Nobel de Física 2015, TakaakI Kajita, e vencedor da medalha Fields 2014, o brasileiro Artur Avila, vão participar da Reunião Magna. Exposições também marcam as comemorações pelos cem anos da Academia Brasileira de Ciências.
Academia Brasileira de Ciências completa 100 anos com Reunião Magna e exposições históricas.
Crédito: ABC
No dia 3 de maio de 1916, uma série de reuniões na Escola Politécnica do Rio de Janeiro resultou na criação da Sociedade Brasileira de Ciências. O objetivo era criar uma instituição para debates científicos e estímulo ao desenvolvimento da ciência básica no Brasil. Três meses depois foram escolhidos os 50 primeiros membros e eleita a primeira diretoria, com Henrique Morize como presidente, e Oswaldo Cruz e Joaquim Costa Senna vice-presidentes.
A mudança do nome para Academia Brasileira de Ciências (ABC) deu-se cinco anos depois, em 1921. Não se sabe ao certo a razão da mudança do nome, mas a justificativa mais aceita é que a entidade tenha se adequado ao padrão de instituições semelhantes de outros países, como a Academia de Ciências da França, fonte de inspiração para a academia brasileira.
Para celebrar o centenário, a ABC realizará Reunião Magna de 4 a 6 de maio no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Cientistas brasileiros e estrangeiros vão discutir estudos sobre o vírus zika, saúde global, segurança alimentar sustentável, energia, novas tecnologias e educação. As sessões contarão com a presença do Nobel de Física 2015, TakaakI Kajita, e o vencedor da medalha Fields 2014, o brasileiro Artur Avila.
Além da Reunião Magna da ABC, o Museu do Amanhã abrigará uma exposição sobre a história da academia e da ciência brasileira. Atracado ao lado do museu, o Navio Vital de Oliveira, de pesquisas oceânicas, também estará aberto ao público. A bordo do navio, os visitantes vão conhecer a história da ciência na exposição organizada pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI).
A mostra reúne painéis, vídeos e instrumentos científicos para contar um pouco da história da ciência, principalmente relacionada à exploração dos oceanos. O público terá a oportunidade de saber mais sobre o período das grandes navegações e conhecer objetos antigos utilizados na época, como sextantes, quadrantes e astrolábios. Equipamentos modernos também estarão expostos, entre eles o GPS.
Além disso, telas touch screen espalhadas pelo navio apresentam a coleção de Instrumentos Científicos do Acervo do Mast, inventos de Leonardo da Vinci e as histórias do matemático Pedro Nunes e do navegador Mestre João, presente na expedição comandada por Pedro Álvares Cabral que aportou no Brasil em abril de 1500.
O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira foi adquirido por meio de um acordo de cooperação entre o MCTI, o Ministério da Defesa, a Petrobras e a Vale.
Fonte: ABC e Mast