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Sobre a publicação, comenta o pesquisador Márcio Varella: "A ubiquinona, também conhecida como coenzima Q10 (CoQ10), é uma molécula que desempenha papel de aceitador na cadeia de transferência eletrônica associada à respiração celular. Nosso estudo, uma colaboração entre grupos teóricos e experimentais, investigou a interação de elétrons com a coenzima Q0 (CoQ0), protótipo da ubiquinona, bem como sua forma reduzida, CoQ0H_2. Para ambas as moléculas, foi observada estabilidade inusual, em comparação a moléculas orgânicas de tamanho similar, na medida em que reações de fragmentação de ânions formados por captura eletrônica se mostraram raras. Embora o estudo tenha sido conduzido com moléculas isoladas, esperamos que a estabilidade dos ânions possa ser relevante à atividade biológica da ubiquinona, uma vez que atua como aceitadora da elétrons."
>> O artigo tem livre acesso pode ser conferido na íntegra AQUI.
O Brasil assinou no último dia 2 de março a sua adesão como membro ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), sede do acelerador de partículas LHC. Esta não é a etapa final do ingresso: a proposta ainda precisa ser ratificada no Congresso Nacional e no Senado. Mesmo assim, trata-se de um importante passo – foram 12 anos de tratativas entre países até o acordo ser firmado. Até agora, o Brasil atua nos experimentos por meio de instituições associadas, como universidades, incluindo a USP.
Para os pesquisadores brasileiros, uma vantagem é que membros associados podem participar de estágios e contratações pelo Cern, além de ter representantes do País nos conselhos da instituição. “Do ponto de vista da política científica, a associação como membro também abre uma oportunidade para os pesquisadores colaborarem em conexão com o setor produtivo do País, que será fornecedor do Cern”, explica ao Jornal da USP Marco Leite, pesquisador no Instituto de Física da USP e no Atlas, um dos sete experimentos que compõem o LHC.
Como outros membros, o Brasil deverá fazer uma contribuição anual ao Cern, cuja variação do porcentual é atrelada ao PIB. Para quem se pergunta se temos condições ou se isso é interessante para uma nação como o Brasil, Leite lembra que não são apenas países das maiores economias que são membros. “Croácia, Índia, Lituânia, Paquistão, Turquia e Ucrânia já aderiram e estão no pré-estágio da associação Eslovênia e Chipre”, exemplifica. Saiba mais...
Imagem: Experimento Atlas, do LHC – Foto: Maximilien Brice/Cern
Batizada de A ConsCIÊNCIA pelo Conhecimento, grafada assim para ressaltar o papel da ciência, a série tem como convidados para a estreia Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), e Rubens Freire, secretário executivo de Ciência e Tecnologia. A transmissão ao vivo começa às 18 horas, no canal da Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia no YouTube.
O IPCC, que é o o painel cientifico para o clima da ONU, lançou no começo do seu sexto relatório em que alerta para os riscos que a humanidade vai enfrentar nas próximas duas décadas por conta do aquecimento global. E, a cada relatório divulgado, os alertas são mais diretos e mais graves. “No Nordeste, há locais onde a precipitação já diminuiu em média 30% e a temperatura já aumentou 2ºC. Portanto, temos uma região que era semiárida, onde já chovia pouco; com uma redução dessa precipitação, nós podemos chegar em uma região árida”, alertou Artaxo, em entrevista à revista National Geographic, em agosto passado. “E, com isso, o Brasil vai ter que decidir o que vai acontecer com os milhões de nordestinos que podem estar vivendo numa região onde, basicamente, a agricultura de subsistência pode não mais ser possível”. Saiba mais...
O projeto aeroespacial Zeus-22 tem lançamento de um foguete previsto para o dia 7 de setembro de 2022, quando se comemora a Independência do Brasil. Mais de 50 estudantes de dois grupos de estudos ligados à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo (USP), são os desenvolvedores do projeto.
O Zenith Aerospace e o Topus Projetos Aeroespaciais são grupos de competição e pesquisa extracurriculares vinculados à EESC-USP, no entanto o projeto inclui também estudantes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e Instituto De Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da universidade, além de alunos do Instituto Federal de São Paulo de São Carlos (IFSP).
O projeto conta atualmente com 55 pessoas no grupo de desenvolvimento, todos alunos de graduação da USP e do IFSC. Os três diretores do Zeus-22 são alunos da graduação. A iniciativa éda empresa WallJobs, que oferece apoio administrativo aos estudantes. Saiba mais...
O quadro epidemiológico da pandemia está evoluindo de forma favorável para o retorno integral das atividades presenciais na Universidade de São Paulo (USP), marcado para ocorrer no próximo dia 14. Mais de 80% da população do Estado já completou seu esquema vacinal contra a covid-19; todos os indicadores negativos da pandemia — número de novos casos, óbitos e internações — estão em queda; e a tendência é que continuem a cair nas próximas semanas, segundo a professora Ester Sabino, da Faculdade de Medicina da USP.
“Acho que os números tendem a ser cada vez menores, mesmo com o aumento da mobilidade e com o início das aulas”, afirma a especialista, que integra a Comissão Assessora de Saúde da Universidade e foi a convidada do Boletim USP-Covid desta semana. Saiba mais...
O edital oferece apoio financeiro e logístico a programas de pesquisa nas seguintes áreas: “aprendizado de máquinas”, “astronomia de multimensageiros”, “mudanças climáticas: complexidade e sustentabilidade” e “informação quântica”.
As propostas apresentadas deverão ser orientadas para a abordagem e a solução de problemas estratégicos e de grande relevância nas respectivas áreas. Espera-se que o proponente apresente com clareza o problema a ser abordado, discuta a oportunidade da temática escolhida, descreva os objetivos, os passos necessários para avançar na solução da questão e demonstre a capacidade de congregar as competências nacionais e estrangeiras necessárias para esse fim. Os selecionados receberão um aporte de, no máximo, R$ 100 mil.
Os programas podem ter duração de duas a oito semanas e até três proponentes responsáveis, que devem ser pesquisadores com título de doutor e vínculo empregatício em instituições nacionais e/ou internacionais. Saiba mais...
Imagem: Propostas podem ser submetidas até 25 de março nas seguintes áreas: “aprendizado de máquinas”, “astronomia de multimensageiros”, “mudanças climáticas: complexidade e sustentabilidade” e “informação quântica” (foto: Léo Ramos Chaves/Agência FAPESP)
O acordo foi assinado por Marcos Pontes, ministro da Ciência Tecnologia e Inovações e, segundo ele, permitirá maior intercâmbio de pesquisadores e envolvimento de entidades brasileiras em projetos internacionais.
Em uma declaração, Pontes comentou que o acordo representa uma espera de 12 anos da comunidade científica e do setor produtivo no Brasil, e que a participação brasileira no CERN terá investimento anual, coberto pela pasta. “Certamente é um investimento com altíssimo retorno para o país e tem implicações positivas muito boas para o futuro da ciência, da tecnologia e das inovações no país”, disse.
A participação brasileira no centro tem importância que se estende por áreas variadas. “O primeiro aspecto é o científico, a possibilidade de intercâmbio de pesquisadores, a possibilidade dos nossos pesquisadores brasileiros poderem utilizar as instalações de pesquisa do CERN”, explicou Pontes. Já o outro envolve o setor produtivo do país. “Temos, no Brasil, o [acelerador de partículas] Sirius, que foi 87% desenvolvido pela indústria nacional”, observou ele. Saiba mais...