Reflexões e propostas para uma universidade mais inclusiva e democrática pela ótica discente

Por Júlia Sanches, mestranda da Escola Politécnica (Poli) da USP, Luene Vicente, mestranda da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, Lucas dos Santos, doutorando do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, e outros autores*
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A entrada na pós-graduação carrega consigo mais que a mudança de etapa acadêmica, apresentando condições que se distanciam daquelas encontradas na graduação. Muitas vezes vivenciando pela primeira vez o trabalho de pesquisa em tempo integral, este ingressante também experimenta os dissabores do desamparo financeiro e emocional em um mundo que exige um formato rígido de entregas e dedicação. A/o/e pós-graduanda/o/e tropeça em uma realidade de ausência de apoios que existem na graduação (como auxílio moradia, auxílio alimentação e auxílio livros), além da diminuição do número de bolsas fornecidas aos programas/projetos, condições que escancaram a insuficiência de programas que garantam e permitam a permanência deste/a pesquisador/a/e na ciência brasileira.

Não é incomum ouvir desabafos de colegas sobre esta situação, seja pela falta de moradia universitária emergencial ao chegar a uma cidade nova, seja pela insuficiência de auxílios que deem conta das necessidades de pós-graduandas/os/es. Mesmo quando há disponibilidade de bolsas de pesquisa, tal situação ainda não é totalmente resolvida. Sem reajuste desde 2013, as bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de R$ 1.500,00 (mestrado) e R$ 2.200,00 (doutorado) ao mês, não mais garantem dedicação exclusiva e integral às pesquisas de pós-graduação, que constituem a maior parte das atividades científicas desenvolvidas no País. Saiba mais...


Imagem: Júlia Guimarães Sanches – Foto: Arquivo pessoal

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