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Câmera JPCam registra primeira luz e se prepara para mapeamento tridimensional do Universo

Com participação brasileira, projeto J-PAS completa instrumentação no Observatório Astrofísico de Javalambre, Espanha

Por: Assessoria de Imprensa CEFCA e Assessoria de Imprensa IAG/USP.


A câmera JPCam, instalada no mês de junho deste ano no telescópio de 2,5m Javalambre Survey Telescope (JST/T250) do Observatório Astrofísico de Javalambre (OAJ), registrou na noite de 29 de junho sua primeira luz técnica, obtendo com sucesso suas primeiras imagens do céu. Com a instalação dessa câmera, o OAJ passa a contar com toda a sua instrumentação definitiva de primeira geração para levar adiante sua atividade científica nos próximos anos.
 
“Primeira luz técnica” ou “primeira luz de engenharia” representa o momento em que um instrumento astronômico é apontado para o céu e coleta pela primeira vez fótons vindos de estrelas e galáxias. Essa etapa tem como objetivo verificar se o funcionamento técnico essencial do telescópio e do instrumento estão de acordo com as especificações técnicas do projeto.
 
“As primeiras observações da JPCam foram apontamentos a regiões do céu onde se podem observar dezenas de milhares de estrelas em cada exposição, a fim de verificar a qualidade das imagens e sua homogeneidade em todo o campo”, explicou Antonio Marín-Franch, pesquisador do Centro de Estudos de Física dos Cosmos de Aragão (CEFCA), responsável pelo OAJ e gerente de projeto da JPCam. “Tivemos resultados fantásticos, medindo uma qualidade de imagem excelente e homogênea em todo o campo de visão, tal qual esperado”.
 
O conjunto de instrumentos do J-PAS inclui o telescópio JST/T250, a câmera JPCam (Javalambre Panoramic Camera) e os filtros inovadores que permitirão registros em 56 cores do universo. Será o primeiro grande ​survey (levantamento) astronômico com capacidade de obter dados mais detalhados do espectro óptico dos corpos celestes.
 
A câmera JPCam é o instrumento científico definitivo do telescópio JST/T250 do OAJ e foi desenvolvida para realizar grandes levantamentos do céu. Ela é a segunda maior câmera astronômica do mundo, com mais de 1,2 gigapixel (bilhões de pixels) divididos em um mosaico de 14 detectores científicos que trabalham em alto vácuo e numa temperatura 110oC abaixo de zero. Com mais de uma tonelada e meia de peso, proporciona a obtenção de imagens com alta resolução em todo seu grande campo de visão. Seriam necessários 570 monitores Full HD para visualizar uma imagem da JPCam sem perda de qualidade.
 
“A nitidez das imagens já nesses primeiros testes atesta a qualidade do trabalho de design e construção da câmera, que teve uma participação central da equipe brasileira”, avaliou Raul Abramo, professor do Instituto de Física (IF) da Universidade de São Paulo (USP) e representante da Universidade no Conselho do J-PAS. Ao lado da USP, a participação brasileira também conta com o Observatório Nacional (ON), enquanto o lado espanhol conta, além do CEFCA, com o Instituto de Astrofísica de Andalucía (IAA-CSIC).
 
Os parceiros espanhóis foram responsáveis pela construção do Observatório e do telescópio, enquanto a participação brasileira foi essencial para o desenvolvimento e construção da câmera JPCam, assumindo cerca de 2/3 dos mais de 10 milhões de euros investidos neste instrumento.
 
“A entrada em operação da JPCam é um marco extraordinário para o J-PAS e possibilita o início de fato deste survey, com sua instrumentação completa”, comemorou o astrofísico Laerte Sodré Junior, que é membro do consórcio e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
 
Ao lado da astrofísica Claudia Mendes de Oliveira, também professora do IAG/USP, Sodré foi responsável por obter e gerir o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estados de São Paulo (Fapesp) para o projeto. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) também disponibilizaram os recursos que viabilizaram a participação brasileira em mais um grande projeto astronômico internacional.
 
