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Colóquio do Departamento de Física Matemática

COLÓQUIO DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA MATEMÁTICA 

DIA 04/08/2015 (terça-feira) - 11h - Sala Jayme Tiomno

Título: Massive Neutrinos in Heaven and Earth

Palestrante: Profa. Maria Concepcion Gonzalez Garcia (U. Barcelona & Stony Brook)

Abstract: 

The neutrino, the lightest and most weakly interacting particle of the Standard Model has revealed itself as the messenger of the most exciting news of the last decade in particle physics: there is Physics Beyond the Standard Model. All this thanks to the quantum-mechanical phenomenon of flavour oscillations which is intrinsically connected to the question of neutrino mass and which has been observed in: (i) The deficit of neutrinos born in nuclear processes that make the sun shine;(ii) The deficit of neutrinos of produced in the Earth atmosphere by cosmic ray interactions;(iii) The disappearance of neutrinos produced at reactors and accelerators after traveling over hundreds of kilometers.  Neutrinos have also an important role in
Astrophysics and Cosmology as well as in the study of our own planet. In this talk I will present some of these observations which have made of the neutrino a central player in the area of Astroparticles during the last years.

Títulos de ebooks disponíveis na CRCNetBase

Prezados(as) pesquisadores(as),

Informamos que os ebooks da CRCNetBase estão disponíveis através do link

http://www.crcnetbase.com/action/showPublications?display=bySubject

Verifiquem no alto do site que a caixa Full Access Content Only deverá estar assinalada, isto permitirá saber os títulos liberados.

Dúvidas e informações adicionais consulte o atendimento na biblioteca, ramal 916923
ou por email virginia@if.usp.br e bib@if.usp.br

atenciosamente
Virginia de Paiva
Serviço de Biblioteca e Informação
Instituto de Física / Universidade de São Paulo 

FAPESP abre nova chamada do SPRINT

SPRINT tem nova chamada

SPRINT tem nova chamada

FAPESP apoiará mobilidade de pesquisadores do Estado de São Paulo em colaborações com nove instituições de ensino e pesquisa no exterior (foto: FAPESP)

A FAPESP anuncia a terceira chamada em 2015 do SPRINT (São Paulo Researchers in International Collaboration), uma estratégia de organização que consiste no anúncio simultâneo de oportunidades de colaboração internacional com diversos parceiros da Fundação.

A nova chamada estabelece condições para a submissão de propostas de mobilidade entre pesquisadores do Estado de São Paulo e de nove instituições de ensino e pesquisa no exterior.

Além de promover o engajamento de pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior e pesquisa no Estado de São Paulo com pesquisadores parceiros no exterior, o SPRINT tem por objetivo contribuir para o planejamento mais conveniente para as submissões de propostas de mobilidade.

Como resultado espera-se o avanço qualitativo nos projetos de pesquisa em andamento e que os pesquisadores parceiros trabalhem cooperativamente visando à elaboração de projetos de pesquisa conjuntos de médio e longo prazo.

As instituições parceiras da FAPESP que participam da chamada SPRINT 03/2015 são:

  • França: CNRS e Groupe des Écoles Centrales

  • Reino Unido: Institute of Education - University of London

  • Estados Unidos: Texas Tech University, University of California Davis, University of Illinois, University of Maryland, University of North Carolina e Vanderbilt University

A chamada de propostas do SPRINT considera ainda propostas em parceria com pesquisador cuja instituição financiadora não tem acordo vigente com a FAPESP.

A FAPESP concederá, para as solicitações aprovadas, recursos para viagens (passagens), seguro-saúde e diárias para manutenção de pesquisadores do Estado de São Paulo em missão científica no país parceiro.

As propostas serão recebidas até 26 de outubro de 2015.

