IFUSP na Mídia

Artigo | Clastic sedimentary record impacted by carbonate bioclasts in the Late Ediacaran

Dos autores Gabriel Osés, Jhon WL Afonso, Rachel Wood, Bernardo Freitas, Guilherme Romero, Gustavo Paula-Santos, Sergio Caetano-Filho, Mírian Pacheco, Cleber Rodrigues, Tiago F Silva e Kamilla B Amorim.
Publicado em Geological Magazine.
Com informações do pesquisador Gabriel Osés.
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A Paleometria é uma área de estudo que aplica técnicas de física e química para desvendar informações a partir do estudo de fósseis, e é uma das linhas de pesquisa desenvolvidas no IFUSP pelo Laboratório de Arqueometria e Ciências Aplicadas ao Patrimônio Cultural (LACAPC). Um artigo recém-publicado na Geological Magazine, desenvolvido com participação dos laboratórios LACAPC e LAMFI, revelou importantes resultados sobre o final do período Ediacarano (aproximadamente 542 milhões de anos atrás). Por meio de técnicas avançadas de imageamento e análise composicional, foram identificados grossos fragmentos dos primeiros animais com esqueletos em uma matriz de rocha mais fina. Esses fragmentos formam estruturas sedimentares que ajudam a interpretar as condições ambientais da época. O estudo representa uma das primeiras evidências de como os esqueletos reestruturaram o registro sedimentar. 

O trabalho contou com importantes colaborações, incluindo uma pesquisadora da Universidade de Edimburgo, além de uma equipe multidisciplinar composta por geólogos, biólogos e físicos. Durante o desenvolvimento da pesquisa, as técnicas analíticas destacaram evidências pouco perceptíveis por métodos convencionais de microscopia óptica, demonstrando a eficácia de abordagens mais sofisticadas para a análise de fósseis e sedimentos.  
 
Com base nas descobertas, a próxima etapa da pesquisa buscará uma reconstrução mais ampla do paleoambiente do final do Ediacarano, ampliando o conhecimento sobre as condições da Terra nesse período crucial para a evolução da vida.  
 
O estudo foi realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), sob os processos nº 2017/21584-1, 2021/07007-7, 2016/06114-6, 2022/11586-5, 2023/04501-6, 2022/06485-5 e 2023/14250-0, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), bolsa nº 141115/2017-3.
 
 


Ilustração: Eduardo Lira.

 

Artigo | Oxidative Stress and Lipid Profile During Acute Phase of COVID-19 Infection and After Recovery: Evidence of a Sequel in LDL

Dos autores Zahra Lotfollahi, Luana dos S. Neres, Andressa F. Mathias, Maria C. P. de Freitas, Flávia de C. Cartolano, Ana C. Varella, Paulo A. Lotufo, Alessandra C. Goulart, Nágila R. T. Damasceno, Juliana B. de Andrade, Ricardo A. Fock e Antonio M. Figueiredo Neto.
Publicado em Brazilian Journal of Physics.
Comentários do pesquisador Antonio M. Figueiredo Neto.
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Estresse oxidativo e perfil lipídico durante a fase aguda da infecção por COVID‑19 e após a recuperação: evidência de uma sequela na LDL

Este estudo teve como objetivo investigar a aterogenicidade das partículas de LDL (do Inglês, Low-Density Lipoprotein) em pacientes com infecção aguda e recuperados da COVID-19. O trabalho é uma colaboração multidisciplinar no âmbito do INCT de Fluidos Complexos, com sede no IFUSP, no qual físicos, nutricionistas, médicos e bioquímicos investigaram, por meio de diferentes técnicas experimentais, as LDLs de pacientes durante a infecção e após a sua recuperação. Uma interessante comparação é feita com pessoas que nunca tiveram contato com o vírus. Os participantes eram adultos, com 18 anos ou mais, de ambos os sexos. Aqueles com resultados positivos de RT-PCR na linha de base foram incluídos no grupo COVID-19 aguda, e aqueles com RT-PCR negativo seis meses após a infecção aguda, foram incluídos no grupo COVID-19 recuperado. A qualidade do LDL foi avaliada usando três métodos validados:

