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Comunicado do Serviço de Biblioteca e Informação do IFUSP

Prezados usuários

Conforme circular SIBi/DT/OF.CIRC.012/2015 no período de 17.01 a 23.01.2015 haverá interrupção de vários
Sistemas.

Portanto informamos que:

- Alteramos as datas de devolução entre 19 e 23 para o dia 26 de janeiro.
- Suspendemos os empréstimos no período, mas casos particulares serão analisados.
- Aceitaremos a devolução de materiais para regularização no dia 26.
- Para a localização de materiais do nosso acervo usaremos nossas bases locais
 
Os Sistemas que ficarão inoperantes neste período são;
 Dedalus
 Busca Integrada 
 BDPI -  Biblioteca da Produção Intelectual da USP
 Portal de Revistas da USP
 BOREH - Biblioteca Digital de Obras Raras Especiais e Históricas da USP
 Repositório da Produção Científica CRUESP
 Portal SIBinet
 Wikis das aplicações SIBiUSP (área técnica)
 Vocabulário Controlado da USP 
 Banco de Aquisição

Caso a operação seja concluída antes do final do prazo previsto informaremos via e-mail.
atenciosamente

VIRGINIA DE PAIVA
SERVIÇO DE BIBLIOTECA E INFORMAÇÃO IFUSP

Comunicado sobre interrupção dos sistemas e aplicações institucionais do SIBiUSP - janela de manutenção

SIBi/DT/OF.CIRC.012/2015



Desde o início de 2014,  o CeTI-SP (na época denominado DTI/USP) está realizando no datacenter USP do campus Butantã uma ampla reforma para readequação de suas instalações aos padrões e normas vigentes de construção e administração de datacenters. Como consequência dessa reforma, os equipamentos hospedados em suas dependências estão sendo remanejados, reposicionados e, também, reorganizados em diferentes arranjos na nova planta e infraestrutura.



Como os equipamentos de produção das aplicações do SIBiUSP são hospedados nas dependências daquele datacenter, para minimizar o impacto à comunidade de usuários das aplicações, as atividades necessárias para sua movimentação e reorganização foram divididas em três etapas, tendo sido as duas primeiras realizadas no decorrer do 3o. e 4o.  trimestres de 2014, com mínima interrupção nos serviços oferecidos.



A terceira e última etapa programada, entretanto, implicará numa obrigatória interrupção prolongada dos serviços, pois demandará uma radical modificação na organização das conexões dos equipamentos afetados. Em função das reduzidas disponibilidades de agenda entre todos os atores envolvidos, conseguiu-se fechar e programar uma janela de manutenção, conforme especificações a seguir.



Período: de 17.01 a 23.01.2015

Sistemas  indisponíveis: 

 Dedalus,
 Busca Integrada 
 BDPI -  Biblioteca da Produção Intelectual da USP
 Portal de Revistas da USP
 BOREH - Biblioteca Digital de Obras Raras Especiais e Históricas da USP
 Repositório da Produção Científica CRUESP
 Portal SIBinet
 Wikis das aplicações SIBiUSP (área técnica)
 Vocabulário Controlado da USP 
 Banco de Aquisição

Caso a operação programada seja concluída antes do final do prazo previsto, informaremos sobre o restabelecimento das aplicações e serviços.

Atenciosamente,

Mariza Leal de Meirelles Do Coutto
Respondendo pelo expediente do Departamento Técnico
Sistema Integrado de Bibliotecas
Universidade de São Paulo
http://www.bibliotecas.usp.br
atendimento@sibi.usp.br

Abertura de inscrições para o Programa Geral de Cooperação Internacional (PGCI) da CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga nesta sexta-feira, 9, o edital do Programa Geral de Cooperação Internacional (PGCI), que selecionará projetos conjuntos de pesquisa, parcerias universitárias e candidaturas individuais em qualquer área do conhecimento durante o ano de 2015.