A chamada de propostas SPRINT 03/2015 está publicada em: www.fapesp.br/9591

Fonte: Agência FAPESP
 

 

Palestra "Light and Life" é revisitada nos dias atuais

Palestra “Light and Life” é revisitada nos dias atuais

 

Professor H. Moysés Nussenzveig aborda tópicos sobre a luz e a vida na Terra; evento é gratuito e aberto a todos

 

A célebre palestra do físico dinamarquês Niels Bohr “Light and Life”, de 1932, é revisitada para o Ano Internacional da Luz. O evento acontece no dia 5 de agosto, às 18 horas, no auditório Abrahão de Moraes do Instituto de Física da USP, e será ministrado pelo professor Herch Moysés Nussenzveig, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A palestra integra o “Convite à Física”, série de colóquios abertos ao público geral, especialmente os alunos ingressantes da USP. Nussenzveig confrontará a palestra de 1932 com os nossos conhecimentos atuais, apresentando tópicos que incluem a evolução da vida na Terra, a coerência quântica, a consciência, as pinças óticas e a mecanobiologia.

Nussenzveig é cientista brasileiro premiado e autor de diversos livros didáticos de física, entre eles a coleção “Curso de Física Básica”. Membro titular da Academia Brasileira de Ciências, recebeu em 1986 o Prêmio Max Born, concedido pela Optical Society of America a cientistas que tenham dado contribuições significativas no campo da óptica.

Convite à Física: “Light and Life” com Prof. H. Moysés Nussenzveig

Quarta-feira, 5 de agosto, 18h

Auditório Abrahão de Moraes

Instituto de Física da USP

Grátis

Data Publicação: 
quarta-feira, 29 Julho, 2015
Data de Término da Publicação da Notícia: 
quarta-feira, 5 Agosto, 2015

Pesquisadores do IFUSP criam software de análise de espalhamento nuclear

Pesquisadores do Instituto de Física da USP criam software
que integra técnicas de análise de espalhamento nuclear

O software de análise MultiSIMNRA foi destaque na 22ª International Conference on Ion Beam Analysis, na Croácia; já há proposta para uso comercial do software

O uso de feixes iônicos para analisar amostras materiais é um procedimento que serve a diversas áreas do conhecimento – da paleontologia às ciências de materiais, entre outras. No Brasil, o Laboratório de Análise de Materiais com Feixes Iônicos (LAMFI), do Instituto de Física da USP (IF/USP), é referência nesse tipo de procedimento. Ali, amostras variadas são expostas a diversos tipos de detectores, gerando dados que têm de ser analisados depois.

Existem muitas técnicas de análise desses dados. “Elas nos dão informações complementares sobre a amostra, e essa complementaridade é um desejo de toda a comunidade científica. Só que executar isso manualmente é muito difícil. É aí que entra o nosso software”, explica Dr. Cleber Lima Rodrigues, um dos pesquisadores que trabalhou na criação do programa. Esse processo de análise simultânea e complementar é chamado, pela comunidade científica, de análise auto consistente.

O programa criado no IF/USP junta os dados de diferentes técnicas de análise e determina qual é o melhor modelo para a amostra que é capaz de explicar todos os dados experimentais ao mesmo tempo. “Cada uma das técnicas fornece uma informação diferente sobre a amostra. O software que criamos dá a composição da amostra que explica todos os dados experimentais simultaneamente. Baseamos nossos cálculos em um programa que já é muito conhecido pela comunidade acadêmica, que é o SIMNRA”, explica Dr. Tiago Silva, autor do trabalho que resultou no software. O MultiSIMNRA, como foi chamado o software brasileiro, executa múltiplas instâncias do SIMNRA.

“É uma plataforma que gerencia e otimiza múltiplas instâncias de um programa largamente utilizado pela comunidade”, resume o Prof. Manfredo Harri Tabacniks, coordenador do LAMFI.

Segundo ele, a análise auto consistente é uma abordagem relativamente recente, sugerida na década de 90 e agora disponível na forma de um software com uma interface conhecida e amigável.

“O único competidor do Multi-SIMNRA é o IBA DataFurnace lançado em 1997, um software pago e não muito fácil de usar. Já o SIMNRA, criado por M. Mayer do Instituto Max Planck na Alemanha, com quem estamos colaborando, é amplamente utilizado em diversos laboratórios, inclusive na USP. O MultiSIMNRA, criado aqui, introduziu a análise auto consistente no SIMNRA, um significativo avanço analítico”, ressalta Tabacniks. OMultiSIMNRA está disponível na web, sem custos para uso acadêmico, desde que seja citado o crédito.

