Transmissão da covid-19 volta a crescer em São Paulo
Média de casos e internações aumentou, enquanto a média de mortes permaneceu inalterada – demonstrando, mais uma vez, a importância da vacinação
Por: Jornal da USP. Acesse aqui a matéria original.
Os dados da semana epidemiológica mais recente (22 a 28 de maio) revelam um novo aumento na transmissão do vírus da covid-19 no Estado de São Paulo, com aumento nas médias diárias de novos casos (84%) e internações (41%), tanto em UTIs quanto em enfermarias. A média de mortes, porém, permaneceu inalterada, em 39 óbitos/dia — mostrando, mais uma vez, a eficácia da vacinação em proteger contra o agravamento da doença. Cerca de 94% da população acima de 5 anos no Estado está com esquema vacinal completo (pelo menos duas doses ou dose única), incluindo 60% das crianças com até 11 anos. A dose de reforço é fortemente recomendada para todos os adultos elegíveis e passará a ser exigida para acesso às dependências da USP no segundo semestre.
Os dados estão detalhados no Boletim Epidemiológico USP-Covid desta semana.
O aumento nos números de casos e internações por covid-19 no Estado é reflexo de uma situação nacional, que especialistas acreditam estar relacionada à flexibilização do uso de máscaras e à retomada das atividades presenciais de uma forma geral, somadas à predominância da subvariante ômicron BA.2 do novo coronavírus, que vem mostrando capacidade de transmissão ainda maior que a subvariante BA.1, responsável pela onda dos primeiros meses de 2022. A média móvel de casos registrada no início desta semana no País é a maior desde o fim de março (cerca de 25 mil novos casos/dia), segundo dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa que monitora as estatísticas da pandemia. Apesar disso, o número total de mortes registradas no País em maio (3.176) foi o menor desde o início da pandemia. No Estado de São Paulo, especificamente, o número de mortes por covid-19 em maio (1.061) foi 25% maior do que em abril (849); mas, ainda assim, bem menor do que o registrado em fevereiro (6.578), no pico do surto causado pela variante ômicron, segundo dados oficiais do Seade. Saiba mais...