O programa pretende assim fomentar o intercâmbio entre instituições de ensino superior e institutos ou centros de pesquisa e desenvolvimento brasileiros e estrangeiros, selecionar projetos com instituições com as quais a Capes não possui editais específicos de seleção e selecionar candidaturas individuais, para casos de candidatos academicamente excepcionais que não possam ser contemplados por editais específicos da Capes para bolsas no exterior.

O programa seguirá cronogramas de inscrição em fluxo contínuo, com a previsão de seleção de até 15 projetos por cronograma, totalizando até 60 projetos selecionados por ano. A seleção de candidaturas individuais está estimada em uma por cronograma, até quatro por ano.

Maiores informações: 

http://www.capes.gov.br/component/content/article/36-salaimprensa/notici...

 

 

Intercâmbio de Pesquisas com a Espanha através do programa i-LINK+2014 (duas chamadas de propostas na área de Física)

Resultado da chamada com Consejo Superior de Investigaciones Científicas

Resultado da chamada com Consejo Superior de Investigaciones Científicas

Propostas de colaborações entre pesquisadores de São Paulo e da Espanha são selecionadas (foto:CSIC)

O Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), da Espanha, divulgou o resultado da oportunidade relacionada ao programa i-LINK+ 2014.

A chamada de propostas (www.fapesp.br/en/8608) visa apoiar o intercâmbio de pesquisadores que queiram participar de encontros e workshops realizados em conjunto com os países participantes do programa.

Com o objetivo de estimular colaborações entre o Estado de São Paulo e a Espanha, a FAPESP apoia a participação de pesquisadores de instituições de ensino superior e de pesquisa do Estado de São Paulo no programa i-LINK+ 2014.

CSIC e FAPESP destinarão até o máximo de € 30.000 por proposta selecionada, para apoiar o intercâmbio de pesquisadores.

As propostas selecionadas estão publicadas em: www.fapesp.br/chamadas/2014/ilink2014.pdf.

Mais informações sobre a chamada podem ser solicitadas a Vera Viviane Schmidt, diretora de área da FAPESP, pelo e-mail chamada_csic@fapesp.br.

Fonte: http://www.fapesp.br/9236 

 

Pacto do Ensino Médio e Educação Especial são destaques desta terça-feira no Encontro USP Escola

Pacto do Ensino Médio e Educação Especial

são destaques desta terça-feira no “Encontro USP Escola”

 

Palestras no Instituto de Física são dirigidas a professores

da rede pública de ensino do Estado de São Paulo.

 

Dois temas bastante atuais abrem o segundo dia de palestras do 9º Encontro USP Escola amanhã (13.01). Às 8h, o professor João Freitas, diretor da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB) da Secretaria Estadual de Educação (SEESP), vai falar sobre o “Pacto Nacional pelo Ensino Médio – a proposta do MEC e a implementação em São Paulo”. Ele será auxiliado por Maria Helena Bertolini, doutora em Sociologia da Educação pela PUC-SP e professora da rede municipal.

“Durante a palestra será feito um breve relato sobre o programa e um histórico das negociações que a SEESP teve e está tendo com as universidades participantes e com o MEC. O objetivo é atualizar o relato até o presente momento”, adianta Freitas.

Instituído por uma portaria de novembro de 2013, o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio representa a coordenação de ações e estratégias, entre a União e os governos estaduais e distrital, na formulação e implantação de políticas para elevar o padrão de qualidade do Ensino Médio brasileiro. A palestra acontece no Auditório Novo 1, no Instituto de Física (IF/USP).

No mesmo horário, mas no Auditório Novo 2, a professora Marli Vizim, do Centro Universitário Fundação Santo André, fala sobre “Educação Especial” (que, oferecida dentro dos limites da escola regular, passou a ser chamada de Educação Inclusiva). No passado havia duas escolas diferentes: aquela que atendia só o aluno especial e a que atendia os alunos regulares. A política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva foi lançada em 2008. 

O atendimento educacional especializado tem sido um dos apoios importantes na inclusão dos alunos da Educação Especial. “Identificar, aplicar e avaliar instrumentos, estratégias e recursos pedagógicos no processo de ensino aprendizagem pode minimizar algumas dos entraves, favorecendo o sucesso escolar destes alunos”, acredita Marli Vizim.

