Todas as Notícias

A nanotecnologia e a transição energética

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Contribuições de simulações moleculares e nanotecnologia para recuperação melhorada de petróleo e transição energética com uso limitado de carbono

Por Prof. Caetano R. Miranda (DFMT – IFUSP)

               Entre os grandes desafios e problemas enfrentados hoje na área de Energia, em particular pela indústria do setor petrolífero, estão a recuperação melhorada do óleo e a exploração de fontes alternativas aos combustíveis fósseis. Uma tendência clara é a transição energética com o uso limitado de fontes de energia a base de carbono. Os avanços recentes em materiais nanoestruturados abriram uma ampla gama de novos materiais multifuncionais com um potencial promissor para o desenvolvimento de tecnologias energéticas mais eficientes para a exploração de combustíveis fósseis, bem como energias renováveis dentro do contexto de ciclo de carbono neutro (sem emissão de CO2).

               O grupo Sampa (Simulação Aplicada a Materiais: Propriedades Atomísticas) do Instituto de Física da USP vem desenvolvendo projetos em parcerias com empresas do setor de Petróleo e Gás e agências de fomento para o desenvolvimento de tecnologias para transição energética com uso limitado de carbono utilizando simulações moleculares e nanotecnologia. Os projetos caminham na direção de otimizar processos de extração de petróleo de maneira amigável ao meio-ambiente, propor nanoestruturas para catálise de etanol e desenvolvimento dos chamados combustíveis solares, matérias primas de maior valor agregado obtidas a partir do CO2 utilizando processos fotocatalíticos (com energia solar).

1)      Água “Esperta”

               Com a escassez de novas reservas, aumento da demanda e variações nos preços de derivados do petróleo, os processos de recuperação melhorada de petróleo tornaram-se não apenas necessários, mas economicamente viáveis. Esses processos visam revitalizar reservatórios maduros, aumentando a produção e estendendo assim seus ciclos de vida.

Com os recentes avanços tecnológicos e computacionais, tornou-se possível prover uma caracterização mais precisa dos reservatórios, permitindo a proposição de cenários e agilizando o processo de decisões no planejamento e desenvolvimento dos reservatórios para maximização da recuperação do petróleo. Entretanto, os chamados simuladores de reservatórios têm sua capacidade limitada, não apenas pelos modelos empregados, mas também pela confiabilidade e acurácia dos dados de entrada. No caso dos modelos, estes têm que descrever a complexidade de fenômenos físico-químicos que ocorrem durante o processo de injeção, acoplando as equações de fluxo de multicomponentes com as propriedades termodinâmicas dos sistemas envolvidos. Essas são muitas vezes ou desconhecidas ou não válidas na condição do reservatório.

               Usualmente, fluídos (salmoura, CO2, N2) são injetados com uma alternativa para aumentar a eficiência de extração do óleo em rochas, alterando dessa forma a permeabilidade e a pressão do óleo nas rochas. Recentemente, observou-se, a partir de diversos trabalhos experimentais e de modelagem, que a injeção de água de baixa salinidade leva a uma melhoria nos processos de EOR. Um dos grandes atrativos desse processo é o fato de ser uma tecnologia ambientalmente amigável e utilizar insumos in-situ.

               Entretanto, para uma aplicação otimizada, é necessário conhecer os mecanismos moleculares de seu funcionamento para a proposição da composição salina ótima para injeção. Nesse sentido, o Projeto “Simulações moleculares em multiescala com aplicações em recuperação melhorada de petróleo: baixa salinidade em carbonatos.”  com financiamento da Petrobras, visa utilizar simulações moleculares, para podemos obter diretamente informações sobre os mecanismos relacionados a melhora na extração por injeção de água de baixa salinidade, quantificarmos parâmetros relacionados às propriedades físico-químicas das interfaces, dissolução e precipitação das rochas que compõem o Pré-Sal, bem como efeitos de confinamento e das geometrias dos poros.  O conhecimento desses parâmetros a nível molecular, otimizam as escolhas das formulações dos fluidos a serem injetados. A integração das propriedades obtidas via simulações moleculares, podem diminuir as incertezas em simuladores de reservatórios (em escala de centenas de metros e quilômetros), melhorando o poder de predição e consequentemente maior embasamento para as decisões a serem tomadas pelos engenheiros de petróleo.

2)      Catálise de etanol

Outra linha de pesquisa é o desenvolvimento de nanoestruturas para catálise de etanol a serem utilizadas como combustível nas chamadas células a combustível, que tem uma eficiência na conversão de energia muito maior que motores a combustão interna (queima do etanol). Nesse sentido, a partir dos chamados cálculos de primeiros princípios estamos projetando nanopartículas metálicas do tipo core-shell que possam catalisar a quebra das ligações na molécula do etanol de forma mais eficiente utilizando materiais mais abundantes e com custo reduzido.  Nossos estudos mostraram que nanopartículas a base de Ouro e Platina induzem um alongamento da ligação C-O, que pode ser explorada para melhorar a reação de oxidação do etanol.

