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Resultado da eleição dos servidores junto ao CTA

Prezados(as) Senhores(as),

Comunicamos, abaixo, o resultado da eleição dos representantes titular e suplente dos servidores técnicos e administrativos no Conselho Técnico Administrativo (CTA), que ocorreu em 10 de março de 2016, neste Instituto.

Dos 305 servidores do IF, votaram 47. A apuração dos votos mostrou o seguinte resultado: Amélia Aparecida Ferrari Genova – 05 votos; Guilherme Hernandes Casanova – 39 votos; Brancos – 00 voto; Nulos – 03 votos. De acordo com o Artigo 5º do Regimento do Instituto de Física, Inciso XII, parágrafos 1º, 2º e o Artigo 234, parágrafo 3º do Regimento Geral da Universidade de São Paulo, foram eleitos os seguintes representantes da categoria de servidores técnicos e administrativos: Guilherme Hernandes Casanova, como titular, e Amélia Aparecida Ferrari Genova, como suplente, para um mandato de 2 (dois) anos.

Atenciosamente,

Rosangela Trevisan
Assistência Administrativa
IFUSP 
 

Última chamada da FUVEST 2016

A Fuvest publicou hoje (11), em seu site (www.fuvest.br) , a sétima chamada do vestibular para ingresso em cursos da USP. A lista tem 232 candidatos para 92 cursos. Os convocados devem fazer matrícula presencial no dia 14 deste mês (segunda-feira). No vestibular passado a sétima convocação tinha 213 candidatos e relacionava 78 cursos Este é o último evento do vestibular FUVEST 2016.

Texto de autoria do Prof. José Coelho Sobrinho (Coordenador de Comunicação da Fuvest). 

 

Inauguração da exposição "ATAVOS" - MP-USP

Caros colegas,
 
o Museu Republicano "Convenção de Itu" inaugura no próximo sábado, dia 12/03/2016, a exposição "ATAVOS: um reencontro de ancestralidades perdidas por Pola Fernandes". A programação do MRCI para o mês de março conta ainda com oficinas pedagógicas para educadores e contação de história com temas da memória ancestral e da cultura africana no Brasil.
 
Segue anexo o release, e em nossa página estão disponíveis o cartaz e fotos de divulgação: <http://mp.usp.br/sala-de-imprensa>
 
Atenciosamente,

-- 

Tiago Luis Cesquim
Serviço de Assessoria de Imprensa, Marketing e Relações Públicas
 
Museu Paulista da Universidade de São Paulo
Parque da Independência s/n - Ipiranga - SP 
Tel.:(11) 2065-8018
 

 

Concurso "Negras e Negros nas Ciências"

932016 materia igualdade racial

A Fundação Carlos Chagas anuncia o concurso “Negras e Negros nas Ciências” de pesquisa sobre as desigualdades raciais nas áreas das Ciências Exatas, Biológicas, da Saúde e Tecnológicas. O objetivo é oferecer até quatro bolsas de pesquisa para a realização de diagnósticos/estudos a partir da consolidação de dados quantitativos e qualitativos, que permitam identificar a participação ou não de negras e negros no campo das ciências. As inscrições vão até o dia 31 de março.

Espera-se que os resultados desses estudos possam contribuir para a identificação e compreensão dos possíveis mecanismos geradores das desigualdades raciais e étnicas na pós-graduação, bem como no dimensionamento da contribuição de negras e negros para o desenvolvimento do campo das Ciências Exatas, Biológicas, da Saúde e Tecnológicas.

Poderão concorrer pesquisadores doutores vinculados a instituições de ensino superior, públicas ou privadas, centros e institutos de pesquisa, situados em território nacional; pesquisadores vinculados a organizações não governamentais; pesquisadores sem vínculo institucional, desde que comprovada experiência e competência em pesquisa e temática relacionada ao edital.

As inscrições devem ser feitas pelo site da fundação a partir do preenchimento do formulário de inscrição e do envio do projeto de pesquisa, que deverá conter fundamentação teórica, objetivo do estudo, metodologia, resultados esperados, cronograma e orçamento detalhado.

Acesse o edital.