O 9º Encontro USP Escola, coordenado pelo IF/USP, começou nesta segunda (12/01) e segue até o dia 16 de janeiro. O evento reúne cerca de 250 professores da rede pública de ensino do Estado que participam de 13 cursos em diferentes unidades da USP. Durante uma semana, eles têm espaço para discutir a realidade do ensino fundamental e médio e as mudanças na matriz curricular, por meio de uma série de palestras que integram a programação.

Data Publicação: 
segunda-feira, 12 Janeiro, 2015
Data de Término da Publicação da Notícia: 
terça-feira, 13 Janeiro, 2015

Interrupção de energia no Edifício Tokamak, próximo domingo, dia: 11.01, das 8h00 às 11h00

Prezados,

A pedido da Prefeitura do Campus da Capital (PUPS-C), informamos que no dia 11/01/2015 (domingo) será realizado o desligamento do circuito 102 na Estação Transformadora de Distribuição (ETD) da AES Eletropaulo, para manutenção da chave seccionadora da cabine de altas correntes do IEE.
Este desligamento afetará apenas a alimentação de energia do Edifício Tokamak.
O desligamento ocorrerá das 8h00 às 11h00; por medida de cautela, o circuito deverá ser considerado energizado durante todo o período de intervenção.

Assistência Técnica Operacional

Instituto de Física organiza 9º Encontro USP Escola

Instituto de Física organiza 9º Encontro USP Escola

 

Evento abraça a discussão sobre a realidade das escolas e as propostas de mudanças curriculares sem perder o foco em atualização e formação de professores.

 

Acontece entre 12 e 16 de janeiro o 9º Encontro USP Escola, uma oportunidade para os professores da rede pública atualizarem seus conhecimentos em contato com docentes da maior universidade do País. São esperados entre 250 e 300 participantes de escolas de todo o Estado. A iniciativa também é um espaço para discussão sobre a realidade do ensino fundamental e médio, e sobre mudanças na matriz curricular.

“A palestra de abertura será dada por um representante do Ministério da Educação, que virá falar sobre as propostas de integração curricular por áreas no ensino médio, algo que vem provocando muitas discussões”, adianta a professora Vera Bohomoletz Henriques, do Instituto de Física da USP (IF/USP), coordenadora do Encontro.

Além do IF/USP, participam também do evento o Instituto de Ciências Biomédicas, o Instituto de Matemática e Estatística, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, a Escola de Comunicações e Artes, o Instituto de Química, a Faculdade de Medicina, a Faculdade de Educação, o Museu de Arte Contemporânea e o Museu Paulista (que participa pela primeira vez). Nesta edição serão oferecidos 13 cursos, com temas que vão de física de partículas a práticas de educomunicação.

Foco na escola

Wilson Araújo, Professor de Física da EE Rita Pereira Bicudo, na Zona Norte de São Paulo, participa desde 2012 do grupo de trabalho organizado para entender as demandas das escolas que chegam à universidade e pautar os encontros (chamado de GT USP Escola). Ele afirma que o GT, criado em 2010, tem modificado muito a grade do evento.

“Antes os cursos e palestras eram mais de natureza de atualização, capacitação. Cursos de história da ciência, conteúdos para atualizar o professor. O perfil do encontro mudou de natureza. Há outras preocupações, como pensar a reforma do ensino médio e pensar a escola de tempo integral”, resume. “Essas últimas edições do USP Escola têm assumido um perfil de preocupação com a escola, em vez de somente formação continuada”, diz Araújo.

“Muitos professores dizem que não conseguem implementar na escola o que viram aqui por falta de infraestrutura, de material, ou de apoio da gestão e dos colegas”, revela a professora Vera Bohomoletz Henriques.

“O conflito entre a gestão escolar e a pedagógica é um tema evidente”, ratifica o professor Wilson Araújo, da EE Rita Pereira Bicudo. Apesar dos percalços, em levantamento feito no ano passado entre os participantes do Encontro, 94% afirmou que os cursos oferecidos pelo encontro USP Escola contribuíram para seu trabalho em sala de aula. “Os professores relatam frequentemente como estão mudando suas práticas”, confirma a professora Vera Bohomoletz Henriques.