3)      Combustíveis solares

Também estamos desenvolvendo nanoestruturas que permitam a conversão do CO2 em outras matérias-primas com maior valor agregado (como metanol, ácido fórmico, etc). Para isso, é necessário entender a seletividade dessas nanoestruturas para cada um dos produtos e desenvolver nanoestruturas que possam otimizar esses processos.

CONTATO:

Prof. Dr. Caetano Rodrigues de Miranda

Telefone: (11) 3091-7009

E-mail: cmiranda@if.usp.br

Data Publicação: 
sexta-feira, 7 Julho, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
segunda-feira, 31 Julho, 2017

Curso de Astronomia para Docência - Sistema Solar

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Instituto de Física (IF-USP) e Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP) organizam o curso:

 

ASTRONOMIA PARA DOCÊNCIA - SISTEMA SOLAR

 

Curso de EXTENSÃO gratuito! Inscrições abertas até 10/07, às 16h.

·         PERÍODO: 02/08/2017 a 05/12/2017

·         Carga Horária total: 150 horas

Educação a distância: 94 horas - Presencial: 56 horas ( às quintas-feiras, das 14 às 17h30).

Disponibilidade40 vagas

Mais informações e inscrições:

               http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/sistema-solar

 

O curso Astronomia para Docência – Sistema Solar é um programa que oferece gratuitamente atualização a distância e presencialmente para professores do ensino fundamental I, com o objetivo de contribuir para melhorar o ensino de Astronomia, pertencente ao currículo de ciências no Ensino Fundamental. O aprendizado é intensificado por meio da capacitação de professores nos conceitos científicos e em estratégias de ensino e diagnóstico das dificuldades dos alunos, utilizando modernas tecnologias de informação e comunicação, e material produzido inteiramente por profissionais na área científica e de ensino de ciências com esse objetivo.

A equipe docente é composta por um coordenador pedagógico (da área de ensino de ciências e formação de professores), e coordenadores e consultores de conteúdo (com conhecimento aprofundado em astronomia e astrofísica), todos pertencentes à USP.

 

O curso Astronomia para Docência – Sistema Solar contém 15 tópicos, mais uma semana-aula de revisão geral e finalização dos trabalhos. Dessa forma, são 16 semanas-aula. Toda semana há um encontro presencial de 3,5 horas e atividades a serem realizadas em ambiente virtual, correspondendo a 5 horas.

A frequência mínima para aprovação é de 85% do total das atividades do curso. Cada semana-aula produz duas aferições de frequência, uma virtual e outra presencial.  No total, o curso gera 32 aferições de frequência (16 presenciais e 16 à distância), das quais o cursista precisa ter participação completa em no mínimo 27 para ser considerado aprovado, ou seja, frequência mínima de 85% no total das atividades e média de notas superior ou igual a 7,0 nas atividades avaliativas.

Não há tutores. São dois professores da USP que ministrarão o curso. O esclarecimento de dúvidas, correções e feedbacks serão dados pelos docentes, online e presencialmente.

A iniciativa, segundo a coordenadora do curso Profa. Anne L. Scarinci (docente do Departamento de Física Experimental do IFUSP), já está indo para a sua 7ª edição e, neste ano, a prioridade será a complementação da formação dos professores do ensino fundamental I.

Para a Profa. Anne, “a demanda por um curso introdutório de astronomia apresentada pelos professores das séries iniciais era muito grande e resolvemos priorizá-los desta vez”.

Conheça os tópicos de conteúdo do curso:

Tópico 1 – Objetivos do curso e familiarização com o Ambiente Virtual de Aprendizagem

  • Conteúdos de astronomia e sua conexão com os objetivos da Escola Básica

Tópico 2 - O céu que enxergamos

  • Fenomenologia: Estrelas fixas e “errantes”; Movimento diário do céu (note que o movimento aparente anual da esfera celeste será assunto do tópico seguinte)
  • Constelações e asterismos (dentre os quais os indígenas brasileiros)

Tópico 3 – O referencial “para baixo” e o formato da Terra

  • Introdução a Referenciais
  • Força gravitacional e inércia como determinantes para os movimentos dos astros
  • Conteúdo pedagógico: obstáculos conceituais  e o ensino de astronomia

Tópico 4 – Conceitos de astronomia de posição e causa da sucessão dia-noite

  • Fenomenologia associada ao movimento de rotação da Terra
  • Localização dos astros na esfera celeste

Tópico 5 – Movimento Diurno do Sol e duração do dia no inverno e no verão

  • Fenomenologia em associação com o movimento de translação da Terra

Tópico 6 – Equivalência de referenciais

  • Uso dos referenciais geocêntrico e heliocêntrico para descrição e interpretação das causas dos movimentos.