(com informações da Fundação Carlos Chagas)

Processo de reescolha de vagas da FUVEST

Fuvest convoca mais de 8 mil candidatos para segunda Reescolha de vagas

A 2ª. Etapa de Reescolha do vestibular Fuvest 2016 começa nesta quarta-feira (09/03), às 14 horas, e termina amanhã, quinta-feira (10/03), as 13h59min. Estão aptos a concorrer às 312 vagas, distribuídas em 98 cursos, 8.006 candidatos. A lista pode ser consultada, a partir de 14 horas dehoje, no site da Fuvest (www.fuvest.br). No ano passado, eram 284 vagas em 81 cursos, com 10.174 concorrentes. No dia 11(sexta-feira) será divulgada a sétima chamada, a última do processo de seleção de alunos para a USP neste ano. Os candidatos convocados deverão fazer matrícula presencial no dia 14 deste mês (segunda-feira).

Texto de autoria do Prof. José Coelho Sobrinho (Coordenador de Comunicação da Fuvest)

Eleição dos servidores junto ao CTA

Prezados(as) Senhores(as):

informamos que a eleição dos representantes dos servidores técnicos e administrativos do IF junto ao Conselho Técnico Administrativo-CTA, ocorrerá amanhã dia 10/03/16, quinta-feira, das 9h às 17h30, na sala 315(Protocolo), Edifício Principal, Ala I.

Seguem abaixo os servidores inscritos:

- Amélia Aparecida Ferrari Genova
- Guilherme Hernandes Casanova

Atenciosamente,

Assistência Técnico Administrativa

IFUSP

12º International Masterclasses

Referência da imagem: estudantes que participaram do Masterclasses 2015, realizado no IFUSP.

Nos dias 17 e 18 de março, alunos do ensino médio e de licenciatura em física poderão “experimentar” como é ser um cientista e trabalhar com física de partículas. Eles participarão do evento International Masterclasses Hands on Particles Physics, promovido pelo CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), em colaboração com o Instituto de Física da USP e diversas instituições de todo o mundo.

 

Masterclasses 2016

O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) sediará nos dias 17 e 18 de março, uma das edições brasileiras do 12º International Masterclasses. Promovida em colaboração com o laboratório europeu CERN, essa iniciativa tem como objetivo aproximar alunos do ensino médio e também alunos dos cursos de licenciatura em física ao cotidiano dos cientistas que atuam nesse importante laboratório internacional. Durante o evento, com duração de dois dias, os alunos terão a oportunidade de aprender alguns conceitos fundamentais da Física Nuclear e de Partículas Elementares, disciplinas que estudam a constituição mais elementar da matéria. Além disso, eles poderão visitar as dependências do Laboratório Aberto de Física Nuclear do IFUSP  e analisarão dados reais do experimento ALICE do acelerador LHC, através de um software fornecido pelo próprio CERN. Ao final, os alunos participarão de uma videoconferência global, na qual estudantes de diferentes países apresentarão os resultados da análise realizada.

Masterclasses internacionais

 

A cada ano mais de 10.000 estudantes do ensino médio em 47 países visitam cerca de 200 universidades e centros de pesquisa espalhados pelo mundo, a fim de desvendar os mistérios da física. Durante alguns dias, os cientistas e professores que atuam nas pesquisas em colaboração com o CERN falarão dos métodos de pesquisa e discutirão conceitos fundamentais da Física Nuclear e de Partículas Elementares. Um dos objetivos dos masterclasses é permitir a realização de medições utilizando dados reais das pesquisas e dos próprios experimentos de física de partículas do CERN. No final de cada dia, como em uma colaboração internacional de investigação, os alunos irão interagir com outros participantes de outros países e também com os pesquisadores do CERN através de videoconferência, na qual são feitas discussões e conferência dos dados.

Este programa internacional é organizado pelo TU-Dresden e pelo QuarkNet Notre Dame, no âmbito do Grupo Internacional de Física de Partículas Outreach (IPPOG). Tem o apoio técnico do CERN TI e do Fermilab TI e recebe apoio financeiro do CERN, EPS HEPP de alta energia e partículas, da Divisão de Física da Sociedade Europeia de Física, da TU Dresden, da US National Science Foundation e do Departamento de Energia do EUA.

