entendimento de que a pesquisa básica já estava contemplada pelo texto original se deve à dificuldade de se definir hoje em dia os limites entre a pesquisa de base e a tecnológica, como acontece com a nanotecnologia e outras áreas do conhecimento científico. Mas a percepção da comunidade de pesquisadores foi contemplada pela alteração da redação e, felizmente, foi possível conciliar os entendimentos e aprovar a PEC”, disse.

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, destacou a relevância da aprovação do texto alterado para o futuro da ciência. “A SBPC obteve importante conquista, mantendo no texto constitucional a prioridade do apoio estatal à pesquisa básica e modificando vários outros artigos para agilizar o funcionamento das ICTs [instituições de ciência e tecnologia]”, disse.

“Tal prioridade é comum em muitos países, e se justifica tendo em vista que as empresas, ou o ‘mercado’ de forma geral, tendem naturalmente a priorizar a pesquisa com aplicação imediata, o que geraria um subinvestimento na pesquisa básica e na formação de recursos humanos para pesquisas, comprometendo o futuro progresso do conhecimento e mesmo das aplicações que daí poderão advir”, disse.

Responsabilidades

Com a nova emenda, a Constituição Federal passará a atribuir a competência de legislar sobre ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação à União, aos estados e ao Distrito Federal. Também é compartilhada a responsabilidade de “proporcionar os meios de acesso à tecnologia, à pesquisa e à inovação”.

Para isso, a emenda possibilita que os governos firmem instrumentos de cooperação entre órgãos públicos e entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, como laboratórios, para a execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, “mediante contrapartida assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei”.

A área de inovação também passa a receber apoio do Estado na formação de recursos humanos, contemplando o apoio às atividades de extensão tecnológica.

Caberá ainda ao Estado estimular a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas e nos demais entes, públicos ou privados – por meio, inclusive, da criação e manutenção de parques e polos tecnológicos e de outros ambientes que promovam a inovação e a atuação de inventores independentes, ajudando também na criação, na absorção, na difusão e na transferência de tecnologia.

Recursos públicos e privados

De acordo com Helena Nader, a PEC cria as condições para que seja implementado adequadamente o projeto de lei 2177/2011, que estabelece normas, princípios, diretrizes e prioridades da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, além de alterar a Lei de Inovação (Lei 10.973, de 2 de dezembro de 2004), aprovado por uma comissão especial da Câmara em abril. “Entre os objetivos está a facilitação da relação entre a iniciativa privada e instituições de pesquisa”, disse.

A PEC aprovada no Senado permite ainda a criação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em regime de colaboração entre governos e empresas privadas, envolvendo também estados e municípios.

Também serão ampliadas as possibilidades de fomento à pesquisa e à inovação, contemplando, além das universidades, instituições de educação profissional e tecnológica. A burocracia em torno da transferência e do remanejamento de recursos será flexibilizada, não dependendo mais de autorização prévia do Legislativo.

A PEC prevê ainda a ampliação das competências do Sistema Único de Saúde (SUS) para incluir entre as prerrogativas de suas áreas de atuação o incremento à inovação, ao lado do desenvolvimento científico e tecnológico.

A matéria foi aprovada por unanimidade no Senado e agora aguarda sessão conjunta, solene, das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para promulgação. 

Fonte: gencia.fapesp.br/sbpc_garante_apoio_prioritario_a_pesquisa_cientifica_basica_em_emenda_constitucional/20439/

Projeto Sirius - Acelerador de partículas deverá ficar pronto em 2018


HERTONESCOBAR

HERTONESCOBAR

19 Dezembro 2014 | 22:28

Acelerador de partículas Sirius deverá ficar pronto em 2018, em Campinas. Custo total do projeto é de R$ 1,3 bilhão

Pesquisador analisa equipamento em uma das linhas de luz do acelerador atual, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas. Foto: Marcio Fernandes/Estadão (2013)


Pesquisador analisa equipamento em uma das linhas de luz do acelerador atual, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas. Foto: Marcio Fernandes/Estadão (2013)

O maior projeto da ciência brasileira ganhou a canetada que faltava para se tornar realidade. Em uma cerimônia em Campinas, foi lançada a pedra fundamental e assinado, nesta sexta-feira (19), o contrato de construção do prédio de 68 mil metros quadrados (maior do que muitos estádios de futebol) que vai abrigar o novo acelerador de partículas brasileiro, chamado Sirius. O custo total estimado do projeto é de R$ 1,3 bilhão, e a previsão é que a máquina comece a operar em 2018.

