Resumo: Aprendemos que para visualizar estruturas cristalográficas, comprimentos de onda na região dos raios X são necessários. Entretanto, com o advento da espectroscopia nano-Raman, é possível visualizar estruturas nanométricas, ou até subnanométricas, utilizando a luz visível. A técnica é poderosa porquê, além da imagem, ela carrega um espectro de espalhamento inelástico de luz em cada pixel. Vou mostrar estudos em bi-camadas de grafeno rodadas em baixo ângulo, que evidenciam fenômenos de reconstrução da estrutura e supercondutividade, e também nossos esforços para transformar este desenvolvimento em uma empresa de instrumentação científica.
Sobre o Palestrante: Professor Titular no Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais desde 2002, fundou o Laboratório de NanoeSpectroscopia (LabNS) em 2006, onde trabalha com pesquisa e desenvolvimento de instrumentação científica em óptica para o estudo de nanoestruturas com aplicações em novos materiais e biomedicina. Obteve título de doutor em física na mesma instituição em 1999, trabalhando com transições de fase em sistemas incomensuráveis, seguido por um estágio de pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Cambridge, EUA (2000-2001), trabalhando com propriedades ópticas de nanomateriais, com foco na espectroscopia Raman e propriedades ópticas de nanomateriais de carbono.
Palavras-chaves: nano-Raman, grafeno bicamada, inovação