Varredura-Z (ou Z-Scan - ZS), espectroscopia UV-visível e sistema Lipoprint. O grupo COVID-19 recuperado apresentou números significativamente maiores de partículas grandes de LDL (menos aterogênicas) do que o grupo COVID-19 aguda. Também descobrimos que a infecção por COVID-19 foi associada à modificação oxidativa das partículas de LDL. Os níveis de dímero D e PCR foram correlacionados com os resultados de ZS e a estimativa da quantidade de antioxidantes. Além disso, notamos que a infecção deixou uma sequela na qualidade da LDL, mesmo após seis meses de recuperação, tornando-a mais aterogênica. A qualidade das partículas de LDL em pacientes com COVID-19 melhorou após a recuperação. O aumento significativo nos parâmetros físicos após a recuperação de pacientes com COVID-19 e o aumento da grande subfração de LDL observada pelo experimento Lipoprint apoiam essa descoberta. Apesar disso, comparando nossos resultados atuais de pacientes recuperados com os de experimentos anteriores por nós realizados, com pacientes que nunca tiveram contato com o vírus da COVID (portanto, LDLs de pacientes analisadas antes de 2019) notamos que a infecção deixou uma sequela na qualidade do LDL, mesmo após 6 meses de recuperação. Essas descobertas destacam a importância do monitoramento de lipídios durante e após a recuperação da infecção por COVID-19. Seu potencial efeito deletério no perfil do LDL pode estar correlacionado com a progressão da aterosclerose e resultados clínicos ruins em exames de sangue.
 
Apoio: INCT-FCx, CNPq, FAPESP, CAPES
 
 


Imagem: Montagem sobre figura original do artigo.
 

Artigo | Structural investigation of antisite-disordered FeGa3 under high-pressure

Dos autores Aryella F. Rabello, Cauê K. Ribeiro, Valentina Martelli; Nenad Velisavljevic, Dmitry Popov, Yuming Xiao, Giovanni Hearne e J. Larrea Jiménez
Publicado em AIP Conference Proceedings.
Texto do autor Julio Larrea.
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Trabalho dos doutorandos Aryella Faé Rabello e Cauê Kaufmann Ribeiro, sob orientação do Prof. Julio Larrea Jiménez (LQMEC – IFUSP), foi recentemente publicado na revista AIP Conference Proceedings. O trabalho é resultado de uma colaboração internacional com pesquisadores do Argonne National Laboratory (ANL, Estados Unidos) e da Universidade de Johannesburg (UJ, Sul África). Usando a técnica de difração de raio-X (raios-X) em pressões muito altas (até 40 GPa) no Sincrotron ANL e com um estudo refinado dos dados experimentais através de métodos de análises de dados no estado da arte, se encontrou parâmetros microestruturais e simetrias locais dos arranjos atômicos em presença de desordem atômica chamada de antístio. Nossos resultados são promissores para estabelecer uma nova rota de induzir novos estados quânticos correlacionados a partir da seleção de um tipo de desordem atômico, fato atípico em materiais quânticos funcionais.

A procura por materiais que apresentem estados quânticos correlacionados é de extrema relevância para elaborar plataformas que permitam compreender a física quântica de muitos corpos e os limites da termodinâmica, i.e., as transições de fase quântica que emergem na temperatura do zero absoluto. 

Um dos critérios esperados teoricamente para a realização de um material que hospede estados quânticos correlacionados é que este apresente uma estrutura cristalina livre de desordem atômica ou também conhecido como “pristino”. Esta condição não pode ser satisfeita em um material real, já que a desordem atômica é inerente à matéria. Para certas simetrias de arranjo de átomos, e atendendo a sua configuração eletrônica, alguns métodos de sínteses de materiais inovativos têm sido elaborados em poucos laboratórios no mundo, causando uma escassez de ligas de materiais considerados próximos a serem prístinos. A pesquisa nestes materiais se torna ainda mais exclusivo quando o estudo dos estados quânticos coletivos é feito a partir da modificação das interações fortes entre carga, spin e orbital dos elétrons usando condições extremas de altas pressões e intensos campos magnéticos (evitando a modificação do ambiente prístino). Dentro deste cenário, a atual comunidade da física da matéria condensada enfrenta um desafio, onde a escassez de evidências experimentais de tais estados quânticos coletivos em materiais reais,  se comparado às predições teóricas, deixa uma pergunta em aberto: Qual é o verdadeiro papel da desordem atômica na formação dos estados quânticos coletivos?

