Prof. Giancarlo Espósito, do IFUSP, tem nova patente registrada

Em sua terceira patente, Prof. Giancarlo Espósito de Souza Brito desenvolve material restaurador odontológico.

:: Comunica IFUSP


Parabenizamos o Prof. Giancarlo Esposito, do Laboratório de Cristalografia do IFUSP, pela saída da nova patente, desenvolvida numa parceria com pesquisadores da Faculdade de Odontologia e do Instituto de Química.

A invenção insere-se no campo das preparações e composições com finalidade odontológica, especificamente refere-se ao processo de obtenção de um material restaurador formado por partículas mistas de fosfato de cálcio e fosfato de prata, dispersas em uma matriz resinosa, com capacidade de liberar íons para promover a remineralização e prevenir a colonização bacteriana no seu entorno, com potencial uso no preparo de composições para tratamento de cáries e prevenção contra novas lesões. Patente BR 102015020627-5.

A demanda veio da Faculdade de Odontologia, na figura da então pós-graduanda Marcela C. Rodrigues, que desenvolvia sua tese de doutorado e contatou o IFUSP por meio da Profª Márcia Fantini. Foi com esta mediação que o Prof. Giancarlo foi envolvido no projeto. 

Sobre o início do processo, recorda: "Ela buscava colaboração para caracterização de novos materiais a serem utilizados em restauração dentária devido às cáries. Quando fui visitar o orientador, Prof. Roberto Bragga, e conhecer seu Laboratório, juntamente com meu colaborador o Dr. Thiago Hewer (IQUSP) tudo aconteceu durante um café. Foi aí que sugeri que seria mais interessante utilizar em sua proposta uma versão nanoparticulada do fosfato de cálcio - existem vários tipos deste fosfato dependendo do pH de síntese - pois nanopartículas apresentam mais superfície que volume, e é na superfície que as propriedades pretendidas ocorreriam. Quando terminei meu café, lavei meu copo plástico, pedi um pouco do monômero e derramei umas gotas no copo e adicionei água da torneira. Notei que podíamos fazer a síntese do tal fosfato em água na presença do monômero e controlar o tamanho das nanopartículas!"

A tese de Marcela venceu o Prêmio Tese Destaque USP 2016 na área de Ciências da Saúde e a colaboração resultou em duas patentes, ambas em fase de divulgação para empresas interessadas. O pesquisador aproveita para comentar a participação da AUSPIN no processo: "Vale ressaltar e agradecer o excelente trabalho e apoio que temos recebido da Agência USP de Inovação que está sempre assistindo aos trabalhos de inovação dos pesquisadores da USP."
 
Anterioremente, o docente já havia participado do registro de patente em colaboração com o Prof. Antônio Martins Figueiredo Neto, do mesmo Departamento de Física Aplicada; “Graxa Magnética e seu uso” também já se encontra em fase de transferência de tecnologia com Indústria paulista.
 
► As patentes podem ser consultadas pelo Hub USPInovação.
 

Foto: Prof. Giancarlo Espósito. Divulgação.

 

 

Desenvolvido por IFUSP