David Bohm, o 'comunista' rebelde da mecânica quântica que era amigo de Einstein e deu aula na USP

Bohm sofreu perseguições do Estado americano por ser simpatizante do comunismo que, acreditava-se, dominava "segredos nucleares"

Por: Monica Vasconcelos, BBC. Acesse aqui a matéria original.


Fevereiro 3, 1954. "Caro Professor Einstein, Muito obrigado por sua carta. Ela contém muitos bons conselhos, mas temo que para mim será quase impossível segui-los. Para obter cidadania brasileira eu terei que ficar aqui por mais 20 meses pelo menos. E, mesmo assim, não é garantido que eu consiga. Tudo depende, crucialmente, do meu contrato com a universidade, que precisa ser feito antes de outubro. Já estão circulando rumores de que eu sou um comunista e esses rumores vão tornar a renovação mais difícil." Assim tem início a carta, escrita à mão, em inglês, em papel timbrado da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), datada de 3 de fevereiro de 1954. Ela é uma entre inúmeras escritas pelo físico e filósofo da ciência americano David Bohm para o seu amigo e colega Albert Einstein entre outubro de 1951 e janeiro de 1955, período em que Bohm viveu em São Paulo e trabalhou no Instituto de Física da USP. Saiba mais...

Imagem: Mark Edwards

 

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