“Com o MultiSIMNRA é possível realizar uma completa análise, do Hidrogênio ao Urânio, de filmes finos com estrutura em camadas, obtendo informações mais consistentes e inequívocas. Conseguimos uma precisão em torno de 1%, ou menos, dependendo do elemento caracterizado”, diz Silva. Segundo ele, o MultiSIMNRA unifica técnicas de espalhamento nuclear como o RBS (Rutherford BackscatteringSpectroscopy), o ERDA (ElasticRecoilSpectrometry) e o NRA (Nuclear ReactionAnalysis). “Falta integrar o método PIXE (ProtonInduced X-Ray Emission), assunto que estamos trabalhando”.

“O atual paradigma da área é unificar os resultados obtidos por RBS e por PIXE. Em um, estamos medindo átomos espalhados, e no outro, fótons”, explica Silva. Resolver este problema é o próximo passo do MultiSIMNRA. “Esperamos ter algum resultado até o final do ano.”

A novidade repercutiu tão bem na 22ª International Conference on Ion Beam Analysis, na Croácia, em junho, que Thiago Silva foi abordado pelo representante de uma empresa norte-americana interessada em usar comercialmente o novo produto assim que terminou sua exposição. Na sequência, o LAMFI foi convidado a participar, pela primeira vez, do Round Robin Exercise, atividade promovida pela Agência Internacional de Energia Atômica, em que amostras de um mesmo teor são enviadas a diferentes laboratórios no mundo para caracterização, e posterior comparação de dados. 

 

Data Publicação: 
quarta-feira, 29 Julho, 2015
Data de Término da Publicação da Notícia: 
segunda-feira, 31 Agosto, 2015

Professor de Harvard fala sobre inovação do ensino

Professor de Harvard fala sobre inovação do ensino, no IF/USP

Autor de famoso método de aprendizagem ativa, o físico Eric Mazur conta como ajustou sua abordagem de ensino, melhorando o desempenho de seus alunos

No próximo dia 5/8 (quarta-feira), as 17h30, o professor de física aplicada da Universidade de Harvard, Dr. Eric Mazur, ministrará um colóquio no Instituto de Física da USP (IF/USP). A palestra, intitulada “Confessions of a converted lecturer”, descreve sua experiência como docente e como ele ajustou sua metodologia de ensino, culminando com a melhora na performance de seus alunos. O evento é gratuito, aberto ao público e acontece no Auditório Novo 1.

Especialista em ótica, Mazur é muito ativo na área de educação. Em 1990 ele começou a desenvolver o Peer Instruction (ou Aprendizagem Pelos Pares), um dos diversos métodos de aprendizagem ativa hoje adotados em universidades do mundo todo, que permite ao professor ter acesso detalhado ao desenvolvimento acadêmico de cada um dos seus alunos. Autor de Peer Instruction: um manual para usuários (Prentice Hall, 1997), ele também ajudou a produzir, em 2006, o premiado DVD Ensino interativo. O método de ensino de Mazur tem se espalhado nacional e internacionalmente, e vem sendo adotado em muitas instituições (no Brasil, a Unisal – Centro Universitário Salesiano de São Paulo, é uma delas).

“Eu achava que eu era um bom professor, até que descobri que meus alunos apenas memorizavam informação em vez de aprender a compreender o material. Quem seria o culpado? Os alunos? O material? Vou explicar como cheguei à conclusão de que o culpado não era nenhum deles, mas a minha forma de ensinar. Na palestra, vou mostrar como ajustei minha abordagem de ensino e como o desempenho de meus de alunos melhorou significativamente”, explica o físico.

O evento é promovido pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Comissão de Pesquisa e de Relações Internacionais do Instituto de Física da USP, em conjunto com a Comissão Fulbright no Brasil, o Consulado dos EUA em São Paulo, o DRCLAS – David Rockfeller Center for Latin American Studies e LASPAU – Academic and Professional Programs.