“O financiamento foi essencial para a realização de todas as etapas ao longo do processo de dez anos entre a concepção inicial e a finalização deste instrumento”, afirmou o astrônomo especializado em instrumentação Keith Taylor, que trabalhou na JPCam entre 2010 e 2019 por meio de recursos da Fapesp. O extenso período de desenvolvimento reflete a alta complexidade de se integrar os detectores e a eletrônica da câmera, que ficam distribuídos no grande campo de visão do telescópio JST/T250, equivalente à área de 36 luas cheias. Para Sodré, “este exemplo demonstra o longo tempo de maturação e de trabalho de equipes dedicadas para fazer um projeto como este se transformar em realidade.”
 
Após o registro da primeira luz, a equipe de engenheiros do CEFCA iniciará uma etapa de testes e ajustes para aprimoramento dos sistemas da câmera e do telescópio, assim como da infraestrutura de gestão e análise de dados, para que a operação científica do J-PAS seja iniciada. “Isso significa que nos próximos meses daremos início a um dos maiores e mais completos mapas 3D do universo, com imenso potencial para novas descobertas”, explicou Abramo. “Trata-se de um momento muito especial para a astronomia brasileira.” O mapa tridimensional do céu, cobrindo uma área de 8500 graus quadrados visíveis a partir de Javalambre, é a principal missão do J-PAS. A expectativa dos pesquisadores é de que os surveys do J-PAS contribuam de forma significativa em estudos sobre energia escura e a expansão acelerada do universo, além de ajudar a entender a estrutura da Via Láctea e a formação e evolução de outras galáxias. Os dados do J-PAS também poderão ser usados para o estudo sistemático de asteroides no nosso Sistema Solar.

O mosaico da Galáxia de Andrômeda (M31) é a Imagem da Primeira Luz Técnica realizada pela Javalambre Panoramic Camera (JPCam) na noite de 29 de junho de 2020. Imagem: Centro de Estudios de Física del Cosmos de Aragón (CEFCA)

 

Primeiros experimentos feitos em novo acelerador brasileiro investigam proteína do vírus da COVID-19

Cristais de proteínas de SARS-CoV-2 foram analisados em iniciativa para apoiar estudos para tratamentos contra a doença

Por: Scientific American. Acesse aqui a matéria original.


Uma proteína essencial para o ciclo de vida do vírus causador da COVID-19 é  o objeto dos primeiros estudos realizados no Sirius, o novo acelerador fonte de luz sincrotron que foi projetado e desenvolvido por pesquisadores brasileiros.  Os testes ocorreram esta semana no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que fica na cidade de Campinas, no interior de São Paulo. Saiba mais...


Imagem: Reprodução

 

O que a ética do consequencialismo tem a ver com os cientistas

Convicções éticas podem se aproximar ou se afastar de correntes importantes de pensamento

Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


O debate levantado nos últimos dias sobre a ética do consequencialismo e como ela se aplica às ciências e aos cientistas são o tema da coluna do físico Paulo Nussenzveig. “Não sou especialista em ética ou filosofia, portanto não posso apresentar uma visão aprofundada sobre o assunto”, afirma. “Mas acredito que todos nós tenhamos interesse em examinar o quanto nossas convicções éticas se aproximam ou se afastam de correntes importantes de pensamento.” Saiba mais...


Imagem: Divulgação

Governo exonera coordenadora do INPE em meio a notícias sobre alta de desmatamento

Em meio à alta nos alertas de desmatamento, o governo de Jair Bolsonaro exonerou, nesta segunda-feira (13), a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que coordenava os trabalhos de monitoramento do desmatamento e devastação florestal da instituição

Por: Cristiane Prizibisczki, ((o)) eco. Acesse aqui a matéria original.


Para Paulo Artaxo, pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) que estuda os impactos das mudanças do clima na floresta Amazônica, a exoneração de (Lubia) Vinhas é uma tentativa do governo federal de “esconder a verdade sobre o enorme aumento do desmatamento em 2020 […] de maneira similar à Covid-19”. Saiba mais...


Imagem: Operação Verde Brasil 2

4ª Escola de Inverno em Física Aplicada à Medicina e Biologia

A quarta edição da Escola de Inverno em Física Aplicada à Medicina e Biologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP) ocorrerá entre os dias 20 e 31 de julho de 2020, em ambiente on-line

Por: Agência FAPESP. Acesse aqui mais informações sobre o evento.