Nossa pesquisa apresenta uma estratégia em contribuir para responder esta pergunta.  O aluno de doutorado Cauê Kaufmann Ribeiro teve sucesso na síntese do semicondutor FeGa3 com a inclusão de uma pequena porcentagem de desordem atômica, chamada de antísitio de Fe. Este tipo de defeito atômico pode ser concebido, como uma invasão do Fe em um dos sítios de diferente simetria do Ga; ou em outras palavras, o excesso de Fe entra em lugar que não lhe corresponde. A diferença da desordem atômica aleatória, onde existem diferentes defeitos atômicos (vacâncias, intersitios, etc), em nosso material conseguimos escolher um único tipo de defeito, o antísitio de Fe. Esta distinção é muito importante, já que previa literatura reporta que o FeGa3 chamado de prístino e sintetizado por diferentes laboratórios, apresenta marcadas diferenças no transporte elétrico, muito possivelmente, originado pela influência da desordem aleatória. Para nosso caso, com ajuda de nossas facilidades instrumentais e colaboradores no laboratório LQMEC, conseguimos encontrar uma resposta reproduzível das propriedades físicas para o FeGa3 em presença de similares concentrações de antísitio de Fe. Ainda mais interessante, com a inclusão de antísitio de Fe, surgem novos estados em nosso material, além de semicondutor este também se ordena magneticamente.

Nossas descobertas despertou o interesse de colaboração do grupo de Condições extremas no ANL, liderado pelo Prof. Nenad Velisavljevic. A partir de um tempo de linha para elaborar experimentos de difração de raios-X em altas pressões até 40 GPa, e análises sofisticadas de dados feita pela aluna Aryella Faé Rabello, nossa interpretação dos resultados revela que nosso material apresenta uma transição de estrutural entorno  de 18 GPa. Além disso, nosso material FeGa3 na presença do defeito antísitio de Fe, parece ser mais duro mecanicamente se comparado com sua equivalente prístino, fato contra intuitivo quando se compara um material ordenado e desordenado na estrutura cristalina (exemplo, a comparação entre um metal e um vidro). Portanto, nossos resultados sobre as características estruturais de nosso material em presença de um tipo de defeito, o antísitio do Fe, abre uma nova rota para entender como os estados quânticos coletivos associados com a ordem semicondutora e magnética jogam uma sinergia com a robustez da estrutura cristalina de nosso material.  

Nossa pesquisa vai além do conhecimento fundamental. Entender que interações fundamentais ou mecanismos estabilizam um comportamento coletivo dos estados quânticos é primordial para a geração de materiais quânticos funcionais com uso na tecnologia quântica, uma vez que estes oferecem múltiplas propriedades físicas a menor custo energético. Nossa proposta visa produzir estes materiais quânticos em uma situação mais real com presença de desordem escolhida, oferecendo sobre esta nova configuração de desordem uma maior variedade de estados quânticos correlacionados e com propriedades estruturais mais robustas. 

Como futuros planos, o grupo do Prof. Larrea do LQMEC e colaboradores continuam elaborando novos materiais sobre a influência de um tipo de desordem peculiar, colocando assim novos desafios para elaboração de modelos teóricos mais realistas. Para isto último, o uso apropriado do machine learning pode também contribuir relevantemente nos cálculos mais acurados das energias de bandas e interações magnéticas em presença de fortes correlações eletrônicas induzidas por um tipo de desordem peculiar. Esperamos que controlando cada tipo de defeito nos permita entender o que papel desempenha a desordem estrutural na matéria quântica. Em particular, o presente estudo nos apresenta que o mundo quântico de muitos corpos pode parafrasear o seguinte ditado para o antísitio do Fe: 

