Eletroímãs

Em aceleradores de partículas é comum o uso de eletroímãs dipolares, quadrupolares e, em alguns casos, eletroímãs sextupolares.

Os dipolos são utilizados para a mudar a direção do movimento das partículas que compõem o feixe,ou para separá-las de acordo com seus momentos (quantidade de movimento), pois o raio de curvatura é proporcional ao momento. Um dipolo produz, em um feixe de partículas carregadas, efeito análogo ao que um prisma de cristal produz em um feixe de luz.

Os quadrupolos se assemelham a lentes, focalizando ou desfocalizando o feixe de acordo com as necessidades do projeto óptico do acelerador. Os quadrupolos têm a característica de focalizarem o feixe em um dos planos (vertical ou horizontal) e desfocalizá-lo no outro, por essa razão, geralmente são usados aos pares ou trincas.

Os sextupolos são utilizados para corrigir defeitos introduzidos pelas aberrações cromáticas dos elementos ópticos. Esses defeitos geralmente são muito pequenos, mas se tornam mais evidentes quando o feixe passa várias vezes pelo mesmo ponto (como nos anéis de armazenamento) e a contribuição em cada volta é acumulada, necessitando a correção.

Na linha de transporte do acelerador Microtron do IFUSP são utilizados eletroímãs dipolares para a condução do feixe, desde a saída da última estrutura aceleradora até o ponto onde são feitas as experiências e eletroímãs quadrupolares para a conformação do feixe, não havendo a necessidade de se utilizar elementos sextupolares.