Ex-aluno é selecionado para bolsa na Alemanha

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou no dia 29.05.2018, o resultado da 12º chamada do Edital nº 36/2017 referente ao programa CAPES/Humboldt.

O programa Capes/Humboldt, por meio de seu Edital nº 36/2017, selecionou oito candidatos para a modalidade de pós-doutorado e seis para pesquisador experiente.

O programa é uma parceria entre a CAPES e a Fundação Alexander Von Humboldt (AvH) da Alemanha, que tem como objetivo conceder bolsas para pesquisadores altamente qualificados para realizar estudos em cooperação com os anfitriões acadêmicos em instituições na Alemanha.

O pesquisador do IFUSP, Ricardo César Giorgetti Landim, foi um dos oito candidatos selecionados para realizar o pós-doutoramento na Alemanha, na área de Física/Astronomia.

Abaixo, a entrevista que ele concedeu para a Assessoria de Comunicação:

Foto: arquivo pessoal

Onde (local) você se criou? Onde estudou antes de entrar na USP? Conte um pouco sobre sua família, que formação tem/tinham seus pais? Fale um pouco sobre sua origem, formação inicial, etc.

R: Nasci em São Paulo e estudei quase metade da minha vida em escola pública. Na época do vestibular minha família morava em Rio Claro, cidade do interior paulista. Por não ter condições financeiras e nem saber que as universidades maiores possuem sistemas que auxiliam alunos com baixa renda (como, por exemplo, as moradias estudantis), acabei prestando Física na UNESP de Rio Claro. Fiz Bacharelado e Licenciatura e depois ingressei no mestrado em Física na UNICAMP. Minha mãe cursou letras em uma universidade particular e meu pai fez técnico de eletricista.

Como foi a decisão de prestar vestibular para USP? Por que Física?

R:  Desde criança queria ser ou arqueólogo ou astrônomo. Como comentei, acabei prestando Física na UNESP, pois morava em Rio Claro. Depois do mestrado, entrei no programa de doutorado na USP.

Como / por que foi a decisão / oportunidade de completar seus estudos no exterior? O que e onde você estudou? Há quanto tempo está no (país, local atual)?

R: Na área acadêmica, especialmente em Física, é imprescindível ter uma experiência no exterior. Já havia participado de conferências e colaborações em curto prazo no exterior, mas necessitava de uma experiência á longo prazo. Acabei me inscrevendo para diversas oportunidades de bolsas financiadas pelas agências de fomento brasileiras. Antes de sair o resultado da CAPES-Humboldt, fui aprovado para uma bolsa de pós-doutorado nos Estados Unidos, pelo CNPq, no SLAC. A bolsa começou em junho.

No contexto dos seus estudos/trabalho no (local onde estuda/trabalha) como você avalia a formação obtida no IFUSP?

R: Achei de suma importância a autonomia que adquiri durante o doutorado. Devo isso em grande parte ao meu orientador Elcio Abdalla, que me deu liberdade o suficiente e sugestões interessantes de pesquisa, de modo que eu consegui trilhar o caminho da pesquisa de maneira independente.

Quais são os principais temas de pesquisas/estudos que você está realizando atualmente? Onde?

R: Estou estudando modelos de matéria escura e dimensões extras no SLAC (Stanford Linear Accelerator Center), nos Estados Unidos.

Há colaboração entre a instituição em que está atuando e a USP? Se sim, por favor, descreva.

R: Não diretamente, que eu conheça.

Quais são os seus projetos para 2018? E na área em que você atua quais são as inovações que você consegue antever?

R: Pretendo adquirir experiência tanto na área teórica como experimental em modelos que procuram inserir a matéria escura em teorias além do modelo padrão.

Avaliando a sua experiência quais são as vantagens e desvantagens de trabalhar e realizar pesquisas no exterior?

R: As vantagens são inúmeras, pois vão desde a experiência pessoal quanto profissional de se trabalhar em um grande centro de pesquisa. A desvantagem é a adaptação em um lugar novo, com culturas diferentes.

Pretende continuar realizando suas pesquisas no Brasil? Por quê?

R: A área acadêmica está muito competitiva, de modo que todo tipo de tentativa de emprego, tanto no Brasil quanto no exterior, é necessária.

 

Data Publicação: 
quarta-feira, 20 Junho, 2018
Data de Término da Publicação da Notícia: 
terça-feira, 31 Julho, 2018

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