Data Publicação: 
quinta-feira, 8 Janeiro, 2015
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sábado, 17 Janeiro, 2015

Novo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação defende valorização da agenda de CT&I

Seg, 05 jan 2015 16:58:00 -0200

Ministro Aldo Rebelo defende valorização da agenda de CT&I no Congresso Nacional

O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, defendeu maior valorização da agenda da área no governo federal e no Congresso Nacional. "Nós dependemos do Congresso em muitas coisas, em primeiro lugar do próprio orçamento. Muitas das decisões da agenda de CT&I são políticas", afirmou, na cerimônia em que recebeu o cargo de titular da pasta do seu antecessor Clelio Campolina Diniz, nesta sexta-feira (2), em Brasília.

Rebelo acrescentou que CT&I está associada aos interesses do desenvolvimento do País, da elevação do padrão de vida da população e da democratização da sociedade. "São temas que devem ser tratados em relação estreita e profunda com a política, com o Congresso e o governo", disse. A solenidade foi realizada no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).

Em seu discurso ao assumir o cargo, o ministro se comprometeu a ampliar os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). "É preciso recompor, principalmente, os recursos para o FNDCT para compensar os recursos que foram perdidos e ampliá-lo [o fundo], para cobrir as necessidades do horizonte alargado que nós queremos para o desenvolvimento científico e tecnológico do País", defendeu.

Além disso, ele se comprometeu a dar continuidade ao Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento (PNPC), lançado em junho pelo ex-ministro Campolina. Entre outros compromissos, Rebelo afirmou que pretende recompor e ampliar os investimentos na expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, e fortalecer a atuação do CNPq e da Finep/MCTI "como agências promotoras do desenvolvimento científico e tecnológico".

Em sua fala, o novo titular do MCTI reforçou que é preciso promover a atuação integrada dos governos federal, estaduais e municipais, das instituições científicas e tecnológicas, empresas e demais parceiros para promover a CT&I em todo o País. "A ciência, tecnologia e inovação não pode existir apenas em Brasília, apenas nos institutos. Deve existir nos estados e municípios", disse. "Temos que estimular os municípios a constituírem equipes próprias ou delegarem ações relacionadas com o tema", completou.

Inovação é estratégia

De acordo com Aldo Rebelo, inovação não é apenas para grandes indústrias. "A inovação é também o que a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] faz ao desenvolver tecnologia para o pequeno agricultor lá do interior do País, sem nenhum prejuízo para os grandes projetos e investimentos".

O ministro afirmou que é preciso apoiar a inovação e a produtividade das empresas nacionais, o que é, segundo ele, uma recomendação da presidenta Dilma Rousseff. "Todos nós sabemos que a inovação é fundamental na disputa da economia. O Brasil, ou enfrenta esse desafio ou fica para trás", disse.

Ele acrescentou ainda que CT&I constituem desafios permanentes e estratégicos para o desenvolvimento do País. "É estratégico no sentido econômico e também no sentido da defesa e soberania do País", disse. E destacou que o MCTI tem essa "tarefa estratégica para o País" em conjunto com outros ministérios como Defesa (MD), Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Educação (MEC) e Saúde (MS). Na quinta-feira (01/01), a presidenta Dilma enfatizou a centralidade da área para a retomada do crescimento.

"A melhor forma de proteger o Brasil e o interesse nacional é fortalecer e desenvolver cientificamente, tecnologicamente o País, ampliando as suas possibilidades de inovação. É isso que nós temos que fazer", pontuou Rebelo, na solenidade de hoje. De acordo com o ministro, a área deve contribuir para o desenvolvimento nacional. Segundo ele, embora "as leis científicas sejam universais, os produtos da ciência podem dividir os povos e a humanidade ou servir a colonialismo entre os países".

Avanços

Em seu discurso, o ex-ministro Clelio Campolina agradeceu a toda a equipe que trabalhou com ele no MCTI e afirmou que "em 2014 buscamos contribuir com esse esforço permanente de fazer progredir a CT&I brasileira de modo a dotar o País de instrumentos apropriados" para ultrapassar as dificuldades estruturais e transitórias.

