Ciência para a reconstrução

Por Paulo Nussenzveig, professor do Instituto de Física da USP e pró-reitor de Pesquisa e Inovação
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


 
Em países democráticos, eleições servem para renovar lideranças e promover o debate público. Nesse ano, isso é de especial relevância para nós, pois precisamos nos recuperar dos danos após dois anos de pandemia, além de uma guerra em curso na Europa, que afeta a economia global.
 
Os desafios que teremos de vencer em saúde, educação, transporte, segurança, redução das desigualdades sociais, tudo isso em cenário de inflação global e escassez de determinados recursos naturais, exigirão planejamento, capacidade técnica e organização. A pandemia ceifou-nos mais de 670 mil vidas brasileiras. Embora ainda haja muitos contágios, as fatalidades diminuíram drasticamente graças às vacinas desenvolvidas em tempo recorde. Ciência salva vidas. Como diz o personagem de Matt Damon no filme Perdido em Marte, “We will have to science the shit out of this“. Literalmente, a gente vai precisar de muita ciência para sair desta situação.
 
Ao longo destes últimos quatro anos, vimos instituições septuagenárias, como a Capes e o CNPq, penarem com restrições orçamentárias que ameaçam sua sobrevivência. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) tem sofrido seguidos cortes. No ano passado, o Congresso aprovou a lei 177/2021, que impede o contingenciamento de recursos do FNDCT, após derrubar veto presidencial. Em editorial nesta Folha, publicado em 2/7, o governo é criticado por novamente bloquear R$ 2,5 bilhões do FNDCT. Saiba mais...

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