“Confessions of a converted lecturer” – palestra do professor Eric Mazur (Universidade de Harvard).

Onde: Instituto de Física da USP/Auditório Novo 1 (Rua do Matão, travessa R, nº 187). Quando: 05/08, das 17h30 às 18h30.

 

Data Publicação: 
quarta-feira, 29 Julho, 2015
Data de Término da Publicação da Notícia: 
quarta-feira, 5 Agosto, 2015

Encontro USP-Escola é destaque no Jornal da USP

Férias. É hora de aprender

Publicado por admin - Tuesday, 28 July 2015

Em sua 10ª edição, Encontro USP-Escola debate Base Nacional Comum – documento que vai fornecer as bases dos currículos escolares no País – e oferece 13 cursos de aprimoramento profissional para professores da rede pública estadual

SYLVIA MIGUEL
Férias. Tempo de descansar, certo? Errado. Nesse período, muitos professores deixam de lado os passeios e o convívio com a família para ficar detrás da carteira, aprendendo. Buscar novos conceitos e reciclar conhecimentos têm um objetivo nobre: prender a atenção dos alunos e aprimorar a aprendizagem em sala de aula. Com esse pensamento, cerca de 500 professores da rede pública de ensino do Estado de São Paulo participaram do 10° Encontro USP-Escola, entre os dias 13 e 17 de julho.
O projeto feito para eles e por eles – já que o diferencial do encontro é o envolvimento dos próprios docentes na escolha das temáticas das palestras, dos cursos, das oficinas e das práticas de laboratórios – conta com a parceria de diversas unidades da USP e a coordenação da professora Vera Bohomoletz Henriques, do Instituto de Física (IF) da USP.
Esta 10ª edição trouxe à Universidade caras novas nas férias do Instituto de Física, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da Escola de Comunicações e Artes (ECA), do Instituto de Química (IQ), do Instituto de Oceanografia (IO), da Faculdade de Medicina (FM) e até do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP.
Os participantes aprimoraram conhecimentos em microscopia instrumental, física óptica, tecnologia da informação e comunicação em ambientes educacionais, história da ciência, educação especial e química, além de dispor de vários cursos nas áreas de humanas, como artes visuais, museus e escolas; educação midiática e práticas educomunicativas; literatura e ensino da língua portuguesa; material didático em inglês e outros voltados à gestão escolar. Foram oferecidos 13 cursos, com duração de 40 horas cada.

As questões relacionadas à Base Nacional Comum (BNC), documento que servirá de referência para os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio, foram debatidas por cerca de três horas, durante a palestra inaugural do diretor de Currículos e Educação Integral do Ministério da Educação (MEC), Ítalo Dutra (leia texto na página ao lado).

 

O Encontro USP-Escola, no Instituto de Física: cursos para difundir conhecimentos que vão melhorar o ensino no Estado

O Encontro USP-Escola, no Instituto de Física: cursos para difundir conhecimentos que vão melhorar o ensino no Estado