Ao falar das ações realizadas, ele destacou o lançamento do edital dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) com recursos iniciais de R$ 641,8 milhões cofinanciados por MCTI, MEC e fundações de amparo à pesquisa (FAPs). A chamada deu continuidade ao programa, que, desde 2009, resultou na criação de 126 INCTs que abrigam pesquisas básicas e aplicadas situadas na fronteira do conhecimento em todas as regiões do país.

Campolina mencionou o edital do Proinfra, no valor de R$ 500 milhões, que proporcionou apoio às universidades para manutenção e construção de infraestrutura de pesquisa. Ele lembrou ainda o lançamento bem-sucedido do satélite CBers-4, "que consolida uma parceria muito promissora do Brasil com a China no campo espacial".

Além disso, reafirmou que o PNPC tem grande potencial para transformar a ciência e a tecnologia do Brasil elevando-as a uma escala superior e necessária às transformações estruturais de que o País necessita "para assegurar uma sociedade mais rica, igualitária, soberana, regionalmente integrada e ambientalmente sustentável".

"Firmou-se o entendimento, entre nós, da natureza científica e tecnológica contemporânea, acentuando de forma mandatória a necessidade de estreitamento da interação entre o setor produtivo e as áreas científicas e acadêmicas", afirmou o ex-titular da pasta.

De acordo com ele, essa renovada visão dos atores envolvidos com a ciência e tecnologia no Brasil expressou-se em diversas mudanças e reformas cruciais que se materializaram, por exemplo, nas políticas públicas de expansão do sistema de ensino superior, com destaque para a pós-graduação. "Com esse salto, o País ampliou o seu peso relativo na ciência mundial e expandiu o investimento em pesquisa e desenvolvimento e na produção de patentes", afirmou.

FONTE: MCTI
Foto: Ascom/MCTI

 

PEC aprovada no Senado permite a criação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

SBPC garante apoio prioritário à pesquisa científica básica em emenda constitucional

19 de dezembro de 2014

Por Diego Freire

Agência FAPESP – O Senado Federal aprovou na quarta-feira (17/12) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 12/2014, que modifica a redação de dispositivos da Constituição para priorizar políticas de incentivo à pesquisa científica básica e tecnológica e estabelecê-las como competências constitucionais comuns da União, dos estados e dos municípios, entre outras medidas.

A PEC teve origem na Câmara dos Deputados, em 2013. De autoria da deputada Margarida Salomão (PT-MG), o documento que tramitava no Senado excluía a referência à prioridade para a pesquisa básica, presente no texto atual, aprovado em 1988. Após atuação da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) apresentou emenda de redação ao texto da PEC, subscrita por outros líderes partidários, restaurando a redação inicial.

Dessa forma, o termo “pesquisa científica básica” – excluído pela PEC 290/2013, apresentada na Câmara – foi devolvido ao texto da Constituição Federal, no parágrafo 1º do Art. 218, alteração aceita pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e já incorporada ao texto final aprovado pela casa.

“A emenda beneficia a ciência brasileira e a alteração em sua redação é uma conquista muito importante, mas o texto original deixava a pesquisa básica apenas subentendida, sem citá-la. Muitos deputados entendiam que isso não a afetaria, mas desde a tramitação na Câmara trabalhamos para deixar claramente expressa na Constituição a importância de se priorizar a pesquisa básica, sem a qual não há desenvolvimento científico”, disse a presidente da SBPC, Helena Nader, à Agência FAPESP.

Na justificativa da emenda de redação apresentada por Nunes, o senador enfatizou a relevância da pesquisa de base. “A emenda objetiva deixar claro, como já previsto na redação original do texto constitucional, que a modalidade de pesquisa que deverá receber tratamento prioritário é a pesquisa básica, essencial para a criação das condições para o desenvolvimento tecnológico nacional”, afirmou.