O Sirius terá um anel de 165 metros de diâmetro, que será usado para acelerar elétrons a uma velocidade muito próxima da velocidade da luz (99,999999%, para ser exato). Diferentemente do que ocorre no Large Hadron Collider (LHC) e outros grandes laboratórios dedicados ao estudo da física de partículas, porém, o objetivo do Sirius não é fazer com que os elétrons se choquem, mas aproveitar a luz que é gerada por eles quando acelerados a essa velocidade.

Essa luz, chamada de luz síncrotron, é uma radiação eletromagnética de amplo espectro, abrangendo diferentes tipos de energia, desde o infravermelho até os raios X. Ela é captada de dentro do anel e direcionada para as chamadas “linhas de luz”, onde os cientistas podem utilizá-la para uma série de aplicações — principalmente, para investigar as propriedades atômicas de materiais, tanto orgânicos (como uma célula, ou uma proteína) quanto inorgânicos (como uma liga de metal ou algum tipo de cerâmica industrial).

Made in Brazil

Há várias fontes de luz síncrotron em operação no mundo e o Sirius, segundo os responsáveis pelo projeto, será o mais avançado da sua categoria. Ele vai substituir o acelerador atual, chamado UVX, que foi inaugurado em 1997 e funciona bem até hoje, mas é pequeno demais para atender às demandas científicas da atualidade. Ambos os projetos são desenvolvidos e construídos no Brasil (não são máquinas prontas, compradas no exterior).

O projeto é do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que é um dos laboratórios que compõem o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas. A maior parte dos custos será bancada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O contrato de construção do prédio, de R$ 510 milhões, foi assinado com a empresa Racional Engenharia. Todos os cientistas brasileiros (e também estrangeiros) poderão utilizar o acelerador, mediante a apresentação de projetos.

Para mais detalhes sobre o Sirius, veja a reportagem especial que publiquei sobre o projeto em 2013: Sirius, o maior projeto da ciência brasileira — Parte 1 e Parte 2  (O custo estimado do projeto à época era de R$ 650 milhões, mas ele foi ampliado e refinado tecnologicamente desde então.)

Clique aqui para ver um infográfico interativo, explicando como o acelerador funciona: http://goo.gl/PzQpN4

Para ver a página oficial do projeto no LNLS, clique aqui: http://lnls.cnpem.br/sirius/

Fonte: http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/maior-projeto-da-cien...

Comunicado sobre a desinsetização e desratização no IFUSP - Dia 10.01, sábado, das 9h00 às 18h00

Prezado(a) Sr.(a):

Estamos programando a desinsetização e desratização do Instituto no dia 10.01.15, sábado, das 9h00 às 18h00, não é aconselhável permanecer no IF.

Solicitamos que produtos alimentícios sejam devidamente armazenados em locais adequados, não ficando expostos aos produtos químicos que serão aplicados nos locais.  Áreas de alimentação: os produtos (pacotes, frutas, etc.) que estiverem abertos deverão estar cobertos com plástico; espremedores, cortadores, batedeiras, etc, poderão ficar  descobertos, para o tratamento da área de motores.

Objetos como: Grampeadores, canetas, régua, calculadoras, etc, deverão ser guardados em gavetas.

Lembramos que as chaves dos locais a serem desinsetizados deverão estar nas portarias. Aquelas que não se encontram nos quadros das portarias, devem ser deixadas com o Chefe da Vigilância com antecedência ou, então, o responsável deverá vir ao IF para abrir o local.

Contrários a execução do serviços favor pronunciarem através do e-mail ata@if.usp.br


Atenciosamente,
ATA

Pesquisadores do IFUSP e do INPE coordenam esforço internacional para investigar mudanças climáticas

 
Pesquisa coordenada por docentes do IFUSP e do INPE é destaque no Estadão
 
A edição deste domingo (4/1) do jornal o Estado de S.Paulo  publica reportagem sobre uma pesquisa inédita dos profs. Paulo Artaxo (IFUSP) e Luiz Augusto Machado (INPE) a repeito da formação de nuvens e chuvas nos céus da Amazonia. Leia abaixo as reportagens.
 

 

Professor Mahir Hussein torna-se Fellow da American Physical Society

Professor Mahir Hussein torna-se fellow da American Physical Society

 

O professor Mahir Saleh Hussein, docente do Instituto de Física da USP (IF/USP), acaba de ser nomeado "Fellow of The American Physical Society" (APS). A distinção, baseada em contribuições científicas, foi concedida pela Divisão de Física Nuclear da instituição, que este ano selecionou ao todo 14 nomes. Destes, apenas Hussein é brasileiro. Há um cientista da Universidade de Surrey, na Inglaterra, e o restante são cientistas de universidades americanas.

Segundo informações disponíveis no site da APS, a nomeação de Hussein se deu pelas importantes contribuições do físico para a teoria das reações nucleares, abrangendo pesquisas realizadas por ele em quatro décadas. Também foram mencionados seu papel de liderança na área, o fortalecimento de grupos de pesquisa consolidados em São Paulo e os continuados esforços para formar e sustentar a colaboração científica entre o Brasil e os Estados Unidos.

