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Treinamento Web Portal de Periódicos da CAPES

Prezados(as) pesquisadores(as),

Divulgamos link para treinamento via web da CAPES hoje as 14:00h

Programa
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – Treinamento 9
(12 de maio de 2016)
Horário Editor/Representante Bases de Dados
14h às 15h50 Capes Portal de Periódicos da Capes
15h50 às 16h Intervalo
16h às 16h30 Elsevier Scopus
16h30 às 17h PHPG MathSci (AMS) 

http://www-periodicos-capes-gov-br.ez67.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_banners&task=click&bid=44

Inscrições devem ser feitas no site da Capes.
atenciosamente
Virginia de Paiva
SBI/IFUSP

Prêmio UNESCO-Sharjah para a Cultura Árabe

Prezados(as) Pesquisadores(as),
 
Por solicitação do Prof. Dr. Thiago Rodrigues Liporaci, Chefe de Gabinete, divulgamos o lançamento da 14ª edição do Prêmio UNESCO-Sharjah para a Cultura Árabe, dedicado ao fomento do diálogo intercultural.
 
Para informações detalhadas sobre o referido Prêmio, acessar o link abaixo:
 
Atenciosamente,
 
JOSÉ EDUARDO KRIEGER
Pró-Reitor de Pesquisa
 
Setor de Comunicação
Pró-Reitoria de Pesquisa
Universidade de São Paulo

 

Colloquium Diei - IFSC

Prezados(as) Pesquisadores(as),

Encaminhamos para conhecimento e ampla divulgação, o cartaz em anexo do próximo Colóquio do IFSC.

Atenciosamente,

Sonia Santos

Secretária
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Instituto de Física de São Carlos - IFSC/USP
Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar - FCI
Av. Trabalhador São-carlense, 400 - Centro - CEP 13566-590

Caixa Postal 369  -  CEP 13560-970   -  São Carlos, SP  -  Brasil

Tel/Fax: ++ 55 XX 16 3373-9879
e-mail: coloquio@ifsc.usp.br
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Comissão Organizadora dos Colóquios IFSC

Emanuel Alves de Lima Henn <ehenn@ifsc.usp.br>
Ilana Lopes Baratella da Cunha Camargo <ilanacamargo@ifsc.usp.br>
Manuela Vecchi <manuela.vecchi@ifsc.usp.br>
 
Anexos: 

USP-KCL's Research Workshops: a Transatlantic Gateway

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) promove, entre os dias 11 e 13 de maio de 2016, o USP-KCL’s Research Workshops: a Transatlantic Gateway, com a presença de pesquisadores da King´s College London e da USP.

A abertura do evento será no dia 11 de maio no Instituto de Relações Internacionais (IRI), e os workshops acontecerão nas seguintes unidades:IRI, Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Instituto de Matemática e Estatística (IME) e no Instituto de Física (IF), por videoconferência.

O evento é aberto aos docentes e pós-graduandos das áreas envolvidas.

Seguem anexos a programação e o cartaz do evento.

A nanotecnologia no tratamento da leucemia

Uso da nanotecnologia na produção de medicamentos biológicos
Grupo de pesquisadores desenvolve polimerossomos, um tipo de material inovador no Brasil para otimizar o tratamento de leucemia
Por Victória De Santi Serafim - AUN (Agência Universitária de Notícias)
 
Representação esquemática e imagem de microscopia eletrônica de transmissão (MET) dos polimerossomos de PEG-PLA contendo a enzima L-asparaginase. (Fonte: Laboratório de Nanobiotecnologia da FCF/USP – Alexsandra Conceição Apolinário, Juliana Pachioni-Vasconcelos).

Um grupo de pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, coordenado pela Profa. Carlota Rangel Yagui, em colaboração com Leandro Ramos Souza Barbosa do Instituto de Física, vem desenvolvendo projeto que utiliza uma tecnologia nova de nanopartículas para encapsular a L-asparaginase, enzima que constitui um remédio utilizado no tratamento de leucemia.

