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Nobel de Física 2023: importância dos lasers e a pesquisa no Brasil

Convidado pelo IFUSP, o pesquisador Prof. Ricardo Samad (IPEN), comenta o Prêmio Nobel 2023 destacando a importância dos lasers para a pesquisa científica e reflete sobre a área de pesquisa no Brasil.
Por: Ricardo Samad

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O Prêmio Nobel de Física de 2023 foi uma ótima surpresa para nós que trabalhamos na área de lasers, especificamente com pulsos ultracurtos.

Os pulsos lasers de attossegundos, gerados pelos 3 agraciados com o prêmio, são os eventos mais rápidos produzidos pela humanidade, e mais uma vez os lasers demonstram sua importância no desenvolvimento da ciência e tecnologia: desde que foi inventado em 1960 até hoje, 13 Prêmios Nobel em física, 20% do total, foram concedidos para trabalhos de desenvolvimento de lasers ou tiveram estes como parte fundamental da pesquisa agraciada. Mais três Prêmios Nobel em Química envolvem lasers. Recentemente, lasers conseguiram atingir o “breakeven” em fusão nuclear, ou seja, foi gerada mais energia do que a energia óptica gasta, um marco importante para o desenvolvimento de novas fontes de energia; novas tecnologias de aceleração de partículas com lasers compactos vêm ganhando espaço no mundo, juntamente com aplicações médicas, industriais e ambientais, que promovem grandes avanços científicos e tecnológicos.

Especificamente sobre o Nobel de 2023, ele coroa um trabalho de fôlego que vem sendo desenvolvido por vários grupos ao redor do mundo nos últimos 35 anos, para nos dar acesso a processos físicos que há poucas décadas eram considerados como instantâneos. O desenvolvimento de lasers de femtossegundos (1 fs = 10-15 s, ou, 1 milionésimo de 1 bilionésimo de segundo) associado à amplificação de pulsos “chirped”, elevou a intensidade dos lasers e nos permitiu observar como ocorrem reações químicas, ionizar gases por processos de tunelamento e gerar plasmas e emissão de raios x com características laser. Estes desenvolvimentos possibilitaram criar pulsos de attossegundos (1 as = 10-18 s, ou 1 milésimo de fs, ou 1 bilionésimo de 1 bilionésimo de segundo), que permitem estudar o movimento de elétrons dentro de átomos, moléculas e na matéria condensada, aumentando a nossa compreensão de fenômenos extremamente rápidos em tempos minúsculos. Nestas escalas temporais, podemos considerar que o universo atômico está parado, e apenas os elétrons se movem. Novos conhecimentos como esse e o avanço na tecnologia dos lasers podem levar a novas aplicações dentro de alguns anos, como a compreensão e o domínio da fotossíntese, como exemplificado pela Dra. Anne L’Hullier, ganhadora do Prêmio Nobel.
 
A geração dos pulsos de attossegundos se inicia com a focalização de um pulso laser de alta intensidade em um gás nobre, gerando harmônicos da frequência do laser por um processo não-linear. Em 1987, L’Hullier observou a geração até o 33º harmônico de um laser de Nd. Atualmente, harmônicos superiores à centésima ordem são gerados com pulsos de femtossegundos; sob certas condições, alguns destes harmônicos já podem ter duração de attossegundos, porém a combinação dos harmônicos já permitiu a geração de pulsos mais curtos que 50 attossegundos.
 
Nosso grupo de lasers no IPEN entrou a fundo na área de femtossegundos há mais de 20 anos, quando recebemos o apoio de um Projeto Temático da FAPESP (2000/15135-9), e cerca de 15 anos atrás estávamos gerando harmônicos como os que originam os pulsos de attossegundos – provavelmente geramos em nosso laboratório pulsos de attossegundos, porém não dispúnhamos de meios para medí-los. Continuamos trabalhando com pulsos de femtossegundos, mas agora estamos concentrando nossos esforços na aceleração de partículas por laser. Infelizmente, não creio que ninguém no Brasil tenha gerado (e medido) pulsos de attossegundos, apesar de termos tidos outros grupos que trabalharam com geração de harmônicos no Instituto de Física da USP de São Carlos, e na Universidade Federal de Pernambuco. Infelizmente houve uma estagnação desta atividade no Brasil, contrariamente ao que está ocorrendo no mundo desenvolvido, com a criação de grandes estruturas como a LaserNetUS e o ELI. Atuamos na área de aceleração de partículas por laser, que está sendo considerada como chave para aceleradores de elétrons que podem atingir energias de TeV. Assim, esta área deverá gerar outros prêmios Nobel num futuro próximo. 
 