Tópico 7 – Estações do ano e o movimento de translação da Terra

  • Fenomenologia e associação com a translação e a inclinação do eixo de rotação da Terra.

Tópico 8 – Fenomenologia relacionada à Lua

  • Fases da Lua, marés, face visível da Lua
  • Discussão da associação das fases lunares com crescimento de cabelos, nascimento de bebês, etc.

Tópico 9 – Fases da Lua – causalidade e representação

  • Associação da fenomenologia discutida no tópico anterior com movimentos dos astros, interações gravitacionais e diferenças de luminosidade.

Tópico 10 – Eclipses

  • Modelagem física para explicar as causas dos eclipses
  • Tipos de eclipses
  • Estações de eclipses

Tópico 11 – História dos modelos cosmológicos no ocidente

  • Modelo geocêntrico e heliocêntrico e evidências\argumentos a favor de um ou outro, ao longo da história ocidental desde a antiguidade clássica
  • Fatores que influenciaram a mudança do paradigma geocêntrico para o heliocêntrico, na Europa renascentista

Tópico 12 – Geofísica – a Terra como um planeta

  • Estudo da estrutura interna da Terra (sismologia, comparações de densidade de rochas, movimento dos continentes, etc.)
  • Estudo da história geológica da Terra (paleomagnetismo, indícios fósseis, estudo de meteoritos, etc.)

Tópico 13 - Sistema Solar

  • A origem do sistema solar (indícios, modelos, estado atual do conhecimento)
  • Planetas e seus satélites (planetologia comparada)
  • Corpos menores

Tópico 14 – representações dos movimentos em três e duas dimensões

  • Relação entre as representações feitas com o telúrio, stellarium e esquemas em papel, das estações do ano, fases da Lua, sucessão dia-noite, eclipses e face oculta da Lua.

Tópico 15 – A estrela Sol

·         Estrutura do Sol, métodos de estudo, caminho evolutivo do Sol, relação com o Clima Espacial.

SERVIÇO:

Curso “Astronomia para Docência – Sistema Solar”
Local: Universidade de São Paulo – Instituto de Física
Endereço: R. do Matão, 1371 - Butantã, São Paulo – SP.
Período de realização: 02/08/2017 a 05/12/2017
Informações e Inscrições: http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/sistema-solar

Data Publicação: 
quinta-feira, 6 Julho, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
segunda-feira, 10 Julho, 2017

Artigo do Physics Today destaca pesquisa no ALICE

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Quando as colisões de prótons e prótons se tornam estranhas

Por Sung Chang

PHYSICS TODAY

05 DE JUNHO DE 2017 – Editoria: Pesquisa e Tecnologia

Doi: 10.1063/PT.6.1.20170605a

Sung Chang articulista do jornal Physics Today, da APS (Associação Americana de Física), destacou artigo recentemente publicado na revista Nature Physics, por cientistas de vários países incluindo brasileiros que atuam na colaboração internacional ALICE do CERN (Centro Europeu de Energia Nuclear), em que o mundo da física ficou entusiasmado com a descoberta de que, nas colisões de íons com prótons, o rendimento relativo de partículas que contêm quarks estranhos aumenta com a multiplicidade de partículas carregadas.

A observação destes sinais levantou questionamentos a respeito do poder de discriminação destas partículas em um cenário no qual há de fato a formação de um QGP (Quark-Gluón-Plasma) e, num outro, em que não há o desconfinamento de quarks e gluóns. Para muitos pesquisadores, a investigação deste problema é crucial para a compreensão de colisões nucleares de alta energia em geral. 

A estranheza é outra característica da formação de QGP.  Nesse trabalho de pesquisa publicado na revista Nature Physics em 24 de abril (DOI: 10.1038 / nphys4111), pesquisadores reportaram resultados do “Experimento ALICE” mostrando que a produção de estranheza é igualmente aumentada. A hipótese levantada, embora com estudos ainda não conclusivos, aponta evidências de que o QGP pode se formar mesmo em colisões entre prótons.   

Para o pesquisador Marcelo Munhoz, docente do Instituto de Física da USP, que faz parte do grupo de cientistas brasileiros atuantes no experimento ALICE e que estão desenvolvendo o chip SAMPA, “a ideia é que o chip desenvolvido no Brasil e que ainda está em fase de testes possa fazer um upgrade dos equipamentos a partir de 2020 e isso permita o ALICE operar com taxas de colisões mais altas, onde as colisões de alta multiplicidade possam ser mais frequentes e se estendam a multiplicidades mais altas”.