A leucemia linfoide aguda, explica Yagui, é um tipo de câncer raro, porém com alta incidência em crianças. A proteína L-asparaginase era utilizada normalmente no tratamento porém, em 2013, a empresa estrangeira de quem o Brasil importava o fármaco interrompeu o fornecimento, e como não há produção nacional da substância, o país ficou sem acesso. Diante disso, o professor Adalberto Pessoa Junior, também da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, iniciou um projeto de produção da substância que é extraída de bactérias. A pesquisa de Yagui é uma das vertentes deste projeto maior, que tem colaboração com diversas universidades do país e do exterior, incluindo o King’s College London.

Com o objetivo de encapsular a proteína, que é um dos fármacos essenciais recomendados pela Organização Mundial da Saúde, o grupo buscou desenvolver vesículas poliméricas. Os polimerossomos são um material muito novo, pouco estudado no Brasil, e foram escolhidos por permitir que se trabalhe melhor as suas características do que outros materiais usualmente utilizados como os lipossomos, por exemplo. Esses polimerossomos, Yagui explica, “são vesículas mais robustas, que permitem trabalhar com mais facilidade o tamanho das porções poliméricas e, dessa forma, ajustar as características para maior encapsulação da L-asparaginase e para a circulação de forma adequada no organismo”.

Em um ano e meio de estudos, os pesquisadores conseguiram preparar as vesículas e encapsular uma taxa de 15% da proteína, valor significativo neste tipo de processo. A importância de se produzir um material que envolva o fármaco são as melhorias que isso traz para o tratamento. Carlota explica que, sem essa tecnologia, a L-asparaginase tem efeitos colaterais como alergias e resistência do organismo. Encapsulada, a substância proteica consegue transitar pelo corpo por mais tempo e de forma mais efetiva. A professora explica que “como é um fármaco proteico, degrada mais fácil no corpo” e que “qualquer opção nanotecnológica que proteja esse fármaco e que consiga fazê-lo circular por mais tempo traz ganho em termos terapêuticos”, uma vez que o intervalo entre doses seria maior e as reações adversas no organismo menos frequentes.

Outro avanço que o uso da nanotecnologia traz para o tratamento da leucemia é um direcionamento indireto da terapia. Segundo Yagui, substâncias proteicas como a L-asparaginase têm dificuldade de penetrar em certos tecidos enquanto “nanoestruturas penetram melhor em tecidos tumorais do que em tecidos saudáveis e também em alguns tecidos específicos como, por exemplo, a medula óssea”.

As próximas etapas do projeto são testar a liberação e verificar a enzima encapsulada em linhagens de células tumorais.

Fonte: Agência Universitária de Notícias

 

Mesa redonda: "O que é sustentabilidade?"

CONVITE PARA MESA REDONDA:

"O QUE É SUSTENTABILIDADE?"

Dia: 20 de maio, das 16h às 17h30

Seis autores e seis pontos de vista, dentre eles: a Profa. Dra. Emico Okuno, docente do Instituto de Física da USP e uma das maiores especialistas em radiação e questões nucleares.

Local: Rua Cubatão, 798 - próximo ao metrô Paraíso. 

 

 

Gostaria de convidar a comunidade do Ifusp para participar desse evento.

Obrigada,

Emico Okuno

Laboratório de Dosimetria das Radiações e Física Médica - Bloco F sala 110
Departamento de Física Nuclear, Instituto de Física, USP
Rua do Matão, 187 - Travessa R
CEP 05508-090 Butantã
S. Paulo, Brasil
 

 

Matéria do Jornal da USP sobre o detector Mario Schenberg


Doação de detector de ondas gravitacionais paralisa projeto brasileiro

Não há prazo definido para remoção do equipamento Mario Schenberg do Instituto de Física da USP e sua remontagem no Inpe


Em fevereiro, cientistas do projeto Ligo (sigla em inglês do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro de Laser), nos Estados Unidos, anunciaram a primeira detecção de ondas gravitacionais previstas pelo físico alemão Albert Einstein em sua célebre teoria da relatividade geral. No mesmo mês, o projeto brasileiro para captação dessas ondas iniciava uma mudança de endereço. O Instituto de Física (IF) da USP doou o equipamento, que leva o nome do físico brasileiro Mário Schenberg (1914-1990), ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Detector de ondas gravitacionais do Instituto de Física doado ao Inpe – Foto: Marcos Santos/USP Imagens