“Ele recebeu a notícia no dia 9 de dezembro e ficou muito satisfeito. Afinal, é uma distinção bastante significativa e soma-se a outras, que o professor Hussein já tem em seu currículo”, afirmou a Alinka Lépine-Szily, professora do IF/USP. “Haverá uma cerimônia de recebimento da distinção em abril, em Baltimore, nos Estados Unidos, e o professor Hussein pretende ir para o evento”, adiantou.

Recentemente homenageado pelos seus 70 anos (completados no dia 24 de novembro) em um simpósio realizado no IF/USP, Hussein é considerado atualmente o físico nuclear mais importante do Brasil. Nascido no Iraque, ele foi professor de Física em tempo integral na USP durante 35 anos, aposentando-se em 2007. Tem trabalhos publicados em diversos países, em colaboração com acadêmicos do mundo todo. Publicou mais de 320 artigos e colaborou com mais de 300 pesquisadores durante os últimos 40 anos, além de organizar inúmeros eventos científicos nacionais e internacionais.

A indicação do nome de Hussein para fellow da APS foi feita por dois físicos norte-americanos. É necessária uma indicação, e também cartas de recomendação, para que ocorra a nominação. Só então um comitê da APS julga os nomes propostos. É uma seleção bastante concorrida.

Data Publicação: 
segunda-feira, 22 Dezembro, 2014
Data de Término da Publicação da Notícia: 
quinta-feira, 30 Abril, 2015

Workshop sobre o método SCALE-UP - Profa. Kathleen Foote (Universidade Estadual da Carolina do Norte)

WORKSHOP SOBRE O MÉDOTO SCALE-UP 

Nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2015, das 8h30 às 11h00 e das 13h30 às 16h00, ocorrerá no IFUSP um workshop sobre o método SCALE-UP. O workshop, conduzido pela dra. Kathleen Foote, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, consistirá de sessões de discussão e de atividades, fornecendo uma experiência de sala de aula no método. 

Embora o público-alvo primordial seja a equipe de docentes e estagiários PAE da disciplina de Física I para o IF e o IAG, há alguma disponibilidade de vagas para outros interessados, que podem manifestar seu interesse enviando mensagem para o e-mail apvieira@if.usp.br.

Prorrogação das inscrições para eleição da CIPA - Até: 30.01.2015

Comunicamos aos funcionários do Instituto de Física da USP não Docentes, que as inscrições para eleições dos representantes dos funcionários Gestão 2015/2016, 
foram prorrogadas até dia 30/01/15. Os candidatos interessados deverão se inscrever até dia 30 de janeiro de 2015, na Seção de Pessoal.
Venha participar, sua colaboração junto a esta nova Gestão será muito bem vinda, partiCIPA.

Seminário do Departamento de Física Nuclear - Palestrante: Alessandro Paccagnella - University of Padova - Hoje, dia 17.12 - às 16 horas, na Sala de Seminários do DFN

Seminário do Departamento de Física Nuclear


Palestrante: Alessandro Paccagnella, Department of Information Engineering, University of Padova / Italy.

"Terrestrial and space radiation effects on CMOS electronics: the case of non-volatile memories".

Data e horário: 17/12/2014, às 16h
Local: Sala de Seminários do DFN



USP, 17 December 2014
 

The main degradation phenomena affecting CMOS devices exposed to ionizing radiation are the total ionizing dose (TID) effects and the single event effects (SEE). TID derives from the accumulation of dielectric trapped charge and Si/oxide interface states, as a consequence of irradiation with many particles with low ionization power, i.e, low linear energy transfer (LET) coefficient. In general TID produces parametric shifts of electrical characteristics (e.g., Vt, gm) of the irradiated devices. SEEs derive from the charge released by a single high-LET ionizing particle, crossing the IC close to a sensitive node. SEEs may give rise to both recoverable soft errors (i.e., bit flip of one or more logic nodes or memory cells) and irreversible hard failures, such as gate oxide breakdown or device burn-out. While TID effects are deterministic, SEEs are stochastic in nature. In this seminar, we’ll present the variety of TID and SEE phenomena occurring in CMOS components exposed to i!
 onizing radiation, and their evolution with Moore’s law. In the last part of the seminar, we’ll focus on the effects affecting non-volatile memories (NVM), which feature the most advanced scaled technologies and even true 3-D integration, leveraging the results obtained during more than 10 years of work in the field by our group. This part will be mainly focused on floating gate NVMs featuring NOR or NAND architectures, including also results for novel memories, such as the phase change ones. Finally, we’ll examine reliability implications, significant for both the terrestrial and the space radiation environments.

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