A escola contará com palestras ministradas por pesquisadores da área e profissionais que atuam no desenvolvimento científico e tecnológico de produtos e processos aplicados à medicina e biologia. A novidade da edição de 2020 será a apresentação dos laboratórios através das lives “O dia a dia do pós-graduando”. O objetivo é demostrar uma vivência da rotina do pós-graduando nas diferentes áreas da física aplicada à medicina e biologia. Saiba mais...


Imagem: Divulgação

Universidade de León (Espanha) lança bolsas Talent de graduação e master

A Universidade de León (Espanha) lançou a Chamada de Bolsas Talent para estudantes estrangeiros ou residentes no exterior que desejam estudar para graduação ou master na instituição. As bolsas cobrem matrícula e uma bolsa de 1.800 euros para seguro de saúde e viagens

Por: AUCANI. Acesse aqui a matéria original.


O período de inscrição termina em 20 de julho para quem solicita um master e 21 de julho para quem solicita ingressar na graduação. Você encontrará informações mais detalhadas na chamada (disponível em espanhol) ou pelo vice.internacionales@unileon.es. Saiba mais...


Imagem: Reprodução

 

'Régua de luz' em miniatura promete melhorar medição de espaço e tempo

Inventado em 1999 por Theodor W. Hänsch e colaboradores do Instituto Max Planck, o dispositivo permite a transferência precisa de informações de fase e frequência de uma referência de alta estabilidade para centenas de milhares de intervalos no domínio óptico

Por: Reinaldo Zaruvni, tecmundo. Acesse aqui a matéria original.


Pesquisadores do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia (NIST) e da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (UCSB) desenvolveram um pente de frequência miniaturizado. (A) novidade pode ser usada para medir cores das ondas de luz, distância, tempo e até a luz em si com mais precisão. Criada por Gregory Moille e sua equipe, a "régua de luz" está possibilitando o nascimento de uma nova geração de relógios atômicos, o aumento no número de sinais viajando por meio de fibras ópticas e a capacidade de identificação de mudanças nas frequências de luz das estrelas graças às centenas de frequências definidas e emitidas em um espaçamento uniforme. Saiba mais...


Imagem: Reprodução

A importância da ciência básica

São as perguntas fundamentais que acionam o motor da ciência

Por: Ronaldo Lemos, Folha de São Paulo. Acesse aqui a matéria original.


"(...) A história da 'enigmática' mecânica quântica revela a importância da ciência básica. A teoria quântica foi a solução encontrada quando, na virada do século passado, os cientistas se confrontaram com o comportamento aparentemente paradoxal do mundo do muito pequeno", comenta o pesquisador Rafael Chaves do Instituto Internacional de Física (IIP-UFRN) em Natal. Saiba mais...


Imagem: Instituto Butantan - out.2019/ Divulgacão

Lançamento de telescópio aguardado como sucessor do Hubble é adiado

Em finalização, James Webb substituirá o Hubble em algumas finalidades, porém com espelho bem maior, podendo captar mais luz, imagens e informações

Por: Luiza Caires, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A data de lançamento do Telescópio Espacial James Webb, que está sendo muito aguardada, foi adiada. O cronograma, que já estava bem apertado para o lançamento em março de 2021, foi empurrado em razão da pandemia, e ainda não foi anunciada uma nova data. Nesta edição de Entender Estrelas, o astrofísico João Steiner, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, explica os diferenciais desse telescópio da Nasa, tido como o sucessor do Hubble. Saiba mais...

Imagem: Divulgação
 

A USP é a sétima universidade que mais produz pesquisa no mundo

Esta é a avaliação do ranking elaborado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden

Por: Adriana Cruz, Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.


A USP é a sétima universidade que mais produz pesquisa no mundo segundo ranking elaborado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS, na sigla em inglês) da Universidade de Leiden, na Holanda, e divulgado no dia 8 de julho. A classificação avalia a pesquisa acadêmica produzida pelas instituições e leva em consideração a produção científica publicada na base de dados multidisciplinar Web of Science, editada pela empresa Clarivate Analytics. A USP, que subiu uma posição em relação ao ano passado, é a única instituição latino-americana a figurar entre as 100 melhores do mundo. Saiba mais...

Imagem: Jornal da USP

 

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