Segundo Marcos Nogueira Martins, diretor do IF, o detector Mario Schenberg é resultado de uma colaboração entre o IF e o Inpe. “Estamos doando o equipamento para a instituição que já fazia parte do acordo que deu origem ao equipamento, [o trâmite de doação] passou só pela diretoria e já foi aprovado”. Ele afirma que não há professores do Instituto de Física que trabalhem especificamente na área de detecção de ondas gravitacionais. “O detector opera em temperaturas muito baixas. A parte de criogenia era feita por um docente do Instituto, mas ele se aposentou, por isso estamos transferindo ao Inpe para ser mais prático eles tomarem conta”, informa Martins.

A criogenia é um ramo da físico-química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas (abaixo de -150 graus Celsius), a partir de gases como o nitrogênio, hélio e oxigênio em seus estados liquefeitos. O professor aposentado em questão é Nei Fernandes de Oliveira Junior. O físico conta que a decisão de transferir a antena foi do departamento de Física dos Materiais e Mecânica, onde se encontra o Laboratório de Estado Sólido e Baixas Temperaturas:

 
A função do laboratório não era produzir um grupo para estudar ondas gravitacionais. O laboratório dava suporte para o projeto ser possível e fazer a criogenia, já que o departamento tem uma infraestrutura ímpar no Brasil.

A transferência do equipamento começou no final de fevereiro e deve ser finalizada até 20 de maio, mas ainda não há prazo para sua remontagem em São José dos Campos (SP), onde fica a sede do Inpe.

Odylio Aguiar, pesquisador do Inpe e responsável pelo detector de ondas gravitacionais brasileiro Mario Schenberg, disse que ainda não conseguiu a verba necessária para montar o equipamento no novo local. Na remontagem, ele espera aperfeiçoar o detector para melhorar sua sensibilidade e conseguir, como o Ligo, captar o sinal das ondas gravitacionais. Aguiar, além de estar à frente do projeto do Brasil de detecção de ondas gravitacionais, é um dos sete brasileiros que compõem a equipe do Ligo.

O pesquisador do Inpe concorda que a transferência facilitará os estudos porque os pesquisadores de São José dos Campos estarão próximos ao detector. “Nos 15 anos que o Schenberg esteve na USP, tivemos apenas dois alunos de física experimental do Instituto de Física e oito do Inpe, mas estes não podiam morar em São Paulo para trabalhar continuamente no detector, então só faziam visita pontual. Isso fez com que o projeto estivesse mais lento do que gostaríamos”.

Equipamento está sendo desmontado e transferido para São José dos Campos – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

 

O ponto negativo da mudança do detector da USP para o Inpe será a necessidade de montar a estrutura física para o equipamento que, hoje, está pronta no Instituto de Física.

Aguiar e Oliveira Junior disseram que o suporte de criogenia foi um dos fatores que motivaram a doação do detector. “O departamento usou o argumento de que o detector consumia muito hélio para tirá-lo de lá. Mas [a criogenia do IF] está ampliada graças ao Schenberg, tem muito mais balões de recuperação de gás hélio, duas liquefatoras que podem operar, antes só tinha uma”, explica Aguiar.

De acordo com o professor Oliveira Junior, “se livrando da antena, eles [o departamento de Física dos Materiais e Mecânica] acham que se livraram de um consumidor de hélio, mas isso é errado, porque a antena era um meio de se comprar hélio”.

A diretoria do Instituto de Física não soube informar os gastos com a manutenção do detector de ondas gravitacionais porque a utilização de hélio não era feita de modo contínua, mas de acordo com os experimentos feitos pelo grupo de pesquisa de Aguiar. A construção e operação do detector Mário Schenberg contou com financiamento da Fapesp de 2000 a 2013. Ao todo, o investimento foi de cerca de 1 milhão de dólares.

