I Encontro do Observatório de Gestão Pública
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Resultados do experimento GoAmazon publicados na revista Nature de 24 de outubro mostram forte produção de partículas em altas altitudes (6 a 15 Km), e o crítico papel da convecção e das nuvens no transporte de partículas entre a superfície da floresta e a alta atmosfera Amazônica. Mecanismos eram desconhecidos e foram procurados por mais de 25 anos.
Há mais de 25 anos cientistas que estudam a população de partículas e núcleos de condensação de nuvens na Amazônia procuravam os mecanismos de produção dessas partículas. Sabia-se que parte delas vinha da própria floresta, pelas emissões biogênicas, mas os números não fechavam. Faltavam partículas. Um estudo divulgado hoje, na revista Nature, solucionou esse mistério que intrigava os pesquisadores. Foi, enfim, descoberta a origem dos aerossóis atmosféricos que alimentam as nuvens da região amazônica em condições livres de poluição, e repõe aqueles que foram retirados pela chuva.
Os aerossóis são fundamentais para a formação das nuvens e para o controle do balanço de radiação solar que atinge a superfície do planeta. Esta radiação fornece ingrediente essencial para a fotossíntese e mantém a temperatura do ecossistema. Elas também são as responsáveis pela formação das gotas de nuvens, atuando como núcleos de condensação. Na Amazônia, as partículas biogênicas primárias emitidas eram insuficientes para nuclear tantas gotículas de nuvens, conforme o estudo. Sem essas gotículas, não há nuvens e não há chuva.
Essa descoberta foi feita no escopo do experimento Green Ocean Amazon Experiment (GoAmazon), desenhado para estudar o efeito da poluição de Manaus nas propriedades da atmosfera amazônica. Contudo, inesperadamente, os cientistas chegaram a esse novo mecanismo de formação de partículas e aos processos convectivos (movimentos verticais de massas de ar) com nuvens que transportam essas partículas de cima para baixo. Por esses mesmos processos, os VOCs (gases conhecidos como compostos orgânicos voláteis, da sigla em inglês) são transportados da superfície da floresta até a alta atmosfera.
A chuva limpa a atmosfera removendo os aerossóis, o mistério era como a atmosfera reestabelecia a concentração de aerossóis rapidamente. Este estudo mostra que as nuvens através de suas correntes descendentes trazem uma grande concentração de nano partículas que foram encontradas em alta concentração em altos níveis, essas nano partículas se combinam com VOCs e crescem rapidamente ao tamanho de núcleos de condensação para auxiliar na formação das nuvens que serão formadas com correntes ascendentes.
Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e coautor do artigo explica que há muito tempo seu grupo vem tentando medir no solo a formação de novas partículas de aerossóis na Amazônia e o resultado era sempre zero. “As novas partículas nanométricas simplesmente não apareciam. As medições eram sempre feitas em solo ou com aviões voando até no máximo três mil metros de altura. Mas a resposta, na verdade, estava ainda muito mais no alto da atmosfera amazônica”, disse o pesquisador.
A floresta, em seu metabolismo, naturalmente emite VOCs, entre eles terpenos e isoprenos. O que a equipe descobriu foi que as nuvens transportam pela forte convecção esses gases da superfície para a alta atmosfera, podendo chegar a 15 mil metros de altitude. Nessa altitude, a temperatura é em torno de 55°C negativos, o que faz com que gases semivoláteis se condensem e formem novas partículas nanométricas (entre 1 a 5 nm).
As medidas foram feitas por dois aviões que participaram do experimento GoAmazon2014/15, um deles americano, o Gulfstream-1, pertencente ao Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), dos Estados Unidos, cujos resultados figuram no paper. Contudo, um segundo avião, o HALO (High Altitude and Long Range Research Aircraft), confirmou essas medidas por meio de voos a altitudes de até 15km.
“Nós ainda estamos analisando o conjunto de dados coletados pelo HALO, que pertence ao Instituto Max Planck e ao DLR (Centro Alemão de Aeronáutica). Mas as análises feitas até o momento confirmaram os achados”, explicou Artaxo.