Para a coordenadora Vera Henriques, além de oferecer formação e atualização, o evento tem sido um importante fórum de debates. “Professores do Estado inteiro interagem nesses eventos, trazendo questões sobre as formas de agir nas escolas, metodologias, conteúdos, gestão democrática e muitos outros temas”, afirma Vera.
Os palestrantes abordaram assuntos que preocupam e trazem polêmicas nas salas de aula. A professora Maristela Basso, da Faculdade de Direito da USP, falou sobre redução da maioridade penal e o custo da falência do sistema prisional.
O professor Vitor Paro, da Faculdade de Educação da USP, discutiu as dificuldades e as práticas da gestão escolar democrática. Essa temática mobilizou também um curso, que teve a sala lotada. Outros debates focaram a democratização do conhecimento das pesquisas, a física como tema do Ano Luz Internacional, agrotóxicos no Brasil e democracia e exclusão no Brasil Republicano.
Novas ideias – O encontro, que acontece sempre nos meses de janeiro e julho e teve sua primeira edição em 2010, recebeu aproximadamente 1.200 inscritos nos últimos semestres. É uma oportunidade acompanhada com atenção pelos interessados, seja nos sites das Secretarias de Educação, das Diretorias de Ensino ou na página da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do Instituto de Física (http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br), que divulga as atividades acadêmicas oferecidas para os mais variados públicos.
Outros segmentos também participaram deste 10° Encontro USP-Escola. É o caso de Silvio Higa, biólogo que dá aulas em escola de uma empresa privada. “Sempre faço esses cursos, pois ajudam no aprimoramento das minhas aulas e trazem novas ideias para as atividades com os alunos”, diz.
A grande maioria se inscreve por indicação de colegas. O nível de satisfação dos que já participaram dos cursos chega a 96%, segundo um levantamento feito nos encontros anteriores.
O sucesso dessa via de atualização, com temas que dialogam diretamente com o trabalho desenvolvido em salas de aula, tem uma receita. Tudo é discutido mensalmente, durante as reuniões do GT USP Escola, um grupo de trabalho que organiza e debate com antecedência cada encontro.
“O trabalho do GT começou antes dos Encontros USP-Escola e foi criado por professores que sentiam dificuldades de pôr em prática as metodologias e experimentos que viam nos cursos de formação. Com essa interação, descobriram que podiam se auxiliar na descoberta de caminhos para os problemas enfrentados nas suas escolas. Atualmente realizamos reuniões mensais, todo sábado, aqui no Instituto de Física”, afirma a professora Vera.
Segundo Vera, os Encontros USP-Escola tiveram sua origem num projeto que ela apresentou com o professor Mikiya Muramatsu, também do Instituto de Física, ao programa Novos Talentos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mas a demanda dos professores da rede pública cresceu e os idealizadores viram a oportunidade de reunir os cursos de formação de professores dispersos pela Universidade. Ganharam a parceria de outras unidades, atraindo participantes que já foram premiados ao usar as ferramentas aprendidas.
Inclusão – “Não me conformava em ter um aluno deficiente isolado na sala, que só se comunicava com o tradutor. Eu não apenas aprendi a linguagem de Libras, como contagiei a todos a aprender sinais. Meus alunos surdos estão agora interagindo com colegas e funcionários da escola. Pelo menos conseguem manter uma comunicação básica”, diz a pedagoga Sueli Maria de Andrade Alves da Cruz, professora de educação especial na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Benedito Venancio, de Barueri, que tem cerca de 200 alunos.
Desde 2011, a Emei é uma escola-polo de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para surdez. Mas atende também crianças com outras deficiências. “Os cursos dos quais participei aqui me ajudaram a abordar conteúdos para crianças com as deficiências que atendo, como surdez, Down, surdo-cegueira e autismo”, diz a pedagoga, que participa pela terceira vez dos encontros e aprendeu parte dos conhecimentos em Libras num curso da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.
O trabalho realizado trouxe a Sueli o 3° lugar do Prêmio Professor Giz de Ouro de 2012, concedido pela Prefeitura de Barueri. Seu projeto Pais Eficientes envolveu toda a comunidade e não só a escola, com um foco especial nas famílias. Através do que chamou de “rodas de conversas”, ou reuniões mensais, desenvolveu a autoestima das famílias e estimulou a integração dos pais com o ambiente escolar.
“É muito difícil encontrar bons cursos nessa área e por isso a gente não sai do pé dos professores da USP”, brinca a pedagoga Lucineide Pereira da Silva Aguilar, professora do Colégio Municipal Imideo Giuseppe Nerici, de Santana de Parnaíba.