Sobre o Masterclasses no IFUSP:

Prof. Dr. Marcelo Gameiro Munhoz, coordenador, e-mail: munhoz@if.usp.br

Acesse a página do Grupo de Íons Pesados Relativísticos (GRIPER) do IFUSP:

http://sampa.if.usp.br/

Data Publicação: 
quarta-feira, 9 Março, 2016
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 18 Março, 2016

Mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti

Prezados(as) professores(as), alunos(as) e funcionários(as),

A Prefeitura do Campus USP da Capital, em continuidade às ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, convida a comunidade uspiana a participar de um grande mutirão que ocorrerá na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (CUASO) nos dias 16 e 17 de março (quarta e quinta-feira).

Trata-se de uma ação interinstitucional que contará com a participação da Secretaria Municipal de Saúde (Supervisão de Vigilância em Saúde - SUVIS Butantã), empresa BR3 Biotecnologia, Exército Brasileiro, Superintendência de Segurança, Faculdade de Saúde Pública e Comissões de Prevenção à Dengue.


São objetivos do mutirão:
 

(1)  Estimular a participação da comunidade usuária do campus em ações conjuntas e educativas que visem à eliminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika;

(2)  Fornecer à comunidade informações gerais sobre o Aedes aegypti, suas características, seu ciclo de vida e seus hábitos;

(3)  Orientar e treinar as Comissões de Prevenção à Dengue para a identificação de itens e pontos críticos que favorecem a proliferação do mosquito, bem como as formas mais adequadas para realizar sua eliminação;

(4)  Promover a formação de multiplicadores que irão reproduzir os conhecimentos adquiridos para as demais áreas da universidade (unidades de ensino, pesquisa, museus e órgãos centrais).


A manutenção de um ambiente limpo e livre do Aedes aegypti é responsabilidade de cada um e a participação de todos é de extrema importância para garantir a saúde e qualidade de vida dos usuários do campus. Dessa forma, a inscrição para participar dessa ação coletiva deverá ser feita até o dia 14 de março, preenchendo-se o formulário neste link.


As ações ocorrerão nos períodos da manhã (09h00 às 12h00) e tarde (14h00 às 16h00), e o local de encontro será em frente ao Espelho d’água da Praça do Relógio, onde as equipes receberão orientação e o material necessário para as atividades propostas.


Para maior proteção dos participantes recomendamos o uso dos seguintes itens no dia do mutirão:

  • Calçados fechados;
  • Roupas leves que protejam pernas e braços;
  • Repelente;
  • Protetor solar e boné/chapéu em caso de dia ensolarado;
  • Capa de chuva/guarda-chuva em caso de probabilidade de chuva.

Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para a bióloga Daniella Vilela (daniellavilela@usp.br) do Serviço de Saúde Ambiental (SVSA) da Prefeitura do Campus USP da Capital.

 
Atenciosamente,

Prefeitura do Campus USP da Capital - PUSP-C

 

Resultado bolsas CAPES (Estágio Sênior e Pós-doutorado)

RESULTADO DA SELEÇÃO DA CAPES - BOLSAS DE ESTÁGIO SÊNIOR E PESQUISA PÓS-DOUTORAL

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou na segunda-feira, dia 07.03, a relação de candidatos selecionados nos programas Estágio Sênior e Pesquisa Pós-Doutoral em relação a Chamada I de 2016. Ao total, foram selecionados 168 pesquisadores que receberão bolsas mensais, seguro saúde e auxílio instalação e deslocamento, para realizar trabalhos de pós-doutorado no exterior.

A bolsa de Estágio Sênior é oferecida a doutores brasileiros, com formação obtida há pelo menos oito anos, visando ao intercâmbio científico e ao estabelecimento de parcerias com outros países, direcionado à execução de projeto de pesquisa, sempre inserido no contexto institucional de atuação do candidato. O programa contempla todas as grandes áreas do conhecimento: ciências humanas; ciências sociais aplicadas, letras, linguística e artes; ciências biológicas, ciências da saúde e ciências agrárias; ciências exatas, da terra e engenharias.

O Programa de Pesquisa Pós-Doutoral no Exterior destina-se a realização de estudos avançados que sejam posteriores à obtenção do título de doutor. O programa concede bolsas de estudos para pesquisadores que possuem o título de doutor há menos de 8 anos. O objetivo é atuar como forma opcional para a carreira de docentes e pesquisadores, para complementar a formação com desenvolvimento de projetos conjuntos e em parceria com instituições de excelência no exterior.