Medidas em solo
Esse resultado descrito no paper também foi confirmado com medidas em solo realizadas no laboratório Torre Alta de Observação da Amazônia (ATTO, na sigla em inglês), laboratório operado pelo INPA como parte do experimento LBA. Os dados coletados por essa torre, que possui 320 metros de altura e está situada na Reserva Biológica de Uatumã, mostraram que as correntes convectivas descendentes transportam estas nanopartículas até a superfície.
“Essas observações são surpreendentes”, segundo Luiz Augusto Machado do INPE, um dos coordenadores do experimento e co-autor do estudo, porque quando se ultrapassa a chamada camada limite planetária – altitudes superiores a 2500 metros – ocorre uma inversão de temperatura que costuma inibir o transporte vertical de partículas. “O transporte através das nuvens convectivas quebra essa barreira e permite o mecanismo funcionar em regiões tropicais”, acrescenta.
Artaxo esclarece que os VOCs oriundos das plantas fazem parte de um mecanismo fundamental para a produção de aerossóis em áreas continentais. “O conjunto dos VOCs emitidos pela floresta e as nuvens fazem uma dinâmica muito peculiar e produzem enormes quantidades de partículas em altas altitudes, onde acreditava-se que elas não existiriam. São mecanismos biológicos da floresta atuando junto com as nuvens para manter o ecossistema Amazônico em funcionamento”.
Segundo ele, esses gases são jogados para a alta atmosfera, onde a velocidade do vento é muito grande, e são redistribuídos pelo planeta de forma muito eficiente. “Estamos atualmente realizando trabalhos de modelagem para precisar as regiões afetadas pelas emissões de VOCs da Amazônia e transportadas pela circulação atmosférica”, salienta o professor da USP.
Como tais mecanismos eram até agora desconhecidos, essa produção de aerossóis não está contemplada em nenhum modelo climático. “É um conhecimento que terá de ser incluído, pois ajudará a tornar as simulações de chuva na Amazônia mais precisas”, conclui Machado.
A pesquisa foi financiada pela FAPESP e outras fontes. O trabalho foi liderado pelo Dr. Jian Wang, do Brookhaven National Laboratory, e teve participação da Universidade de Harvard, Instituto Max Planck, INPA, UEA, USP e INPE. O artigo “Amazon boundary layer aerosol concentration sustained by vertical transport during rainfall ” foi publicado na revista Nature em 24 de outubro e pode ser acessado através do link: http://dx.doi.org/10.1038/nature19819
Informações fornecidas pelo Prof. Dr. Paulo Artaxo (artaxo@if.usp.br)
Agência FAPESP – O Grupo de Física e Astrofísica de Neutrinos (Gefan) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) oferece oportunidade de Pós-Doutorado com bolsa da FAPESP. O prazo de inscrição encerra em 31 de outubro.
O bolsista integrará a equipe do Projeto Temático Desafios para o Século XXI em Física e Astrofísica de Neutrinos, que tem Orlando L.G.Peres como pesquisador principal.
A bolsa é de dois anos, com a possibilidade de prorrogação por até três anos adicionais, no total de cinco anos. Dependendo do acordo mútuo, até um ano da bolsa pode ocorrer em uma instituição fora do Brasil.
Os candidatos devem preferencialmente ter experiência em fenomenologia de neutrinos (em geral), incluindo a construção de modelos, cosmologia de neutrino, astrofísica de neutrinos etc. ou expertise na fenomenologia de neutrinos em experimentos de longo comprimento (long baseline) com foco no experimento DUNE.
Os interessados devem enviar curriculum vitae com lista de publicações, proposta de pesquisa e três cartas de referência a Orlando L. G. Peres, no endereço orlando@ifi.unicamp.br.
A oportunidade está publicada no endereço www.fapesp.br/oportunidades/1257/.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição-sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação, composto por uma mensalidade adicional e despesas de transporte, quando houver deslocamento por distância superior a 350 quilômetros. Esse benefício precisa ser aprovado pela FAPESP.
Mais informações sobre a bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades.