Ajudar a estabelecer de forma decisiva se o QGP pode realmente ser criado em colisões entre prótons é um dos grandes desafios dos pesquisadores e a vantagem de se estudar essas colisões é que os cientistas podem investigar as propriedades do QGP em um sistema muito mais simples que o pesquisado em colisões de íons pesados. Para o professor Marcelo Munhoz “é realmente fascinante estudar e procurar compreender quais processos físicos permitem a formação de um sistema tão complexo como o QGP em colisões entre prótons”.

As pesquisas e o protótipo do chip SAMPA receberam financiamento da FAPESP.

O artigo “Enhanced production of multi-strange hadrons in high-multiplicity proton–proton collisions”, publicado em 24 de abril de 2017 está disponível online em acesso livre no link da revista Nature Physics:

https://www.nature.com/nphys/journal/v13/n6/full/nphys4111.html

Contato:

Marcelo Gameiro Munhoz - IFUSP (011) 3091-6940 – E-mail: munhoz@if.usp.br

Data Publicação: 
segunda-feira, 19 Junho, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
segunda-feira, 31 Julho, 2017

Artigo em destaque na Physical Review Letters

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

"The Wigner entropy production rate

Autores: Jader P. Santos, Gabriel T. Landi, and Mauro Paternostro
Physical Review Letters -Editors’ Suggestion - 118, 220601 – Published 1 June 2017

O artigo “The Wigner entropy production rate”, de autoria dos pesquisadores brasileiros Jader P. Santos (Universidade Federal do ABC), Gabriel T. Landi (Instituto de Física da USP) e Mauro Paternostro (Queen’s University Belfast, da Irlanda do Norte), foi publicado como sugestão dos editores na prestigiada revista Physical Review Letters. Esta revista teve fator de impacto de 7.645 do PRL para 2015, de acordo com o Journal Citation Reports Science Edition de 2015 (Thomson Reuters, 2016).

Resumo do artigo:

Irreversibilidade representa um dos principais conceitos da termodinâmica, tendo sua origem nos trabalhos seminais de Carnot e Clausius.

Quantificar a irreversibilidade de um processo constitui uma tarefa de crescente importância tecnológica, pois permite estimar as perdas ocorridas durante um processo. Apesar deste conceito inicialmente ter sido desenvolvido para sistemas macroscópicos, ele encontra diversas aplicações em sistemas microscópicos como, por exemplo, motores biológicos, nano-dispositivos e tecnologias quânticas, como computação e comunicação quânticas.

Este último caso, em particular, se enquadra no problema de sistemas quânticas abertos (ou seja, em contato com um reservatório). Apesar da importância tecnológica desses sistemas, não existe atualmente um formalismo unificado para estimar a irreversibilidade de um processo.

O artigo que foi publicado na revista Physical Review Letters diz respeito a um trabalho de pesquisa financiado pela FAPESP e CAPES, que desenvolveu um modelo teórico para tratar da questão da irreversibilidade de sistemas quânticos abertos usando o conceito de produção de entropia no espaço de fase. Os autores consideraram um sistema bosônico descrito pela função de Wigner, permitindo a manipulação do sistema no espaço de fase em termos de uma equação de Fokker-Planck quântica. Eles então mostraram que a entropia da função de Wigner fornece uma medida da desordem do sistema que engloba tanto as flutuações térmicas quanto as flutuações quânticas e, cuja produção de entropia associada, servia como uma medida de irreversibilidade.

Os pesquisadores mostraram que é possível identificar correntes de probabilidade do sistema quântico que representam a componente irreversível da dinâmica e que estão diretamente relacionadas com o grau de irreversibilidade de um processo. Segundo Gabriel Landi , docente do Instituto de Física da USP, a inovação da pesquisa está em fornecer uma medida simples para estimar a irreversibilidade de um sistema que pode ser diretamente acessada experimentalmente.

O trabalho pode ser visualizado através do link:

https://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/PhysRevLett.118.220601

Contatos:

Gabriel Teixeira Landi - IFUSP (011) 3091-6776 – E-mail: gtlandi@if.usp.br

Jader Pereira dos Santos – Pesquisador da UFABC – E-mail: jader.pereira.santos@gmail.com

Mauro Paternostro - (Queen’s University Belfast) - E-mail: m.paternostro@qub.ac.uk

 

Data Publicação: 
segunda-feira, 5 Junho, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 30 Junho, 2017

Pesquisa publicada do experimento GoAmazon

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Imagem: divulgação LBA e GoAmazon

Pesquisas do experimento GoAmazon revelam novas complexidades das emissões de compostos orgânicos voláteis

Autores:

Assinam o artigo 22 autores, entre eles: Paulo Artaxo (Instituto de Física da USP), Dasa Gu e Alex Guenther (Universidade da Califórnia), Scot Martin, (Universidade de Harvard), Rodrigo Souza (Universidade do Estado do Amazonas - UEA), e Oscar Vega (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN).