Confira o resultado do Estágio Sênior e do Pesquisa Pós-Doutoral.

Fonte: (CCS/Capes)

 

Pesquisadoras rompem barreiras e conquistam lugar na ciência

Pesquisadoras rompem barreiras e conquistam um lugar na ciência brasileira

Conheça a história de seis mulheres que dedicam suas vidas à produção científica e ao desenvolvimento tecnológico do País

Quando criança, Ana tinha o hábito de abrir as coisas para ver o que havia dentro. Bianca sempre foi fascinada pelas descobertas científicas. Daniela coletava flores com a prima e fazia perfume usando água e álcool de cozinha para extrair a essência e o corante das plantas. Juliana adorava as aulas de laboratório do ensino fundamental e as feiras de ciências. Liu Lin descobriu que a matemática, a biologia e a física formam o “seu” universo. O papel social da ciência foi o que despertou o interesse de Heloísa para ingressar no meio científico. O que esses nomes têm em comum?

Cada uma dessas mulheres rompeu barreiras e construiu uma trajetória de sucesso em ambientes dominados pelos homens, conquistando um lugar na ciência brasileira. Hoje, elas fazem história nos institutos de pesquisa vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A pequena Ana, que tinha curiosidade em saber o que existia dentro das coisas, hoje coordena uma das estações experimentais do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNLS/CNPEM/MCTI) para o megaprojeto Sirius. A curiosidade de Ana a colocou junto com os cientistas que aceleram as partículas que compõem os átomos a velocidades próximas a da luz para ver o que tem dentro. Formada em física pela Universidade de São Paulo, trabalha no CNPEM desde 2006.

“Minha função é pensar e planejar uma das estações experimentais do Sirius. Essa construção é uma coisa nova pra mim. Faço parte do grupo de pesquisadores que está planejando essa máquina. Estou bastante animada”, conta a coordenadora Ana Zeri. “Desde muito cedo eu sempre quis descobrir as coisas. Essa busca pelo conhecimento é um superpoder da raça humana. Temos que saber cada vez mais sobre o que nos cerca para melhorar a nossa vida”, acrescenta.

O caminho trilhado por Ana foi o mesmo escolhido, há trinta anos, pela pesquisadora Liu Lin. Nascida na China, imigrou para o Brasil com três anos. Participou do grupo de cientistas que se uniu para a construção da primeira fonte de luz síncrotron brasileira (e até hoje a única da América Latina), em 1985. Lin é uma das principais responsáveis pelos cálculos que resultaram em um dos primeiros aceleradores de elétrons de quarta geração do mundo: o Sirius.

“Desde o início achei bastante interessante os problemas propostos e acabei vindo parar no LNLS. Comecei meu trabalho aqui antes mesmo do laboratório ser efetivamente criado. Fiz parte da equipe que elaborou o primeiro projeto de luz síncrotron. Naquela época ninguém sabia como construir uma fonte de luz como essa. Tivemos que aprender tudo a partir do zero e aprendemos fazendo. Esse aprendizado do primeiro síncrotron foi fundamental pra gente fazer o Sirius.”

O fascínio de Bianca pelos avanços e descobertas da ciência a levou a fazer carreira no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI). Nesta quarta-feira (9), ela completa 29 anos de trabalho no Ibict. “Comecei minha carreira no Ibict quando tinha apenas 22 anos. A ciência realmente me interessou quando entrei aqui, e me dei conta de quanta informação científica era produzida e da necessidade de esta informação ser organizada e difundida”, comenta.

Hoje, Bianca Amaro é responsável pelo desenvolvimento de mais de 70 repositórios institucionais e redes regionais. “Coordeno os projetos de acesso aberto à informação científica do Ibict, como a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), o Diretório de Políticas de Acesso Aberto de Revistas Científicas Brasileiras (Diadorim), o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (oasisbr), entre outros”, enumera.

No ano passado, ela foi agraciada com o prêmio Electronic Publishing Trust for Development (EPT). “É o reconhecimento internacional do trabalho que desenvolvemos no Ibict em prol do acesso aberto à informação científica há mais de uma década. Esse trabalho inclui a criação do oasisbr, que contém mais de um milhão de documentos brasileiros disponíveis para o seu download em texto completo.”