Fonte da notícia: Agência FAPESP
School on Biological Soft Matter: from molecular interactions to engineered materials
As inscrições do Estágio PAE foram prorrogadas até o dia 02/11/2016. Gostaríamos de pedir sua atenção para as seguintes informações a respeito do Estágio do 1º semestre de 2017:
1) O número de bolsas PAE na USP sofreu uma forte redução, em linha com os cortes na dotação orçamentária da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. A Pós-graduação do IFUSP está sendo afetada por esses cortes, o que significa um aumento no fator de pressão para pedidos de bolsas de Estágio PAE. Portanto, pedimos que seja dada especial atenção à seleção da sua equipe de estagiários, assim como uma justificativa detalhada sobre por quê esses estagiários PAE são imprescindíveis para apoiar as atividades didáticas da sua disciplina.
2) Agora é necessário que tanto o(a) supervisor(a) do estágio PAE quanto o(a) orientador(a) dos alunos avalizem as inscrições, podendo fazê-lo até o dia 07/11. A inscrição será automaticamente cancelada caso um deles não avalize a inscrição dentro do prazo.
Mais informações sobre o PAE no link:https://goo.gl/hzE0na
Atenciosamente,
Comissão PAE
USP e UFSCAR realizam 5° Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos
Prazo para submissão de trabalhos vai até 13 de janeiro
Entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 2017, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realizará, junto com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o 5° Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos. O evento faz parte do Programa de Verão em Estatística 2017, atividade do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs), organizado em conjunto pelo ICMC e pela UFSCar. O objetivo principal do Workshop é difundir novos resultados em estatística, probabilidade e suas aplicações, com o intuito de estimular a troca de experiências entre os participantes.
Estão programadas, entre várias atividades, palestras de convidados, sessão de pôsteres e um minicurso. Os temas abordados incluem probabilidade e processos estocásticos, inferência estatística, modelos de regressão, análise de sobrevivência e sistemas estocásticos complexos. Os interessados em submeter trabalhos para apresentação devem enviar os resumos em formato PDF até o dia 13 de janeiro para o e-mail wpsm@icmc.usp.br.
Já as inscrições podem ser realizadas até o dia 7 de fevereiro por meio de formulário eletrônico. Estudantes membros da Associação Brasileira de Estatística (ABE) pagam R$ 15,00, já os não membros R$ 20,00. Para pós-doutorandos e professores, os preços são RS 40,00 para membros da ABE e R$ 50,00 para não membros. As taxas de inscrição deverão ser pagas no primeiro dia do evento.
Veja, abaixo, os palestrantes que participarão do Workshop:
O minicurso Elements of Computational Statistics será ministrado por Francisco Cribari Neto, da Universidade Federal de Pernambuco.
Mais informações
Site do evento: http://estatisticaverao.icmc.usp.br/wpsm_en.html
Seção de eventos do ICMC: (16) 3373-9622
E-mails: jucobre@icmc.usp.br ou sandro.gallo@ufscar.br
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação ICMC - USP
Incentivar a inserção de recursos humanos internacionais qualificados na USP, em todas as áreas do conhecimento, para o desenvolvimento técnico e científico. É este o objetivo de um edital lançado nesta quarta-feira, 19 de outubro.
O edital prevê a a concessão de 15 bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a pesquisadores de todo o mundo. Ao final da vigência das bolsas, que têm duração de até trinta meses, a USP se compromete a abrir vagas nas respectivas áreas de atuação dos bolsistas, possibilitando sua absorção como docentes da Universidade.
Podem concorrer ao edital pesquisadores brasileiros ou estrangeiros que estejam no exterior e que sejam indicados por um Departamento ou Instituto da USP. O candidato deve ter demonstrado produção acadêmica relevante e compatível com os pesquisadores orientadores dos programas de pós-graduação da USP. As inscrições encerram-se dia 31 de janeiro de 2017.
O edital está disponível em português e em inglês.
O propósito é estimular o ambiente acadêmico internacional da Universidade; a execução de projetos de pesquisa inovadores; o ensino, a produção de pesquisa científica e tecnológica da USP; além de incentivar o fortalecimento e ampliação das ações de pesquisa dos programas de pós-graduação da Universidade.