Ondas gravitacionais

A importância da detecção das ondas gravitacionais se deve à comprovação da teoria de Einstein e a possibilidade de estudar eventos do Universo antes inacessíveis. O físico previu matematicamente na sua teoria da relatividade geral, em 1916, a existência de radiação produzida pela aceleração de objetos com grandes massas.

Leia mais em: Ondas gravitacionais: só o começo da verdade que está lá fora

Corpos de grande massa, como estrelas de nêutrons, pulsares e buracos negros, geram um emaranhado de ondas gravitacionais – Imagem: Henze/NASA

A onda detectada pelo projeto Ligo, anunciada em fevereiro, foi resultado da interação de dois buracos negros com massas aproximadamente iguais a 29 e 36 vezes a massa do Sol. Essa aceleração entre os dois corpos produziu ondas gravitacionais, que se deslocaram para fora da massa e se propagaram no Universo à velocidade da luz. Esse evento com os buracos negros ocorreu há 1,3 bilhão de anos-luz da Terra (um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, com a velocidade de 300 mil km/h).

“Essa onda gravitacional praticamente não interage com a matéria, ou seja, passa pelos objetos e provoca deformações muito pequenas, ao contrário da onda eletromagnética”, explica o professor Oliveira Junior. Por não interagir com corpos, as ondas gravitacionais chegam à Terra praticamente na sua forma original, o que pode fornecer informações diretamente de sua fonte de formação: explosões de supernovas, formação de buracos negros, entre outros eventos do Universo.

Aguiar ressalta outra característica das ondas gravitacionais: seu comprimento é grande, muito maior que um quilômetro, mas a amplitude é pequena, menor que o diâmetro de um próton. Isso dificulta a detecção de sua amplitude na Terra e por isso a importância de detectores altamente sensíveis.

Detector Mario Schenberg

Atualmente, o detector de ondas gravitacionais com maior sensibilidade para captar as ondas gravitacionais é o do projeto Ligo, nos Estados Unidos. Mas os pesquisadores do Inpe estão trabalhando para melhorar os sensores (transdutores) do detector Mário Schenberg e diminuir a temperatura de resfriamento do equipamento, e assim ampliar as possibilidades de detecção das ondas gravitacionais pelo projeto brasileiro.

Os primeiros testes com o Schenberg começaram em 2006. O equipamento é composto de uma esfera maciça de 65 centímetros e 1.150 kg (94% de cobre e 6% de alumínio), resfriada a temperaturas próximas do zero absoluto, e equipado para detectar a vibração produzida pela passagem de ondas gravitacionais. Para isso, a antena possui isolamentos contra ruídos, como oscilações externas e da própria Terra, ondas sonoras e calor.

 
Queremos aperfeiçoar o Schenberg porque a vantagem do detector esférico é ele determinar a direção de onde veio a onda gravitacional e o seu formato. Informações que o Ligo não conseguiu captar

A esfera possui nove sensores. “Se a onda gravitacional passar pela esfera, esta será colocada em oscilação; uma vez produzida a oscilação, ela poderá ser percebida por meio de um transdutor muito sensível”, diz Aguiar. Assim, o transdutor é o que permite transformar a oscilação, que é uma força mecânica, em um sinal elétrico para análise em computadores. Os cientistas do Inpe já desenvolveram cinco gerações de transdutores. E nos últimos testes feitos para o resfriamento, em outubro e novembro do ano passado, eles chegaram a temperatura de 268 graus Celsius negativos. A faixa de operação do detector está 3.150 a 3.250 hertz. Só para comparar, a faixa da onda gravitacional detectada pelo Ligo estava entre 35 e 250 hertz.

Aguiar lembra que para chegar a essa sensibilidade, o projeto Ligo consumiu quase 1,1 bilhão de dólares, enquanto o Schenberg gastou 1 milhão. “Queremos aperfeiçoar o Schenberg porque a vantagem do detector esférico é ele determinar a direção de onde veio a onda gravitacional e o seu formato. Informações que o Ligo não conseguiu captar”.