Formada em biologia, Daniela Trivella, a garotinha que fazia perfumes usando água e álcool de cozinha, hoje é pesquisadora do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio/CNPEM/MCTI). Os experimentos para transformar plantas em perfumes deram lugar às pesquisas para descoberta de novos fármacos. “Meu trabalho gira em torno de uma plataforma para a descoberta de novos fármacos, que vai desde a confecção de bibliotecas químicas e identificação de alvos farmacológicos, passando por diversas etapas, até a otimização de moléculas com características adequadas para produzir um fármaco”, conta.

Desde setembro, Daniela está na Universidade de Nottingham, na Inglaterra, pelo Projeto Transtar, financiado pela Capes e com a participação do LNBio. “O projeto visa formar recursos humanos altamente qualificados para desenvolver programas de descoberta de fármacos no Brasil. Abrange tanto os aspectos técnicos e científicos, como também aspectos gerenciais, essenciais para que se tenha sucesso neste complexo processo que é a obtenção de um novo fármaco”, explica.

Bacharel e doutora em Química pela Universidade Estadual de Campinas, Juliana da Silva Bernardes, a menina que adorava o laboratório da escola, trabalha há três anos como pesquisadora no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).

“Venho desenvolvendo pesquisa sobre produção e aplicação de nanomateriais de celulose. Esse é um assunto estratégico para o Brasil, considerando as grandes quantidades de biomassa e resíduos agroindustriais que são produzidos anualmente. Além disso, vem aumentando progressivamente a demanda mundial por produtos preparados sob um enfoque sustentável, que utilizam materiais de partida e tecnologias de transformação que reduzam o impacto ambiental e minimizam ou eliminam a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente”, diz.

Hoje, Juliana divide a rotina no laboratório com a maternidade. “Desde maio de 2014, vivencio a maravilhosa experiência de ser mãe, tentando conciliar uma tarefa que exige dedicação absoluta com um desprendimento ainda maior.”

Muito a fazer

A experiência dessas pesquisadoras revela o aumento da participação feminina na produção científica brasileira, mas ainda há muito a ser alcançado. Segundo levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), desde 2004, as mulheres são metade dos doutores titulados no Brasil. O percentual não reflete, no entanto, a participação delas nos laboratórios e institutos de pesquisa. Para Bianca, do Ibict, também falta visibilidade.

“Há milhares de mulheres pelo mundo que desenvolvem trabalhos científicos essenciais para a humanidade e que não têm a mesma visibilidade alcançada pelos homens”, lamenta Bianca Amaro.

“É visível nos laboratórios, universidades e centros de pesquisa a presença cada vez maior das mulheres. No entanto, é pouco expressiva a presença feminina em cargos de liderança, o que de certa forma prejudica o desenvolvimento do sistema, que deixa de contar com um recurso humano qualificado que possui condutas, valores e ações diferenciados”, acrescenta Juliana da Silva, do LNNano.

A historiadora Heloísa Bertol é um exemplo de mulher que chegou ao topo da hierarquia. Há três anos à frente do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), ela explica que há uma imagem construída sobre a mulher que atravessa diversas áreas. “Passa pelo educacional, familiar e religioso e define papéis diferentes para os sexos. Isso acaba afetando o campo profissional”, diz ela, que, ao lado da diretora do Ibict, Cecília Leite, são as únicas mulheres a comandar um instituto vinculado ao MCTI.

“As mulheres que conseguiram superar esses preconceitos trabalham normalmente. Cabe a nós, enquanto cientistas sociais, mostrar que o preconceito existe e tem que ser superado. A gente enfrenta, e o masculino ainda não está acostumado a ver a mulher como igual”, afirma Heloísa.

Para combater a desigualdade entre homens e mulheres no ambiente de pesquisa e ampliar a participação feminina na produção científica e tecnológica do Brasil, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, lançou nesta segunda-feira (7) o programa Mulheres na Ciência. “Para nós, reduzir as diferenças é fundamental”, garante o ministro.

Fonte: MCTI e Jornal da Ciência (SBPC)

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