Acessos:
- Auditório Abrahão de Moraes, no Instituto de Física;
- Docente IFUSP, caso não possa comparecer, participe via Zoom: Reunião 863 2683 2419. Senha: 752207
- Transmissão pública: acompanhe na tela cima pelo YouTube do IFUSP.
Resumo: Astrofísica de Partículas é uma área de pesquisa que toca extremos: partículas elementares e objetos astronômicos, mundo subatômico e escalas cosmológicas, e teorias fundamentais e experimentos sofisticados. Neste seminário, apresentarei os mecanismos de geração, os fenômenos de propagação e as técnicas de detecção das partículas mais energéticas do Universo.
A apresentação terá dois focos: i) raios gamas produzidos em fontes galácticas e extragalácticas com energia de trilhões de elétrons-volt e ii) núcleos atômicos produzidos em fontes extragalácticas ainda não identificadas com as energias mais altas já medidas na Natureza.
Mostraremos como nossos conhecimentos dos processos físicos elementares são desafiados pelas astropartículas e ao mesmo tempo como a detecção dessas partículas contribuem para o avanço do nosso entendimento dos objetos e meios astrofísicos aceleradores. Discutiremos também como a construção do Observatório CTA nos próximos anos contribuirá para desvendar as principais questões de produção de luz de altíssima energia.
A invariância de Lorentz será fio condutor deste seminário. A invariância de Lorentz é um dos pilares da ciência moderna que foi introduzida como um postulado da Relatividade Restrita em 1905 por Einstein. No entanto, uma possível quebra da invariância vem sendo proposta por várias teorias e sinais desta variância vem sendo procurado por muitos experimentos. A detecção de uma pequena quebra da invariância de Lorentz traria consequências fundamentais para a ciência moderna que exigiria revisão e aprimoramento das teorias vigentes. Discutiremos essas possibilidades com base nos testes da invariância de Lorentz propostos e realizados pelo grupo de Astrofísica de Partículas do IFSC.
Sobre o palestrante: Bacharel em Física em 1997, mestre em 2000 e doutor em 2004 pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Pesquisador visitante na Universidade de Leeds, Grã-Bretanha e na Universidade de Adelaide, Austrália. Pós-doutorado no Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo, Brasil de 2004 a 2007. Cargo de pesquisador na Universidade de Karlsruhe, Alemanha, durante 2007 e 2008 e Professor de Física de Astropartículas na Universidade de São Paulo desde 2008. Membro do Observatório Pierre Auger e do Observatório CTA.
Palavras-chave: raios cósmicos, Observatório Pierre Auger, raios gama, astrofísica de partículas.