Fonte: Jornal da USP

Lançamento do 10º volume da Coletânea PROCAM

Prezados Senhores e Senhoras
 
 
10o  volume da coletânea PROCAM que ao longo dos anos tem contado com o apoio da FAPESP, e que coincide com o 25aniversário da criação do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental, vinculado ao Instituto de Energia e Ambiente representa a continuidade de uma iniciativa acadêmica que tem como finalidade apresentar os resultados de dissertações e Teses produzidas por nossos mestres e doutores. Como já é de praxe destas coletâneas, desde a primeira lançada em 1998, cabe ressaltar que todos os artigos aqui publicados são em coautoria do aluno com seu orientador e, em alguns casos orientador e coorientador. Esta tem sido a marca das coletâneas, o que configura um importante meio de divulgação dos resultados de pesquisa.
 
 
Políticas Socioambientais e Participação
Coletânea PROCAM - Volume 10
17 maio 2016
a partir das 19h00
Bar Canto Madalena - Rua Medeiros de Albuquerque, 471, Vila Madalena, São Paulo
 
 
Ines Iwashita
ST Relações Institucionais, Comunicação, Editoração e Publicações
fones 11 3091-2507 e 97205-1827

Oportunidade: bolsa de pós-doutorado PNPD/CAPES na UFSC

Bolsa de Pós-Doutorado PNPD/CAPES na UFSC -- Florianópolis

Período de inscrições: 20 de abril de 2016 a 22 de maio de 2016. O Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de Santa Catarina – PPGFSC-UFSC, Florianópolis, anuncia a disponibilidade de 1 (uma) bolsa de pós-doutorado PNPD/CAPES, para o período de 2 (dois) anos. A mensalidade da bolsa é de R$ 4.100.00 (quatro mil e cem reais) e o valor de custeio anual é de R$ 12.000,00 (doze mil reais). O candidato deve atuar em linhas de pesquisa TEÓRICAS ou EXPERIMENTAIS, em uma das seguintes áreas de atuação: Astrofísica, Física Atômica e Molecular, Física da Matéria Condensada e Mecânica Estatística, Física Nuclear e de Hádrons, Física de Partículas e Campos. Inscrições em: http://ppgfsc.posgrad.ufsc.br/processo-seletivo-pnpdcapes-20161/ , http://ppgfsc.posgrad.ufsc.br/

Fonte: SBF - Sociedade Brasileira de Física

Discurso do Prof. Paulo Artaxo durante cerimônia de premiação

Físico Paulo Artaxo recebe o Prêmio Almirante Álvaro Alberto

No discurso, pesquisador afirmou que a ciência é "absolutamente estratégica" para o desenvolvimento do Brasil e defendeu "financiamento forte e de longo prazo"para a pesquisa.

por Ascom do MCTI

Publicação: 04/05/2016 

 

 

 

A ministra em exercício da Ciência, Tecnologia e Inovação, Emília Ribeiro, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Hernan Chaimovich, entregaram, no último dia 04.05.2016, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para o pesquisador Paulo Eduardo Artaxo Netto. Trata-se da mais importante honraria nacional do setor de ciência e tecnologia, que, nesta edição, contemplou a área de ciências exatas, da terra e engenharias.

Graduado pela Universidade de São Paulo (USP), Paulo Artaxo trabalha com física aplicada em questões ambientais, em especial, nas mudanças climáticas e no bioma da Amazônia. É referência internacional no assunto e integra a lista dos mais brilhantes cientistas do mundo. O pesquisador já deu aulas na Universidade de Harvard e trabalhou na Nasa, nos Estados Unidos.

Na cerimônia, realizada na Escola Naval da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, o pesquisador dedicou o prêmio a todos os brasileiros que ainda enfrentam dificuldades para ter acesso à educação e salientou que a ciência é "absolutamente estratégica" para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil.

"Vamos precisar cada vez mais de pesquisas inovadoras, e a comunidade científica está realizando isso. A condição fundamental para que a pesquisa científica se desenvolva e o crescimento avance cada vez mais é garantir as liberdades democráticas. Que o Brasil continue a sua caminhada respeitando os princípios da democracia e que possamos daqui a algum tempo comemorar a força das nossas instituições continuando a fazer ciência de alto nível com financiamento forte e de longo prazo, algo que é absolutamente estratégico para o futuro do nosso Brasil", disse.