“No lugar certo, algo pode brilhar mais”

Este trabalho contou com a colaboração na caracterização de propriedades físicas da Professora V. Martelli do LQMEC-IFUSP. Alem disso, devemos agradecer aos Professores D. Cornejo e M. Fantini, do IFUSP, por permitir acesso aos laboratórios de sínteses e primeiras caracterização com raios-X.  Esta pesquisa foi suportada pelos projetos FAPESP 2018/08845-3, 2019/24522-2, 2022/14202-3, 2020/01377-4 e 2018/19420-3, e CNPq 310065/2021-6.

Contato: Prof. Julio Larrea

 
 


Imagem: Montagem sobre figura original do artigo.
 

Artigo em Destaque | Competing magnetic states on the surface of multilayer ABC-stacked graphene

Dos autores Lauro B. Braz, Tanay Nag e Annica M. Black-Schaffer. 
Publicado em Physical Review B | Editors' Suggestion
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Doutorando IFUSP conquista destaque na Physical Review B: o artigo de Lauro Barreto Braz foi selecionado como sugestão dos editores da prestigiosa publicação. 

O trabalho, realizado em colaboração com Tanay Nag e Annica M. Black-Schaffer, investiga os estados magnéticos que emergem na superfície do grafeno empilhado em multicamadas ABC, impulsionados por bandas planas topológicas de energia zero. Através do uso da aproximação de fase aleatória, o estudo revela a presença de múltiplos estados magnéticos concorrentes, resultando em uma variedade de ordens magnéticas dependendo da intensidade das interações e da dopagem. Esta pesquisa não só avança o entendimento teórico sobre o grafeno romboédrico, mas também abre novas possibilidades para aplicações tecnológicas em materiais magnéticos e supercondutores.

 
 
 

Máquina de chuva: entenda a influência da Amazônia no clima global

Estudo publicado na Nature revela como emissões da floresta amazônica e descargas elétrica produzem partículas de chuva
Por Ciclo VIvo | Publicado em 11/12/24. Acesse AQUI.
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Um grupo internacional de pesquisadores, com destaque para a participação de brasileiros, conseguiu pela primeira vez desvendar o mecanismo físico-químico que explica o complexo sistema de formação de chuvas na Amazônia, com influência no clima global. Envolve a produção de nanopartículas de aerossóis, descargas elétricas e reações químicas em altitudes elevadas, ocorridas entre a noite e o dia, resultando em uma espécie de “máquina” de aerossóis que vão produzir nuvens.

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*Com participação do pesquisador Paulo Artaxo, do IFUSP.
 

Gás da floresta amazônica e tempestades de raios aceleram formação de nuvens

Árvores emitem isopreno que, a altitudes elevadas, reage com outras moléculas e aumenta em 100 vezes a produção de núcleos de condensação, as sementes das chuvas
Por Pesquisa FAPESP. Acesse AQUI.
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Dois artigos publicados na revista Nature desta semana mostram em detalhes a sequência de interações físico-químicas que permite a formação de enormes quantidades de partículas de aerossóis na alta atmosfera da Amazônia, a altitudes entre 10 e 15 quilômetros (km). Essas partículas são transportadas para diversas partes do globo em razão da circulação atmosférica e têm um papel importante na gênese dos núcleos de condensação das nuvens, o embrião das gotas de chuva, e também em outros parâmetros climáticos.

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*Com participação do pesquisador Paulo Artaxo, do IFUSP.
 

Colaboração internacional J-PAS divulga primeiros dados do mapeamento do Universo

Com participação de pesquisadores da USP, primeiros dados da pesquisa mostram a posição tridimensional de 100 mil estrelas e cerca de 450 mil galáxias.
Por Jornal da USP. Acesse AQUI.
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O projeto Javalambre Physics of the Accelerating Universe Astrophysical Survey (J-PAS) está disponibilizando à comunidade científica os primeiros 12 graus quadrados do mapa tridimensional do Universo, feito a partir do Observatório Astrofísico de Javalambre. A área estudada contém 550 mil objetos astronômicos e é apenas uma pequena amostra de toda a área de pesquisa, que observará milhares de graus quadrados ao longo de dez anos. 

