Números da pandemia voltam a crescer em São Paulo

Quantidade de casos notificados nos primeiros 25 dias de junho na USP já é maior do que em todo o mês de maio. Especialistas reforçam a necessidade do uso de máscaras e da vacinação
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


Os dados da semana epidemiológica mais recente (19 a 25 de junho) mostram aumento em todos os indicadores da pandemia no Estado de São Paulo: média diária de novos casos (+26%), internações (+18%) e óbitos (+42%). Trata-se de um cenário oposto ao da semana anterior, em que todos os indicadores fecharam em queda. Além de um possível aumento na transmissão do vírus, é provável que as variações estejam associadas a um atraso no registro de notificações durante o feriado prolongado de Corpus Christi, celebrado no dia 16. 
 
Na Universidade de São Paulo, 843 casos de covid-19 ou síndrome gripal foram notificados nos primeiros 25 dias deste mês, 24% a mais do que em todo o mês de maio (679) e quase quatro vezes mais do que em todo o mês de abril (216), segundo dados da Superintendência de Saúde da USP. É uma tendência que reflete a situação no Estado de São Paulo como um todo, com aumento na disseminação de doenças respiratórias (incluindo covid-19 e gripe) na população a partir da segunda metade de abril. “Há um aumento indiscutível de casos de covid na comunidade USP, com níveis próximos ao de janeiro deste ano”, diz o professor da Faculdade de Medicina e superintendente de Saúde da USP, Paulo Lotufo. “O fato relevante é que não está havendo casos graves e óbitos, em decorrência da cobertura vacinal elevada na Universidade.”
 
A vacinação não impede que as pessoas contraiam o vírus, mas reduz significativamente o risco de agravamento da doença. Praticamente 100% dos alunos, docentes e funcionários da USP estão com esquema vacinal completo — obrigatório para frequentar a Universidade. Ainda assim, é preciso cautela: Lotufo lembra que mesmo casos menos graves de covid-19 podem deixar sequelas de longo prazo sobre funções respiratórias, cardíacas e cognitivas; além de afastar as pessoas do trabalho. “Mesmo sem a gravidade do início da pandemia, os casos de covid são incapacitantes, com prejuízos individuais e para todo o coletivo”, pontua o médico. Saiba mais...

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