O Prêmio Almirante Álvaro Alberto é concedido anualmente a um pesquisador que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de grande valor para o progresso da sua área do conhecimento. Paulo Artaxo Netto recebeu um diploma, uma medalha e R$ 200 mil, valor concedido pela Fundação Conrado Wessel (FCW).

A Marinha do Brasil levará o pesquisador para conhecer o Centro Experimental Aramar na região de Sorocaba, São Paulo, responsável pelo desenvolvimento de pesquisas nucleares da Marinha do Brasil. Quarenta e cinco pesquisadores já foram laureados com o Prêmio Almirante Álvaro Alberto.

"Nesse período em que estou no ministério tive a oportunidade de confirmar a importância de nos inteirarmos mais, a importância da ABC para a ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Somos exemplo no mundo no setor de telecomunicações e expansão da rede. Essa é, por exemplo, uma das nossas capacidades na dedicação da CT&I para o país. Hoje, a ciência se relaciona com os governos federal, estadual e municipal, o que não acontecia antes. A legislação traz para nós uma esperança muito grande de destraves nas exportações e importações, nos processos decisórios do poder público e pode ajudar a ciência do país a ser menos burocrática", disse a ministra.

Durante a cerimônia, o CNPq também destacou os trabalhos dos pesquisadores Carol Hollingworth Collins, Durval Rosa Borges, Gerhard Malnic, José Renato Coury, Maria Lígia Coelho Prado, Reynaldo Luiz Victória, Silviano Santiago e Tânia Maria Diederichs Fischer. Eles foram agraciados com o título Pesquisador Emérito. Também foi entregue Menção Especial de Agradecimento ao Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

O título Pesquisador Emérito é concedido ao cientista brasileiro ou estrangeiro radicado no Brasil há pelo menos dez anos, pelo conjunto de sua obra científico-tecnológica e por seu renome junto à comunidade científica. Já a Menção Especial de Agradecimento é entregue às instituições parceiras do CNPq que contribuíram para os serviços prestados ao crescimento, desenvolvimento, aprimoramento e divulgação da agência.

Para o presidente do CNPq, Hernán Chaimovic, o pesquisador Paulo Artaxo é um "cientista visionário". "O impacto do trabalho do Artaxo começou a ser reconhecido tardiamente, especialmente, na nossa comunidade. Ele é um cientista que olha além e ganha o mundo com sua competência." 

Sobre o prêmio

Criado em 1981, o Prêmio Nacional de Ciência e Tecnologia, como era conhecido à época, foi instituído durante a solenidade comemorativa dos 30 anos do CNPq, por meio de decreto presidencial. A partir de 1986, a iniciativa passou a ser denominada Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia, em homenagem ao primeiro presidente do CNPq, Álvaro Alberto da Motta e Silva. Esta é a 27ª edição do prêmio, que já agraciou 44 pesquisadores.

O Prêmio Almirante Álvaro Alberto é concedido anualmente, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento: ciências exatas, da terra e engenharias; ciências humanas e sociais, letras e artes; e ciências da vida.

Idealizador e primeiro presidente do CNPq, Álvaro Alberto defendeu que o desenvolvimento científico e tecnológico estava intimamente ligado à prosperidade do país e dedicou-se à criação de órgãos de fomento e de apoio à pesquisa. Ele é um dos responsáveis pela criação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI).

Posse

Na solenidade, tomaram posse os novos membros da Academia Brasileira de Ciências, eleitos em assembleia geral de 2015. Em seu discurso de posse como presidente da ABC para o triênio 2016-2019, o físico Luiz Davidovich reforçou a defesa que sua gestão pretende fazer do MCTI, que, em suas palavras, "é o motor do desenvolvimento do país".

"A nova diretoria da ABC irá defender a integridade e a individualidade do MCTI como órgão central da articulação da ciência no país e, portanto, para o desenvolvimento brasileiro. Iremos defender isso. Vamos proteger o conhecimento e garantir o futuro do Brasil", afirmou.

Fonte: MCTI

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