O professor Raul Abramo, do Instituto de Física (IF) da USP e um dos fundadores do projeto, explica que num enquadramento de 8 mil graus quadrados será possível identificar cerca de 1 bilhão de objetos espaciais. O cientista diz que existem várias maneiras de observar o Universo e que cada telescópio, de acordo com sua abordagem técnica, pode fazer isso de maneira diferente: alguns captam muitos objetos com menor definição, outros restringem a captação em função da qualidade visual da imagem. O J-PAS inova ao capturar um amplo espaço do Universo com qualidade suficiente para compreensão e aprofundamento do conteúdo.
 

Formação de novas partículas acima do topo das árvores contribui com as chuvas na Amazônia

Pesquisa publicada na Nature Geoscience e liderada por cientista brasileiro mostra como explosões de nanopartículas induzidas pela chuva ajudam a formar nuvens e precipitação, influenciando o ciclo de água, clima e balanço energético da Terra.
Por Agência FAPESP. Acesse AQUI.
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Inspirado por uma experiência no Massachusetts Institute of Technology (MIT), o pesquisador Caetano Miranda, do Instituto de Física (IF) da USP, lançou a iniciativa LabDiv – Expressão e Divulgação, que busca desenvolver competências de comunicação científica junto à comunidade de físicos da Universidade. O projeto vai atuar em duas frentes distintas, atendendo a grandes demandas da comunidade do IF: a primeira busca a melhoria da expressão e comunicação do trabalho científico, enquanto a segunda foca no fomento a ações de divulgação científica. 

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*Trabalho com participação dos pesquisdores Luiz Augusto Toledo Machado e Paulo Artaxo, do IFUSP.

Iniciativa busca desenvolver competências de comunicação científica entre físicos

O LabDiv – Expressão e Divulgação busca desenvolver competências de comunicação científica junto à comunidade do Instituto de Física da USP; modelo é inspirado em experiência no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Jornal da USP, 12/11/24.
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Inspirado por uma experiência no Massachusetts Institute of Technology (MIT), o pesquisador Caetano Miranda, do Instituto de Física (IF) da USP, lançou a iniciativa LabDiv – Expressão e Divulgação, que busca desenvolver competências de comunicação científica junto à comunidade de físicos da Universidade. O projeto vai atuar em duas frentes distintas, atendendo a grandes demandas da comunidade do IF: a primeira busca a melhoria da expressão e comunicação do trabalho científico, enquanto a segunda foca no fomento a ações de divulgação científica. 

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Artigo | Legislative rebellions and impeachments in a neural network society

Dos autores Juan Neirotti and Nestor Caticha. Publicado na Physical Review E | Editors' Suggestion
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Abstract

Inspired by studies of legislative-executive conflict in modern presidential democracies in South America, we present an agent-based statistical mechanics exploration of the collective, coordinated action of strategic political actors in the legislative chamber and the conditions that may result in premature changes in the executive officeholder, such as a president's impeachment or a motion of no confidence in a prime minister. The legislative actors are represented by information processing agents equipped with a neural network, and emit opinions about issues in the presidential agenda. We construct a Hamiltonian which is the sum of the costs for the agents to hold a specific set of political positions. We use replica methods for two types of disorder, in the space of weights and in the network of agents' interactions. We obtain the phase diagram of the model, where the control parameters may be loosely described as indices measuring the strategic legislative support, the presidential polling popularity and the volume of the presidential agenda under discussion. It shows an intermediate phase of coexistence of pro and con strategic behavior. This region is surrounded by pure phases where the strategic vote falls completely in the pro or con camps. Driven by external forces, the change of these indices may lead the system out of the coexistence region into the purely anti-executive phase, triggering a phase transition into a state opposing the executive leader and supporting their removal from office by constitutional means. We use data from Brazil, and show the presidential trajectories that led to impeachment or not during the democratic period which began in 1989. These trajectories ended in the region of the phase diagram in accordance to the president being removed or not from office.

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