Segundo Lucineide, a língua de sinais não está totalmente pronta, quer dizer, é um conhecimento em construção e sua tradução ainda está em andamento. “São poucos os bons especialistas. Este curso, aqui no Encontro USP-Escola, está abordando justamente as características de adaptação na educação especial, mostrando que as práticas pedagógicas podem variar muito de um aluno para outro, mesmo que a deficiência seja a mesma”, afirma a professora.
Microscópio – “Muitos professores possuem microscópios nas escolas, mas não sabem como manusear ou não possuem as ferramentas ou conhecimentos para o ensino de biologia”, afirma uma das coordenadoras do curso Instrumental de Microbiologia, professora Vanessa de Freitas, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
O curso não apenas deu novos subsídios à prática dos docentes como também forneceu um kit com lâminas histológicas preparadas com tecidos animais e vegetais, acompanhadas de folhetos explicativos dos cortes histológicos.
“Entre outras técnicas, ensinamos uma atividade em particular que chama muito a atenção dos alunos. Fazemos o esfregaço bucal, que é colher células epiteliais da bochecha. A pessoa fica interessada em ver suas próprias células e isso estimula os estudantes”, afirma a outra coordenadora do curso, professora Carolina Beltrame Del Debbio, também do ICB.
“Meus alunos me perguntaram por que nunca haviam utilizado o microscópio nas aulas de biologia na escola e ficaram muito excitados com o uso desse equipamento”, conta Natália Braz Pereira, professora em duas escolas estaduais na zona norte de São Paulo, que também já participou de outros cursos do Encontro USP-Escola.
A cirurgiã-dentista Andréia Neves Asami, professora de escolas estaduais em Santo Amaro e Interlagos, procurou o curso ministrado pelo professor Chao Lung Wen, da Faculdade de Medicina da USP, para reciclar conhecimentos e tomar contato com novas ferramentas. No curso, os alunos se aproximam das possibilidades virtuais e em 3D para o estudo do corpo humano, com o auxílio do que o professor Wen chama de Homem Virtual.
“Dou aula em salas muito numerosas e preciso de recursos atuais para prender a atenção dos alunos. Só giz e lousa não funcionam mais, especialmente para esta geração digital. Além disso, vim buscar reciclagem de conhecimentos”, afirma Andréia.
Repensando os Currículos de Física por Meio de Episódios da História da Ciência foi o curso coordenado pelo professor Ivã Gurgel, do Instituto de Física, que já ministrou diversos cursos em diferentes edições do Encontro USP-Escola. “Buscamos propor uma perspectiva humanista da ciência, aproximando-a da filosofia e de questões sociais. A meta é refletir sobre as práticas em sala de aula e os objetivos educacionais que as aulas de ciências devem cumprir”, afirma o professor, que pesquisa a área de ensino de física.
“Notei que neste curso, em especial, os professores raramente tiveram a oportunidade de estudar história da ciência, o que faz com que seja necessário formá-los minimamente nessa área, em especial para desenvolver uma visão de educação mais rica e pensar os fundamentos das ideias científicas e seus impactos na sociedade”, conclui Gurgel.
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MEC convida ao debate
O diretor de Currículos e Educação Integral do Ministério da Educação (MEC), Ítalo Dutra, conclamou todos os professores e a sociedade em geral a participar das discussões da Base Nacional Comum (BNC), prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 e nunca implementada. O documento, em fase de elaboração, irá regular os referenciais nacionais para os currículos escolares. As premissas estarão abertas a discussão pública no Portal da BNC, que deverá ser lançado nas próximas semanas pelo MEC, segundo Dutra.
“O documento será uma referência para um conjunto de conhecimentos que todo cidadão deve ter, tendo como objetivo geral a formação humana integral, o exercício da cidadania e a formação para o trabalho, conforme prevê a Constituição. Os conteúdos deverão ser definidos a partir do ponto de vista da diversidade das escolas, com a participação da comunidade”, disse Dutra ao Jornal da USP.
Segundo o diretor, a divisão em áreas do conhecimento não irá transformar componentes curriculares em áreas. Ou seja, a divisão em ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens não irá suprimir as disciplinas específicas.
Para o debate na palestra de Dutra, houve uma discussão prévia via Facebook, com perguntas enviadas pelos professores ao diretor de Currículos do MEC. “Decidimos ter as informações sobre a Base Nacional Comum diretamente da fonte onde a proposta está sendo elaborada. Nos anos anteriores, já trouxemos outros especialistas para falar sobre o tema. Há uma preocupação generalizada sobre modificações na estrutura curricular, se o ensino por disciplinas será transformado num ensino por áreas, entre outras questões”, disse a coordenadora do Encontro USP-Escola, professora Vera Bohomoletz Henriques, do Instituto de Física.