“A ciência brasileira está sendo elevada a outro patamar e é necessário contemplar toda a cadeia científica, desde a pesquisa básica à sua potencial aplicação e à inovação. Com a alteração da PEC e sua aprovação, avançamos nesse sentido”, disse Nader.

De acordo com a deputada Margarida Salomão, a inclusão do termo aprimora a proposta. “Inicialmente, entendemos e defendemos que a pesquisa básica estava subentendida na redação da PEC, mas o processo de aprimoramento da proposta, do qual a comunidade científica participou ativamente, resultou no entendimento de que é importante expressá-la com mais clareza”, disse à Agência FAPESP.

A opinião é compartilhada por Sergio Gargioni, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que participou da concepção da proposta.

“Esse entendimento de que a pesquisa básica já estava contemplada pelo texto original se deve à dificuldade de se definir hoje em dia os limites entre a pesquisa de base e a tecnológica, como acontece com a nanotecnologia e outras áreas do conhecimento científico. Mas a percepção da comunidade de pesquisadores foi contemplada pela alteração da redação e, felizmente, foi possível conciliar os entendimentos e aprovar a PEC”, disse.

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, destacou a relevância da aprovação do texto alterado para o futuro da ciência. “A SBPC obteve importante conquista, mantendo no texto constitucional a prioridade do apoio estatal à pesquisa básica e modificando vários outros artigos para agilizar o funcionamento das ICTs [instituições de ciência e tecnologia]”, disse.

“Tal prioridade é comum em muitos países, e se justifica tendo em vista que as empresas, ou o ‘mercado’ de forma geral, tendem naturalmente a priorizar a pesquisa com aplicação imediata, o que geraria um subinvestimento na pesquisa básica e na formação de recursos humanos para pesquisas, comprometendo o futuro progresso do conhecimento e mesmo das aplicações que daí poderão advir”, disse.

Responsabilidades

Com a nova emenda, a Constituição Federal passará a atribuir a competência de legislar sobre ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação à União, aos estados e ao Distrito Federal. Também é compartilhada a responsabilidade de “proporcionar os meios de acesso à tecnologia, à pesquisa e à inovação”.

Para isso, a emenda possibilita que os governos firmem instrumentos de cooperação entre órgãos públicos e entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, como laboratórios, para a execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, “mediante contrapartida assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei”.

A área de inovação também passa a receber apoio do Estado na formação de recursos humanos, contemplando o apoio às atividades de extensão tecnológica.

Caberá ainda ao Estado estimular a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas e nos demais entes, públicos ou privados – por meio, inclusive, da criação e manutenção de parques e polos tecnológicos e de outros ambientes que promovam a inovação e a atuação de inventores independentes, ajudando também na criação, na absorção, na difusão e na transferência de tecnologia.

Recursos públicos e privados

De acordo com Helena Nader, a PEC cria as condições para que seja implementado adequadamente o projeto de lei 2177/2011, que estabelece normas, princípios, diretrizes e prioridades da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, além de alterar a Lei de Inovação (Lei 10.973, de 2 de dezembro de 2004), aprovado por uma comissão especial da Câmara em abril. “Entre os objetivos está a facilitação da relação entre a iniciativa privada e instituições de pesquisa”, disse.

A PEC aprovada no Senado permite ainda a criação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em regime de colaboração entre governos e empresas privadas, envolvendo também estados e municípios.

Também serão ampliadas as possibilidades de fomento à pesquisa e à inovação, contemplando, além das universidades, instituições de educação profissional e tecnológica. A burocracia em torno da transferência e do remanejamento de recursos será flexibilizada, não dependendo mais de autorização prévia do Legislativo.

A PEC prevê ainda a ampliação das competências do Sistema Único de Saúde (SUS) para incluir entre as prerrogativas de suas áreas de atuação o incremento à inovação, ao lado do desenvolvimento científico e tecnológico.

A matéria foi aprovada por unanimidade no Senado e agora aguarda sessão conjunta, solene, das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para promulgação. 

Fonte: gencia.fapesp.br/sbpc_garante_apoio_prioritario_a_pesquisa_cientifica_basica_em_emenda_constitucional/20439/

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