IFUSP na Mídia

Dados do James Webb desafiam a cosmologia

James Webb: dados do telescópio desafiam a cosmologia - 21 ...Observações do Telescópio acirram debate sobre a formação de galáxias ea velocidade de expansão do universo.
Por: Folha de S.PAULO. 
Acesse aqui a matéria original.
Dois trabalhos recentes feitos a partir de informações e imagens produzidas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), o mais caro e potente aparato humano lançado aos céus para estudar o Universo, destacam achados que vão nessa direção e não se encaixam perfeitamente na teoria mais aceita sobre a formação e evolução. Saiba mais...

 

Artigo | Experimentally determined leaflet–leaflet phase diagram of an asymmetric lipid bilayer

Dos autores Thaís A. Enoki e Frederick A. Heberle.
Em Proceedings of the National Academy of Sciences of the Unites States of America - PNAS | Vol. 120, nº 46, 8/11/23.
Informações da pesquisadora Thaís Enoki.
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Na área de biofísica molecular, ou física biológica, ferramentas e conceitos físicos são usados para investigar fenômenos de relevância biológica essenciais para a vida. As membranas biológicas, por exemplo, são muito mais do que uma barreira física que delimitam e protegem células e suas organelas; a membrana plasmática é composta por uma bicamada de lipídios, e os lipídios voltados para o exterior e interior das células são diferentes, como se cada lipídio tivesse um papel importante para responder às adversidades de cada um desses ambientes. Ainda, de algum modo, essa bicamada lipídica de composição lipídica distinta - ou como diz o jargão científico, de composição assimétrica - mantém-se acoplada, e pode até transmitir sinais através da membrana, transdução de sinal.

Investigar o acoplamento de membranas assimétricas não é uma tarefa fácil, pois não ainda há um método experimental para medir a força de acoplamento de membranas lipídicas assimétricas. A fabricação de membranas lipídicas assimétricas in vitro é um avanço relativamente novo, que vem se desenvolvendo desde a última década. A pesquisadora Thaís A. Enoki (Jovem Pesquisadora do IFUSP), em trabalho anterior, desenvolveu um método experimental para criar essas bicamadas lipídicas assimétricas in vitro.

No presente artigo, Enoki e Heberle (University of Tennessee) desvendaram um diagrama de fases para bicamadas lipídicas assimétricas. Contrapondo um modelo teórico com experimentos, foi possível inferir sobre o acoplamento de modelos de membranas de composições lipídicas assimétricas. O modelo teórico de campo médio (aproximação de Bragg-Williams) descreve a energia livre da bicamada lipídica assimétrica, que por sua vez contém termos que descrevem interações intra-monocamada, e interações entre-monocamadas. O parâmetro de acoplamento pode ser variado e este penaliza (ou reporta grande custo energético) quando diferentes fases estão opostas uma à outra. Interessante que, para os diferentes valores assumidos pelo o termo de acoplamento, o diagrama de fases também se altera.  Comparando os resultados experimentais com a teoria existente é possível então investigar a força de acoplamento. O artigo foi publicado no prestigioso jornal científico “Proceedings of national academy of Science-PNAS”  como o título em inglês “Experimentally determined leaflet–leaflet phase diagram of an asymmetric lipid bilayer”, dos autores Enoki T.A. e Heberle, F.A. 

Evidências experimentais anteriores, de diversos grupos de pesquisa, mostraram que, havendo uma monocamada com separação de fases acoplada a outra monocamada fluida (sem separação de fases), ora o comportamento de fase da bicamada como um todo era dominado pela aquela com separação de fases, ora pela monocamada oposta de fase simples. A evidência experimental foi apelidada como “leaflet dominance”. O artigo da Drª Enoki explica em termos energéticos a evidência fenomenológica descrita acima. Deste modo, o artigo conecta grandes contribuições em membranas lipídicas assimétricas reportadas até o momento.   

Em perspectivas futuras, a Drª Enoki e colaboradores buscam estender a teoria e os experimentos para misturas de lipídios ternários, e não mais sistemas binários como no caso do artigo. Em sistemas ternários a matemática fica muito mais complicada, e ainda é difícil reportar, com fidelidade, em modelos teóricos o complexo comportamento de moléculas de colesterol. 
 