Revista Nature Communications, publicado em 23 de maio de 2017.

Cientistas brasileiros, americanos e europeus chegaram à conclusão de que as emissões de isopreno na floresta amazônica são muito maiores do que apontavam resultados anteriores. Um trabalho publicado na revista Nature Communications em 23 de maio (DOI: 10.1038/ncomms15541), reportando resultados do “Experimento GoAmazon 2014/2015” sobre as propriedades da atmosfera no entorno da cidade de Manaus, Amazonas, mostrou como as emissões urbanas de Manaus interagem com as emissões da floresta. Para isso, realizaram medidas detalhadas em solo e no perfil vertical da atmosfera, utilizando aviões até 15 quilômetros de altura.

Após extensas medidas com o avião de pesquisas Gulfstream G1, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, os pesquisadores concluíram que as emissões de isopreno são aproximadamente três vezes maiores do que os valores obtidos através de medidas por satélites. De acordo com o físico Paulo Artaxo, da USP, um dos autores deste estudo da Nature, a importância desta descoberta está no fato de que o isopreno é um dos principais gases precursores da formação de ozônio, o que afeta a capacidade oxidativa da atmosfera.

“A floresta, em seu metabolismo, emite uma série de compostos orgânicos voláteis biogênicos, sendo o de maior intensidade o isopreno. Estamos entendendo melhor como funcionam os complexos processos atmosféricos na região, pois a oxidação do isopreno produz partículas de aerossóis e também afeta profundamente a química da formação de ozônio”, explica Artaxo.

Segundo ele, também foi observado que as emissões variam “fortemente” com a elevação do terreno da floresta, fato jamais observado em medidas anteriores. Para uma elevação de 30 metros, o fluxo de isopreno foi de 6 mg/m2/h, enquanto o mesmo fluxo para uma elevação do solo de 100 metros forneceu valores de fluxo de isopreno de cerca de 14 mg/m2/h.  Não é clara a razão desse “curioso” efeito. “Pode ser causado por variações nas espécies de árvores, associada à alta biodiversidade da Amazônia, ou diferentes quantidades de água com a elevação do terreno. É também possível que em áreas mais altas, que possuem menor acesso à água, as plantas respondam a este stress emitindo mais isopreno”, acrescenta Artaxo.

Os dados foram também analisados por diversos modelos atmosféricos e de uso do solo, entre eles o “Model of Emissions of Gases and Aerosols from Nature (MEGAN)”, que auxiliou na interpretação entre os fluxos medidos e o que se espera da fisiologia das plantas e fatores meteorológicos. “Os vários modelos utilizados na interpretação dos dados resultaram em um importante impacto na fotoquímica regional e na qualidade do ar como resultados destas maiores emissões de isopreno”, salienta Artaxo.

Foram utilizados também os modelos “Community Land Model”, WRF-Chem, e o MEGAN, além de medidas do sensor MODIS e do “ASTER Global Digital Elevation Model (ASTER GDEM)” para a determinação da elevação do terreno com resolução de 30 metros. Artaxo destaca que estudos na Amazônia estão fornecendo conhecimentos importantes sobre processos químicos e físicos na atmosfera, tanto em áreas não impactadas pelo homem, quanto em áreas poluídas por emissões de queimadas ou emissões urbanas de Manaus.

Além de Artaxo, assinam o artigo mais 21 autores, entre eles Dasa Gu e Alex Guenther, da Universidade da Califórnia em Irvine, Scot Martin, de Harvard, Rodrigo Souza da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e Oscar Vega do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

O artigo está disponível online em acesso livre no link da revista Nature Communications:

https://www.nature.com/articles/ncomms15541

Contato:

Paulo Eduardo Artaxo Netto - IFUSP (011) 3091-7016 – E-mail: artaxo@if.usp.br

Data Publicação: 
quinta-feira, 25 Maio, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 30 Junho, 2017

Curso de Tecnologia do Vácuo para a Indústria

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

O curso de Tecnologia do Vácuo para a Indústria é gratuito e será realizado no Instituto de Física da Universidade de São Paulo, no período de agosto a novembro de 2017.

 

Este curso compreenderá aulas teóricas, seminários e atividades práticas. Serão apresentados alguns aspectos da teoria cinética dos gases, necessários para o estudo de sistemas de vácuo, conceitos de velocidade de bombeamento, condutâncias, escoamento de gases nos regimes molecular, viscoso e intermediário. Serão discutidos os mecanismos de operação de medidores de pressão, bombas de vácuo, vazamentos reais e virtuais, componentes, materiais e fontes de gases associadas com seus respectivos modelos, tais como: gás do volume, dessorção térmica, difusão, permeação, vaporização, etc.