 

Absorção da luz por moléculas tem aplicações em microscopia, medicina e armazenamento de dados

Método alternativo proposto por físico brasileiro reduz de vários dias para algumas horas o tempo de simulação computacional do espectro de absorção.
Por: Agência FAPESP. 
Acesse aqui a matéria original.
Conhecer a energia da luz absorvida por uma molécula possibilita entender sua estrutura, seus estados quânticos, sua interação com outras moléculas e suas possíveis aplicações tecnológicas. Moléculas com alta probabilidade de absorver simultaneamente dois fótons de luz de baixa energia apresentam uma ampla gama de aplicações: em sondas moleculares em microscopia de alta resolução, como substrato para armazenamento de dados em estruturas tridimensionais densas ou vetores em tratamentos medicinais. Saiba mais...

 

Diretoras e diretores das escolas e faculdades da USP divulgam manifesto em defesa da Universidade

Documento reafirma o compromisso dos dirigentes da USP com as políticas de permanência estudantil e com a contratação de novos professores.
Por: Jornal da USP. 
Acesse aqui a matéria original.
Diretoras e diretores das escolas e faculdades da USP se manifestaram, em uma carta que foi lançada hoje, dia 29 de setembro, para declarar sua unidade em defesa da Universidade e dos padrões pacíficos de convivência dentro da USP. Saiba mais...

 

FAPESP anuncia terceiro ciclo de apresentação de propostas para a seleção de CEPIDs

A FAPESP anuncia mais um ciclo de submissão de propostas ao terceiro edital lançado no âmbito do Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), que tem como objetivo apoiar por longo prazo centros de pesquisa de excelência no Estado de São Paulo, multi-institucionais e em qualquer área do conhecimento.
Por: Agência FAPESP. 
Acesse aqui mais informações sobre o evento.
O novo ciclo é voltado para a grande área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. As pré-propostas serão recebidas até 29 de janeiro de 2024 e, as que forem selecionadas, deverão ser reapresentadas de forma completa até 19 de julho de 2024. Saiba mais...
 
 

Passamos da etapa do aquecimento, estamos em uma emergência climática ou de ebulição global

A crise climática, que vem se manifestando de diversas formas nos últimos meses em todo o planeta, também tem afetado o clima no Brasil. Nas últimas semanas, enquanto a região Sul vem sofrendo com muita chuva provocada por ciclones extratropicais, o restante do país tem atravessado ondas de calor extremo, com temperaturas recordes para esse período do ano no Brasil. As consequências da crise climática no planeta e do fenômeno El Niño no Brasil são o tema desta entrevista com Paulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
Por: EPSJV/Fiocruz. 
Acesse aqui a matéria original.
A Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA) apontou, no dia 22 de setembro, que há 95% de chance de 2023 estar entre os dois anos mais quentes já registrados na Terra. Isso ocorre por conta do atual El Niño?. Saiba mais...

 

Quais os riscos da água liberada no mar por Fukushima?

Três cientistas brasileiras avaliam o descarte da água radioativa da usina nuclear japonesa no meio ambiente, ação que está causando polêmica.
Por: SBF. 
Acesse aqui a matéria original.
O governo do Japão iniciou em agosto a liberação da água da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. A usina foi invadida pela água do mar em 2011, quando um tsunami atingiu a instalação provocando o maior desastre nuclear da história, forçando a evacuação de mais de 150 mil pessoas da região, localizada no leste do país, a 220 km de Tóquio. Desde então, a empresa Tepco, que administra a usina, mantém guardado 1,34 milhão de toneladas de água radioativa. E, para desativar a usina, é preciso resolver o descarte dessa água. Saiba mais...

 

Censo do Diretório de Grupos de Pesquisa pelo CNPq

[Post editado em 16/11]
Adiamento do prazo final do Censo do Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (DGP)
Por: PRPI / CPqI IFUSP.

