Física e primeira mulher a presidir o IPT em 118 anos

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:
 
Foto: Assessoria de Imprensa do IPT
 
1. Onde (local) você se criou? Onde estudou antes de entrar na USP? Conte um pouco sobre sua família, que formação tem/tinham seus pais? Fale um pouco sobre sua origem, formação inicial, etc.
 
R: Nasci em Beirute, Líbano, numa comunidade armênia. Não me sinto libanesa, mas sim armênia. Falo armênio fluentemente. Vim para o Brasil com 6 anos. Morei alguns meses em Santana na Rua Voluntários da Pátria e depois no Bom Retiro onde passei o resto da infância e toda a adolescência. Fiz o primário na escola armênia Externato José Bonifácio na avenida Tiradentes e depois o ginásio no Santa Inês na rua Três Rios.
Como minha família precisa de apoio financeiro, fui estudar na escola técnica em química do Liceu Eduardo Brado que fica nos Jardins.
 
2. Como foi a decisão de prestar vestibular para USP? Por que Física?
 
R: Ainda na escola de técnica química, comecei a trabalhar de dia e estudar a noite. Nessa escola, fiquei sabendo que tinha a USP, escola gratuita. Como não tinha condições de pagar uma faculdade, resolvi prestar vestibular na USP.
 
3. Como / por que foi a decisão / oportunidade de completar seus estudos no exterior? O que e onde você estudou? Há quanto tempo está no (país, local atual)?
 
R: Nunca estudei no exterior. Toda a minha formação foi no Brasil.
 
4. No contexto dos seus estudos/trabalho no (local onde estuda/trabalha) como você avalia a formação obtida no IFUSP?
 
R: Excelentíssima qualidade. Apesar de não trabalhar diretamente na física, os conhecimentos fundamentais e o raciocínio lógico que desenvolvi na IFUSP abriram todas as portas.
 
5. Quais são os principais temas de pesquisas/estudos que você está realizando atualmente? Onde?
 
R: Corrosão de armaduras de concreto, corrosão no setor de óleo e gás, especialmente no transporte de petróleo e derivados em dutos e corrosão por CO2  que é relacionado com pré-sal.
 
6. Há colaboração entre a instituição em que está atuando e a USP? Se sim, por favor, descreva.
 
R: Sou professora convidada do departamento de Metalurgia e Materiais da Poli, escola com a qual atuo muito e também atuo com o grupo de corrosão do IPEN e do Departamento de Engenharia Química.
 
7. Quais são os seus projetos para 2018? E na área em que você atua quais são as inovações que você consegue antever?
 
R: Estou atuando nos temas listados no item 5.
 
8. Avaliando a sua experiência quais são as vantagens e desvantagens de trabalhar e realizar pesquisas no exterior?
 
R: Parcerias com instituições internacionais são relevantes e muitas vezes estratégicas, agregando competências e experiências diversas que potencializam o desenvolvimento da pesquisa cientifica e tecnológica.

9. Pretende continuar realizando suas pesquisas no Brasil? Por quê?

R: Sim, no Brasil, porque trabalho com pesquisa aplicada (tecnológica) e acho que na minha área tem muito o que fazer no Brasil.
 
Leia também, no link abaixo, matéria produzida pelo Jornal da USP:
 
Data Publicação: 
sexta-feira, 22 Junho, 2018
Data de Término da Publicação da Notícia: 
terça-feira, 31 Julho, 2018

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