 

As aulas teóricas serão complementadas através da realização de experimentos específicos, de suma importância para a interação dos estudantes com sistemas de vácuo, bem como para o aprendizado de tomada de atitudes durante o processo de escoamento de gases nos diferentes regimes.

 

As aulas serão ministradas no Instituto de Física da USP às segundas-feiras e terças-feiras das 19h30min às 22h30min, no período de agosto a novembro de 2017. O início das aulas está previsto para o dia 07 de agosto e o término para o dia 14 de novembro de 2017.

 

As inscrições estão abertas a partir de 24 de maio até dia 14 de julho de 2017.

 

Os candidatos selecionados serão informados até dia 01 de agosto de 2017 e deverão confirmar a presença no curso. Para a aceitação do candidato no curso é necessária a apresentação de uma carta solicitando sua inscrição, feita pela Empresa ou Instituição do candidato. Serão limitadas as inscrições para no máximo dois participantes por empresa. Para que o participante tenha direito ao certificado de conclusão do curso é necessário o comparecimento em 85% das atividades programadas.

 

As inscrições podem ser feitas no site da Comissão de Cultura e Extensão do IFUSP

(http://portal.if.usp.br/extensao/).

Número de vagas: 20

Para maiores informações sobre o curso acesse os sites:

http://web.if.usp.br/tecvac

http://portal.if.usp.br/extensao/

Data Publicação: 
quarta-feira, 24 Maio, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 14 Julho, 2017

Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas

As olimpíadas, de um modo geral, são uma excelente oportunidade para estimular os estudantes, levando-os a refletir sobre um domínio do conhecimento. Tem sido assim na área de matemática, com uma olimpíada nacional organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o IMPA, agora apoiada como uma iniciativa de Estado pelo Ministério da Educação. 

A Sociedade Brasileira de Física vem mantendo a Olimpíada de Física das Escolas Públicas em nível nacional desde 2012. Segundo o Prof. Marcelo Martinelli, docente do Departamento de Física Experimental do IFUSP, que está à frente da coordenação regional de São Paulo da OBFEP, desde 2015, “a ideia é despertar nos jovens o interesse pela ciência, mostrando o lado lúdico do conhecimento, revelando talentos e mostrando a eles caminhos possíveis para a realização pessoal através do estudo. Queremos ainda integrar as escolas, divulgando o material de anos anteriores e sugerindo experimentos simples e baratos para demonstrar os fundamentos do método científico”.

Em São Paulo, a abrangência relativa da olimpíada está ainda muito limitada, restrita a menos de 400 escolas, algo como 2% do total de estabelecimentos públicos no Estado. Para o Prof. Marcelo, “em se tratando do Estado de São Paulo, isto é muito pouco. Cabe a nós estender esta oportunidade e revelar os talentos em cada canto.” Ainda para o coordenador, “a melhor parte da experiência é trazer, ao final de cada evento, os jovens para dentro da universidade, mostrar-lhes os centros de pesquisa no Estado, e passar-lhes a mensagem que cada um deles é esperado nestes centros. A universidade é deles, queremos que eles venham se juntar a nós!”.

O credenciamento das unidades escolares será de 1º de junho a 15 de julho.

Maiores informações podem ser obtidas através do site:

http://www.sbfisica.org.br/~obfep/obfepbemvindo/

  Calendário 2017

Programação

Período

Credenciamento de Escolas

De 1° de junho a 15 de julho

Prova (nas escolas) da 1ª Fase

08 de agosto
(terça-feira)

Divulgação do pré-gabarito da prova da 1ª Fase para os coordenadores estaduais

Até 14 de agosto

Divulgação do gabarito final da prova da 1ª Fase pela Comissão da OBFEP

Até 21 de agosto

Data máxima para que os professores cadastrem na área a eles restrita os alunos que fizeram a 1ª Fase com as notas obtidas e indiquem o nome do professor de cada aluno.

Até 30 de agosto

(quarta-feira)

Data máxima para divulgação pela Comissão da OBFEP do número mínimo de acertos necessários para o estudante ser classificado para a 2ª Fase e a relação dos alunos classificados

Até 05 de setembro

(terça-feira)

Confirmação dos lugares-sedes, Centros de Aplicação, para aplicação da 2ª Fase

Até 11 de setembro

(segunda-feira)

Prova (nas Sedes, Centros de Aplicação) da 2ª Fase

21 de outubro

(sábado)

Data máxima para o professor responsável pela OBFEP em cada Sede, Centro de Aplicação,  postar nos Correios (por Sedex) os Cadernos de Resolução das provas da 2ª Fase.