A matéria completa está no link abaixo:
http://jornal.usp.br/universidade/acordo-com-a-capes-incentiva-vinda-de-...
A 5ª edição do workshop “Meet the Editors – scientific writing” ocorrerá nos dias 7, 8 e 9 de novembro, 2016, no IFSC-USP. Teremos neste evento pela primeira vez a participação de um Prof. da área biomédica, Prof. Philip Greenland (Nothwestern University, ex-Editor do JAMA) proferindo três seminários sobre temas envolvendo má conduta acadêmica, interação com a mídia e conflitos de interesse. Teremos também a participação da Profa Laura Greene (Flórida), President-Elect da American Physical Society, a qual deverá proferir, além de palestras sobre escrita científca, uma palestra especial para nossas estudantes, “Career Launch and Negotiation: Skills for Success”. Haverá ainda uma mesa redonda e um tutorial para autores e referees com a participação de editores do Physical Review Letters (Sami Mitra), Physical Review Applied (Julie Kim-Zajonz), dentre outros. Veja programação completa do evento no cartaz anexo.
Favor confirmar interesse via email (mcristin@ifsc.usp.br).
Agência FAPESP – O Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP, oferece duas oportunidades de Bolsas de Pós-Doutorado em Modelagem Atomística de Materiais e Materiais Nanoestruturados. O prazo de inscrição encerra em 30 de outubro
A bolsa relativa à Modelagem Atomística de Materiais está vinculada a um projeto de pesquisa que visa, a partir de métodos computacionais baseados na teoria do funcional da densidade e simulações de dinâmica molecular ab initio, investigar os aspectos estruturais e termodinâmicos da nucleação e crescimento de filamentos de Ag a partir de cristais de Ag4V2O4 quando irradiados com feixes de elétrons, implementado no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O objetivo do projeto é fornecer um aporte em nível atomístico na interpretação dos resultados experimentais obtidos pelo CDMF.
Os candidatos devem ter título de doutor e experiência comprovada no uso de métodos atomísticos computacionais.
Os interessados deverão enviar curriculum vitae, apresentando formação acadêmica, publicações e informações que comprovem a sua experiência científica na área, além de nomes e e-mail de duas pessoas como referência, para o pesquisador principal do projeto, Miguel San Miguel, no endereço smiguel@iqm.unicamp.br.
A oportunidade está publicada em www.fapesp.br/oportunidades/1277/.
A segunda bolsa está relacionada a projeto de pesquisa sobre Materiais Nanoestruturados à base de grafeno e óxidos de metais de transição para serem aplicados como sensores de gases desenvolvidos pelo Grupo Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos O candidato deverá ter doutorado na área de Física, Química ou Ciência dos Materiais e experiência de pesquisa nas áreas de síntese e caracterização de materiais nanoestruturados na forma de pó e filmes finos.
É desejável que tenha experiência com as técnicas de XPS e deposição de filmes finos por técnicas e que tenha concluído o doutorado há não mais que quatro anos. O candidato deve, ainda, demonstrar capacidade de gerar produção científica, tendo publicado pelo menos dois artigos em periódicos científicos com revisão por pares.
Os interessados deverão enviar carta apresentando interesse, currículo vitae resumido, apresentando sua formação acadêmica, publicações e informações que comprovem sua experiência científica na área, projeto de pesquisa de até 10 páginas e nomes e e-mail de duas pessoas como referência para Valmor Roberto Mastelaro, pesquisador principal do projeto, no endereçovalmor@ifsc.usp.br.
A oportunidade está publicada em www.fapesp.br/oportunidades/1293/.
Os selecionados receberão bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso os bolsistas residam em domicílios diferentes e precisem se mudar para a cidade onde se localiza a instituição-sede da pesquisa, poderão ter direito a um Auxílio-Instalação, composto por uma mensalidade adicional e despesas de transporte, quando houver deslocamento por distância superior a 350 quilômetros. Esse benefício precisa ser aprovado pela FAPESP.
Mais informações sobre a bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades.
Fonte da notícia: Agência FAPESP