Essa pesquisa tem suporte financeiro da FAPESP.
 
► Acesse aqui o artigo "Experimentally determined leaflet–leaflet phase diagram of an asymmetric lipid bilayer"

Imagem: Original do artigo (Figura 1A)

Várias cidades deverão registrar as maiores temperaturas do ano nesta quinta-feira

Jornal Hoje | Várias cidades deverão registrar as maiores temperaturas do ano  nesta quinta-feira (16) | GloboplayQuatro capitais e o Distrito Federal devem registrar as maiores temperaturas do ano nesta quinta-feira (16), podendo chegar a 40°C em algumas cidades. E em resposta a esse calor, o atendimento médico aumentou nos hospitais.
Por: Jornal Hoje. 
Acesse aqui a matéria original.
Venha conferir a matéria do jornal hoje com a participaçãodo do professor Otaviano Helene do Intituto de Física da USP (IFUSP). Saiba mais...

 

Victor de Oliveira Rivelles

Por: João Carlos Alves Barata, Chefe do Departamento de Física Matemática do IFUSP.
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No último dia 31 de outubro o Departamento de Física Matemática e o Instituto de Física da USP perderam um de seus mais notáveis membros. O Prof. Victor de Oliveira Rivelles, falecido aos setenta e dois anos, tornou-se docente do IFUSP em 1987, instituição onde também se graduara, entre 1970 e 1974. Seu doutoramento foi realizado entre 1978 e 1982 no King's College, em Londres, tendo tido também passagens profissionais pela Universidade Federal da Paraíba e pela Universidade de Brasília, incluindo um pós-doutoramento no MIT. Centrou sua atuação científica na grande área de Teoria Quântica de Campos, tendo sido um dos pioneiros, no Brasil, no estudo de modelos supersimétricos, de teorias de supergravidade e, posteriormente, de supercordas, assim como nos usos da chamada quantização BRTS, uma de suas especialidades. Suas preocupações científicas eram profundas, amplamente motivadas por problemas centrais da Física e sempre atentas à atualidade da pesquisa.

Manteve de forma constante intensa atividade científica, com colaboradores nacionais e internacionais, tendo orientado doze mestrados e dezesseis doutoramentos, além de supervisionado ao menos treze pós-doutorados. Sua produção soma mais de oitenta e três artigos publicados, coedições de livros e incontáveis participações em congressos nacionais e internacionais, assim como em bancas e comissões acadêmicas.

Esses dados e números por si não revelam, porém, a personalidade do Prof. Rivelles. De temperamento extremamente discreto, defendia com segurança e consistência os melhores princípios acadêmicos, distanciando-se de divergências pessoais e de vaidades que, não raro, acometem o meio universitário. A pesquisa em alto nível, à qual dedicou-se até o final, o desenvolvimento da sua área de trabalho em nosso meio e a formação de nossos estudantes pareciam ser suas maiores preocupações. Mais que um colega, era um membro emblemático de nosso Departamento. Com seu falecimento, soubemos também ter sido um marido e pai amoroso e dedicado.

Como disse Paul Halmos em sua autobiografia, "isso foi uma vida, isso foi uma carreira". Quantos dentre nós podem deixar a mesma sensação de completude? Fica em nós a tristeza de não vê-lo poder aproveitar suficientemente sua condigna aposentadoria, iniciada em março último. 

Deixa exemplos pessoais que enriquecem e dignificam aqueles que puderam ter tido contato pessoal consigo e a Física no Brasil como um todo. 

Victor de Oliveira Rivelles, um discreto visionário

Por: Sergio Giardino, Depto de Matemática Pura e Aplicada (UFRGS)
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No último dia 31 de outubro, a comunidade física brasileira perdeu o professor Victor Rivelles, um dos primeiros especialistas em teoria de cordas no país, mas também um dos pioneiros em áreas como a teoria de campos não-comutativa.  Além disso, também incentivou a introdução de áreas externas à sua especialidade, como as modernas teorias de integrabilidade, e o fez agregando pósdoutorandos em seu grupo de pesquisa.