24 de outubro

(terça-feira)

Divulgação dos resultados finais da OBFEP 2017

Até 28 de fevereiro de 2018

Divulgação do edital do concurso de ilustrações da OBFEP 2016

Julho de 2017

Data final do envio (postagem) da arte para o concurso de ilustrações da OBFEP

31 de outubro de 2017 (terça-feira)

 

Data Publicação: 
quarta-feira, 24 Maio, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sábado, 15 Julho, 2017

Pesquisa em destaque no Journal of Physics G

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

"Diffractive ρ production at small x in future electron–ion colliders”

Autores: D. Spiering, V.P. Gonçalves, F.S. Navarra
 

Journal of Physics G (Highlights de 2016)

O artigo “Diffractive ρ production at small x in future electron-ion colliders”, de autoria de três pesquisadores brasileiros foi escolhido para fazer parte da seleção dos Highlights de 2016 do Journal of Physics G. Esta seleção é feita todos os anos pelos editores, que escolhem os cinco ou seis melhores trabalhos publicados em cada área.

O trabalho do grupo brasileiro foi escolhido como um dos seis melhores de 2016 em física de partículas.

Resumo do artigo:

Um dos objetivos importantes da física de partículas atualmente é a compreensão da estrutura dos hádrons (por exemplo, prótons, nêutrons, píons, etc.) e dos núcleos no regime de energias do Grande Colisor de Hádrons (LHC). A teoria das interações fortes – a Cromodinâmica Quântica ou QCD – prevê que o número de glúons no interior de um hádron cresça com a sua energia e ele se transforme num sistema de alta densidade de partículas.

Neste regime de energia espera-se que novos efeitos dinâmicos se manifestem e que o crescimento atinja um limite denominado “limite de saturação”. O sistema denso assim formado é conhecido como o “condensado do vidro de cor” (em inglês, CGC). Durante os últimos anos, um grande número de artigos foi dedicado à questão: “como verificar experimentalmente a existência deste estado?”. Os pesquisadores brasileiros demonstraram que um bom lugar para observar o CGC (e conhecer a estrutura dos hádrons a altas energias) é nas colisões entre elétrons e núcleos.

O artigo que foi destacado pelos editores do Journal of Physics G é um estudo teórico de colisões elétron-núcleo a altas energias. Nele foram apresentadas previsões para a produção exclusiva do méson rho. Foi demonstrado que esse processo é sensível às propriedades da estrutura hadrônica.  Um evento onde o CGC se manifesta com clareza é a reação elétron + núcleo à elétron + núcleo + rho, chamada de produção coerente de mesons rho. De forma inédita os autores do artigo mostraram como os efeitos do CGC aparecem na distribuição de momento transferido entre o fóton (emitido pelo elétron) e o núcleo. Mais especificamente no deslocamento dos mínimos desta função. Tais predições serão colocadas à prova quando o futuro Colisor Elétron-Íon estiver em funcionamento.      

O trabalho pode ser visualizado através do link:

http://iopscience.iop.org/article/10.1088/0954-3899/43/9/095002

Contatos:

Fernando Silveira Navarra - IFUSP (011) 3091-6716 – E-mail: navarra@if.usp.br

Diego Spiering Pires – IFUSP (011) 3091-3067 – E-mail: spiering@if.usp.br

Victor Paulo Barros Gonçalves - UFPel (Universidade Federal de Pelotas) - (053) 3275-7574 – E-mail: barros@ufpel.edu.br

 

Data Publicação: 
quinta-feira, 18 Maio, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 30 Junho, 2017

Pesquisa em destaque na Chemical Communication

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Crédito da imagem: Christine E.A. Kirschhock

"Hierarchical self-supported ZnAlEu  LDH nanotubes hosting luminescent CdTe quantum dots"

Revista Chemical Communication

 

Como forma de reconhecimento internacional do seu trabalho, o professor Danilo Mustafa do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica foi convidado para publicar um artigo na edição especial: “Emerging Investigators Issue 2017” da renomada revista Chemical Communication (fator de impacto: 6.6) da Royal Society of Chemistry – RCS. Este número especial anual mostra pesquisas realizadas por cientistas internacionalmente reconhecidos e também por pesquisadores em ascensão nos estágios iniciais de suas carreiras e que estão fazendo contribuições significativas para seus respectivos campos.