Informamos que o CNPq adiou o prazo final do cadastramento dos Grupos de Pesquisa para o dia 2/12/2023 e que os pedidos de cadastro serão  recebidos até o dia 30/11/2023.
As diretrizes para a criação dos grupos encontram-se neste link.


O CNPq informou a retomada do Censo do Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (DGP), que será realizado em 16 de novembro de 2023.
Por: PRPI / CPqI IFUSP.
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Informamos que  a Universidade de São Paulo recebeu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a informação sobre a retomada do Censo do Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (DGP), que será realizado em 16 de novembro de 2023. 

Segundo CNPq, "o Censo DGP 2023 busca retratar as atividades e a capacidade instalada de pesquisa das instituições participantes". Assim, o CNPq solicita que todos os líderes colaborem atualizando as informações cadastrais de seus Grupos até o dia 15 de novembro de 2023.

"Além da revisão dos dados, é necessário que todos os pesquisadores, estudantes e técnicos participantes dos grupos de pesquisa estejam com os respectivos Currículos Lattes atualizados. Para conhecimento das funcionalidades atualmente disponíveis indica-se a leitura do Manual do Usuário no Portal do DGP."

Acessar lattes.cnpq.br/web/dgp
Clicar em Ajuda ( lado direito, canto superior)

Lembramos que, no intuito de ajudar os líderes de Grupos de Pesquisa, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação elaborou o "Guia para Criação de Grupos de Pesquisa no Diretório do CNPq", disponível AQUI na página da PRPI

Existem diversos Grupos de Pesquisa liderados por docentes da USP que não realizaram os procedimentos descritos no Guia, e que por essa razão ainda não foram certificados no DGP. Isso vai afetar as informações sobre a USP no censo do DGP, por isso, recomendamos especial atenção para:

  1. Sobre "Atualização do GP" - consultar página 8 do Guia.
  2. Sobre "Grupo de Pesquisa Excluído" - consultar página 9 do Guia.
  3. Sobre "Troca de liderança" - consultar página 8 do Guia.
  4. Sobre o grupo de pesquisa "aguardando certificação" da Instituição no DGP/CNPq - consultar páginas 6 e 7 do Guia para conhecer os passos para a aprovação pelo Pesquisa Atende/Formulário do Sistema Atena USP.

 

Pesquisa mostra danos ao cabelo causados por progressiva e descoloração

Foram usados uma série de métodos experimentais e complementares da físicaO uso de uma combinação de técnicas, entre elas o espalhamento de raios-X, foi capaz de mostrar, pela primeira vez, em escala molecular, os danos que o alisamento ácido, conhecido como escova progressiva, causa ao córtex, à cutícula e às camadas lipídicas da fibra capilar.
Por: Viva Bem UOL. 
Acesse aqui a matéria original.
Das amostras analisadas no Instituto de Física (IF) da USP, as mechas de cabelos mais danificadas foram aquelas que passaram pelo processo de descoloração seguidas de progressiva, que apresentaram um aumento de quatro vezes na porosidade dos fios, resultando em cabelos ressecados, quebradiços, com frizz (aquela aparência de arrepiado quando se vai à praia ou a locais mais úmidos) e pouca elasticidade. Saiba mais...

 

Progressiva e descoloração: danos ao cabelo são mostrados em escala molecular

Progressiva e descoloração: danos ao cabelo são mostrados em escala  molecular – Jornal da USPTécnicas da física são usadas para mostrar danos severos dos procedimentos à estrutura interna dos fios.
Por: Jornal da USP. 
Acesse aqui a matéria original.
O uso de uma combinação de técnicas, entre elas o espalhamento de raios-X, foi capaz de mostrar, pela primeira vez, em escala molecular, os danos que o alisamento ácido, conhecido como escova progressiva, causa ao córtex, à cutícula e às camadas lipídicas da fibra capilar. Das amostras analisadas no Instituto de Física (IF) da USP, as mechas de cabelos mais danificadas foram aquelas que passaram pelo processo de descoloração seguidas de progressiva, que apresentaram um aumento de quatro vezes na porosidade dos fios, resultando em cabelos ressecados, quebradiços, com frizz (aquela aparência de arrepiado quando se vai à praia ou a locais mais úmidos) e pouca elasticidade. Saiba mais...

 

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