A sua atitude aberta também se manifestava no seu comportamento não-hierárquico com os alunos, e só posso atribuir a esta mentalidade a aceitação de um bacharel em química como eu para a pós-graduação em física teórica. Não tenho como negar que minha dívida com o professor Rivelles é praticamente impagável, e afirmo isso lembrando que esta atitude é cada vez mais improvável no atual cenário da física, onde se afirma a figura do cientista-empreendedor, guiado por valores estranhos à ciência, como a aversão ao risco típica dos mercados financeiros, o colaboracionismo sem critérios, o produtivismo metrificado, e o competitivismo que sufoca a criatividade.

Curiosamente, a personalidade discreta do professor Rivelles não permitia a visualização clara desta característica marcante. Não era homem do sorriso fácil, da conversa despretensiosa, da informalidade, do calor humano, e nem da política. Antes, era pessoa do trabalho, da seriedade, da pontualidade, do trato profissional, e da formalidade. 

A lacuna aberta pela sua passagem inesperada e precoce não será facilmente preenchida. Não pela ausência de especialistas, mas pela infeliz raridade que os valores que cultivava estão adquirindo.

Neste momento de luto, que sua memória sirva como um exemplo de resistência ao imediatismo que envenena nossos ambientes acadêmicos, enquanto ele ainda pode ser revertido.

 

 

Cidades do Brasil estarão entre as mais quentes do mundo, diz estudo

Prédios do centro de São PauloPesquisa aponta que Brasil é vulnerável às mudanças climáticas por conta da sua extensão territorial e localização tropical.
Por: Olhar Digital. 
Acesse aqui a matéria original.
Várias capitais do Brasil devem enfrentar calor extremo – a ponto de entrarem para a lista de cidades mais quentes do mundo – até 2050. É o que apontou uma pesquisa realizada pela ONG Carbon Plan, junto ao jornal The Washington Post. Além do ranking de cidades, o estudo investiga o dano potencial que o calor pode causar ao planeta a longo prazo.Saiba mais...

 

Artigo | Thickness-Dependent Terahertz Permittivity of Epitaxially Grown PbTe Thin Films

Dos autores Nicolas M. Kawahala, Daniel A. Matos, Paulo H. O. Rappl, Eduardo Abramof, Andrey Baydin, Junichiro Kono e Felix G. G. Hernandez.
Em Coatings | "Optical Thin Films and Coatings: Synthesis, Characterisation and Applications" Special Issue, 28/10/23.
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O artigo "Thickness-Dependent Terahertz Permittivity of Epitaxially Grown PbTe Thin Films” foi publicado na edição especial "Optical Thin Films and Coatings: Synthesis, Characterisation and Applications” da revista Coatings em 28/10. 

Este estudo representa a primeira publicação resultante da nova configuração experimental no IFUSP para espectroscopia de terahertz no domínio do tempo (THz-TDS). Esta técnica foi desenvolvida, ao longo dos últimos quatro anos, no laboratório do Prof. Felix Hernandez no DFMT pelos alunos Nicolas M. Kawahala (doutorado) e Daniel A. Matos (mestrado) com apoio da FAPESP e bolsas do CNPq e CAPES.

Em particular, a publicação mostra como caracterizar, de forma simultânea e independente, as contribuições de cargas livres e de fônons na permissividade (constante dielétrica) de filmes finos na região espectral de 0.5-1.5 THz. O material estudado, produzido no INPE, possui propriedades termoelétricas excepcionais e permite a observação de fônons quirais em campos magnéticos externos, o que reforça a importância deste tipo de pesquisa. De forma adicional à pesquisa básica, a disponibilidade de THz-TDS na USP vai permitir a inovação de aplicações industriais que esta técnica tem fornecido a nível internacional. 

► Acesse aqui o artigo "Thickness-Dependent Terahertz Permittivity of Epitaxially Grown PbTe Thin Films"

Imagem: Original do artigo (Figura 1a)

SP tem um dos locais mais contaminados por microplásticos do mundo

Estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que o estuário de Santos, no litoral paulista, é um dos locais mais contaminados por microplásticos do mundo.
Por: Observatóriodo do terceiro setor. 
Acesse aqui a matéria original.
Estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que o estuário de Santos, no litoral paulista, é um dos locais mais contaminados por microplásticos do mundo. Na pesquisa, foram avaliadas três áreas: a região da balsa Santos-Guarujá, a praia do Góes e a ilha das Palmas. Saiba mais...

 

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