O artigo intitulado “Hierarchical self-supported ZnAlEu LDH nanotubes hosting luminescent CdTe quantum dots”, aceito pelo jornal, tem como primeiro autor o estudante Alysson Ferreira Morais que faz seu doutorado sob orientação do professor Danilo Mustafa. O trabalho mostra pela primeira vez a estruturação de LDHs (Hidróxidos Duplos Lamelares) na forma de nanotubos auto sustentados com grande área superficial e mesoporos cilíndricos acessíveis, e sua interação com quantum dots luminescentes de CdTe. Essa morfologia única e a possibilidade de interação com diferentes espécies oferece grande oportunidade nas áreas de catálise, dispositivos e materiais biológicos ativos (ex: drug delivery).

O trabalho pode ser visualizado através do link:

http://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2017/cc/c7cc02097j#!divAbs...

Contatos:

Danilo Mustafa (3091-6888) – E-mail: dmustafa@if.usp.br

Alysson Ferreira Morais (3091-6982) – E-mail: afmorais@if.usp.br

 

 

Data Publicação: 
terça-feira, 16 Maio, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
sexta-feira, 30 Junho, 2017

Pesquisa sobre detectores gasosos de radiação

Da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP:

Foto: Detector gasoso de radiação – Divulgação – IFUSP

Descrição: Aspecto da montagem de um dos protótipos de 10x10 cm^2, antes da sua selagem e imersão em uma mistura gasosa à base de argônio

JOVEM PESQUISADOR DO IFUSP PARTICIPA DE PROJETO QUE ESTÁ DESENVOLVENDO DETECTORES GASOSOS DE RADIAÇÃO EM PARCERIA COM O CERN

O pesquisador Hugo Natal da Luz do High Energy Physics and Instrumentation Center (HEPIC) do Instituto de Física da USP iniciou em novembro de 2016 um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP como Jovem Pesquisador. O projeto consiste no desenvolvimento e aplicações de detectores gasosos de radiação baseados em microestruturas, para além do trabalho realizado no âmbito do experimento ALICE (A Large Ion Collider Experiment), sigla em inglês que designa um dos experimentos desenvolvidos no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN). Segundo o jovem pesquisador, “protótipos de detectores são encomendados ao CERN, mas neste momento, já estamos construindo os nossos integralmente na USP e com participação da indústria paulista, inclusive as microestruturas que fazem a amplificação dos elétrons”.

O desenvolvimento de novos modelos de detectores gasosos está relacionado à rápida evolução que as áreas de pesquisa da Física Nuclear e de Partículas vêm experimentando, principalmente, àquelas que estão relacionadas com aplicações em Física de Altas Energias. Apesar de serem mais utilizados nessa área da Física, há um espectro de possíveis aplicações que vão ser levadas a cabo neste projeto. Essas aplicações incluem o estudo do patrimônio histórico e cultural, com análise de objetos por imagem de fluorescência e de transmissão de raios X e várias técnicas relacionadas com a detecção de nêutrons, em colaboração com o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares). 

Estes tipos de detectores apresentam algumas vantagens em relação aos detectores de estado sólido, principalmente, o baixo preço para grandes áreas de detecção. Hoje em dia é possível construir detectores para realizar o trabalho de medição em áreas de vários metros quadrados a um preço não proibitivo. Além disso, é possível medir simultaneamente a posição e a energia depositada pela passagem da radiação no detector, possibilitando uma quantidade maior de informação na análise de amostras. Por exemplo, numa imagem de raios X, é possível ter a informação da distribuição espacial dos vários elementos em uma amostra, muito útil, por exemplo, em trabalhos na área da geologia, na análise de obras de arte, na fiscalização e controle de cargas em containers, na varredura de espaços com riscos de explosão ou contaminação por radiação, etc.

Para o jovem pesquisador do IFUSP, este projeto está na fronteira entre a Engenharia e a Ciência Aplicada e, além da pesquisa em si, o seu grupo realiza tarefas diversificadas que vão desde a construção das partes mecânicas dos detectores, à eletrônica, passando pela montagem dos sistemas de misturas gasosas, o desenvolvimento das ferramentas de software de aquisição, processamento e análise dos dados coletados.

A introdução desta tecnologia no Brasil abriu as portas para a geração de conhecimento em várias áreas das ciências exatas, mas também, tem o potencial de favorecer as ciências sociais e humanas na medida em que as aplicações desenvolvidas proporcionarão ferramentas de medida que podem ser utilizadas, por exemplo, na História da Arte ou na Arqueologia.

CONTATO:

Hugo Natal da Luz
HEPIC - High Energy Physics and Instrumentation Center
Instituto de Física da Universidade de São Paulo
Tel.: +55(11) 3091-6954 / 837 – E-mail: hugonluz@if.usp.br

Data Publicação: 
terça-feira, 25 Abril, 2017
Data de Término da Publicação da Notícia: 
quarta-feira, 31 Maio, 2017

Páginas

Desenvolvido por IFUSP