Fonte: Jornal da USP

http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=45953

Nova chamada FAPESP e MIT

FAPESP e MIT apoiarão pesquisas conjuntas

FAPESP e MIT apoiarão pesquisas conjuntas

Instituições anunciam nova chamada, aberta a propostas em todas as áreas do conhecimento (imagem: J.Iwasa/MIT)

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, lançam nova chamada de propostas para intercâmbio de pesquisadores.

A chamada está aberta a propostas em todas as áreas do conhecimento. As propostas serão recebidas pela FAPESP até o dia 21 de setembro de 2015.

Podem participar pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior ou pesquisa, públicas ou privadas, no Estado de São Paulo, que sejam pesquisadores responsáveis ou pesquisadores principais de auxílios apoiados pela FAPESP e vigentes nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular, Auxílio à Pesquisa – Projetos Temáticos, Apoio a Jovens Pesquisadores ou Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID).

Pelo lado do MIT, podem participar pesquisadores vinculados ao instituto de acordo com os critérios de elegibilidade do MIT Brazil Seed Fund Program.

FAPESP e MIT apoiarão as propostas selecionadas com recursos combinados de até US$ 30 mil por projeto (US$ 20 mil para pesquisadores e pós-doutorandos e US$ 10 mil para graduados ou estudantes de graduação), durante a vigência estabelecida na concessão, destinados necessariamente e exclusivamente a despesas de mobilidade (passagens, diárias e seguro-saúde) e nos termos do acordo entre as instituições.

As propostas devem ser apresentadas simultaneamente pelo pesquisador do Estado de São Paulo à FAPESP e pelo seu colaborador nos Estados Unidos ao MIT. Cada uma das partes efetuará a seleção das propostas segundo sua sistemática de análise. Somente as propostas aprovadas por ambas as partes serão financiadas.

A chamada está publicada em: www.fapesp.br/9586
 

Fonte: Agência FAPESP

Página atualizada pela última vez em 21 de julho de 2015

 

Seminário do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica

Seminário do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica

Spin-Orbit Interaction and Related Transport Phenomena in 2D Electron and Hole Systems 

Dr. Alexander Khaetskii 
Department of Physics, University at Buffalo, SUNY, Buffalo, NY 

Data: 27 de julho de 2015 (segunda-feira)

Horário: às 14h 

Local: Sala de Seminários José Roberto Leite - Ed. Alessandro Volta (bloco C) - andar térreo

Abstract 

Spin-orbit interaction is responsible for many physical phenomena which are under intensive study currently. Here we discuss several of them. 

The first phenomenon is the edge spin accumulation, which appears due to spin-orbit interaction in 2D mesoscopic structures in the presence of a charge current. We consider the case of a strong spin-orbit-related splitting of the electron spectrum, i.e. a spin precession length is small compared to the mean free path l. The structure can be either in a ballistic regime (when the mean free path is the largest scale in the problem) or quasi-ballistic regime (when l is much smaller than the sample size). 

We show how physics of edge spin accumulation in different situations should be understood from the point of view of unitarity of boundary scattering. Using transparent method of scattering states, we are able to explain some previous puzzling theoretical results. In particular, we clarify the important role of the form of the spin-orbit Hamiltonian, the role of the boundary conditions, etc. The relation between the edge spin density and the bulk spin current in different regimes is discussed. 

Besides, we consider several new transport phenomena which appear in the presence of spin-orbit interaction, for example, magnetotransport phenomena in an external classical magnetic field. In particular, new mechanism of negative Magnetoresistance appears which is due to destruction of spin fluxes by the magnetic field, and which can be really pronounced in 2D systems with strong scatterers.  
 

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